Entre armas e facas.

141 10 3
                                    




Desesperado após Graça não querer falar comigo, peguei o carro e fui até a casa dela. Chegando lá Marcos e Vinícius, seus novos "guarda-costas" já estavam lá. Graça me recebeu com a cara meio fechada, mas não foi grosseira, ela parecia abatida e apreensiva.

- Com licença, Graça. Me desculpe chegar assim, mas é que eu fiquei muito preocupado...

- Oi, André. Entra... tudo bem, obrigada pela preocupação, mas os meninos já estão cuidando de mim, fique tranquilo.

- Oi, pessoal. Desculpa, eu nem falei com vocês.

- Opa, André, tudo bem? Prazer finalmente te conhecer! - Respondeu Marcos.

- E aí, André. Beleza? - Disse Vinícius.

- Bom, vejo que você está bem servida e protegida, mas, de qualquer forma, se precisar de qualquer coisa, estarei aqui, só ligar. - comentei, enquanto me preparava para me retirar. Graça claramente não estava confortável com minha presença, decidi respeitar o tempo e o espaço dela.

- Bem... eu já vou indo, só passei para ver como você estava... adeus, Graça. Tchau, pessoal.

Enquanto caminhava para a porta, dei de cara com três cara encapuzados chegando pelo corredor. Imediatamente saquei minha arma e avisei à Graça, Vinícius e Marcos.

- Quem são vocês? O que querem aqui?

- É só entregar a moça que ninguém morre!

- Nós não vamos entregar ninguém, abaixem a arma e ninguém vai sair ferido.

Enquanto isso tentei mantê-los no corredor, mas eram três contra um, todos armados. Dois entraram pela porta, enquanto um começou uma luta corporal comigo, consegui jogar sua arma longe e desacordá-lo com um soco, enquanto isso, os outros dois pediam Graça em troco de não atirarem enquanto mantinham, cada um, uma arma apontada.

- Já falei, entreguem a moça e ninguém vai morrer!

- Eu não vou a lugar nenhum com vocês! Vocês vão apodrecer na cadeia, estão aqui a mando do Pedro, não estão? É você Pedro? Seu canalha! - esbravejou Graça.

Peguei a outra arma e apontei para os dois que estavam ameaçando Graça, somado às armas de Graça e dos outros policiais, agora eram cinco contra dois.

- Vocês são dois armados contra nós três. O amigo de vocês está desarmado, vocês vão abaixar a as armas ou vão esperar a gente tirar de vocês? - Gritei.

Lentamente os dois abaixaram a arma e se entregaram, enquanto Vinícius e Marcos os algemavam, e eu abaixei as armas para algemar o terceiro bandido que eu havia desacordado quando senti uma apunhalada nas costas. Aparentemente ele já havia acordado, e aparentemente também tinha uma faca. A última coisa que eu ouvi foi o grito de Graça que dizia o meu nome. Aos poucos, caí por cima dos meus joelhos, minha vista foi ficando escura, enquanto eu ouvia os passos do bandido fugindo se confundindo com os passos de Graça correndo em minha direção.

Entre a paixão e a razão - André e GraçaOnde histórias criam vida. Descubra agora