Entre a paixão e a razão - André e Graça

2 meses depois...

Eu e minha equipe temos nos empenhado muito pra resolver o caso da veludo azul, mas às vezes parece que a gente tá andando em círculos... prendemos um suspeito, não conseguimos mais provas, temos que soltar... a cada dia a situação tem ficado cada vez mais fora de controle. Parece que quando a gente tá perto de pegar os chefes da quadrilha, alguém avisa que estamos chegando e eles fogem, é impressionante. Preciso expor as nossas estratégias ao menor número de pessoas da equipe possível, pois temos grandes chances de estarmos tendo informações sendo vazadas... enfim, tudo tem estado uma bagunça. Pelo menos, a Jade e Graça estão muito próximas e me deixa muito feliz ver a Jade tendo uma amiga... mesmo que não seja a mãe dela, mas que supra pelo menos um pouco dessa falta que uma figura materna faz. Às vezes a Graça almoça lá em casa, as duas vêem filmes juntas, passeiam... fico muito feliz com isso, de verdade. Bom, e falando na Graça, acho que o lance dela com o rapaz lá foi pra frente mesmo... pelo menos eu a ouvi no telefone dizendo que precisava conversar com ele ontem, que era sério, então devem estar mesmo juntos, mas isso não é da minha conta, né.
De repente meu telefone tocou:
- André? André, me escuta. Eu estava passando de carro e vi nosso suspeito conversando com uns caras, to escondida vigiando ele, to te mandando a localização agora, por favor mande reforço pra cá, eu to sozinha e... ANDRÉ! ME AJUDA!
A voz de Graça foi interrompida por uns murmúrios, acharam ela.
- Graça?? Graça?? Alô?
- A ligação caiu. Preciso encontrar a Graça. Graças a Deus ela conseguiu mandar a localização antes de ser encontrada, avisei à equipe e corri pra lá. Por Deus, se fazem algo com a Graça eu não sei o que eu faço. Eu não sei o que eu faço.