Fim de história.

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Acordei no dia seguinte sem ter conseguido dormir. Sabia que era o dia que Pedro chegaria e eu esperei muito por esse momento. Tomei um café, tomei meu banho, enquanto me arrumava, meu telefone tocou.

- Delegado André, bom dia, só pra dizer que Pedro já está dando entrada aqui na delegacia. Tô ligando porque você pediu pra te avisar.

- Obrigado, Fábio, eu já estou a caminho.

Chegou o dia. Caminhamos na correria para a delegacia, pra onde Pedro estava sendo encaminhado. Ao chegarmos já topamos com a cara debochada dele no corredor, algemado.

Encaminhei ele pra sala de depoimentos, me sentei à sua frente com todas as provas que eu já tinha.

- Bom Pedro, pra começar, não preciso perder meu tempo explicando seus direitos e deveres, como policial você sabe muito bem.

- Sentiu mesmo minha falta, hein delegado? Mandou me buscarem na Europa, me senti importante hahaha. - Pedro debochou.

- Senti sim, Pedro. Eu não via a hora de poder te prender com as minhas próprias mãos. Mas eu não quero muito assunto com você não. Você pode apodrecer aqui sem me contar onde estão escondidos os seus comparças, ou você pode me contar tudo o que você sabe sobre onde eles estão e reduzir a sua pena. E aí, o que me diz?

Pedro após alguns segundos de silêncio decidiu entregar tudo o que sabia. Sim, aquele pesadelo estava acabando. Simultaneamente, mandei Graça, Edevaldo e mais uma equipe de policiais ao endereço que Pedro havia dado do esconderijo do Paulo Roberto. 

Enquanto terminava meu interrogatório com o Pedro, recebi uma ligação de Graça:

- André, chegamos aqui no local, mas pelo que parece ele fugiu. Preciso que você me mande reforços pro endereço que vou te enviar.  Precisamos cercar a área. 

- Ok. É pra já.

Chamei todos os carros disponíveis e parti para o endereço enviado. Faltava pouco para esse pesadelo acabar e eu finalmente ter minha vida de volta, eu não iria deixar esse dia escapar. 

Após algumas horas de buscas e de mandar fechar as entradas e saídas das vias mais próximas, encontramos o carro do Paulo Roberto. Perseguimos por alguns kilômetros, até que chegamos a um beco. Paulo Roberto repentinamente virou o volante para retornar, mas acabou batento num poste. Rapidamente nos dirigimos ao carro. Ele estava preso entre as ferragens, mas com vida. Chamamos o socorro, mas o pesadelo estava acabado. 

- Não precisava ser assim... P.R, né? Vê se se recupera pra apodrecer no xadrez.

Depois de Graça ter sido sequestrada, de eu levar um tiro, de tanto tempo de investigações burladas pelo Pedro, finalmente ele estava em nossas mãos. Depois de tanto sofrimento, de ser um fantoche nas mãos do Pedro, finalmente aquela história estava chegando ao fim e eu poderia dormir tranquilo com esses bandidos atrás das grades.

- Quero escolta no Hospital. Ele não vai conseguir fugir de lá. Assim que ele tiver alta, prendemos ele com base em todas as provas que temos. Também quero que apreendam tudo o que for encontrado na casa dele com potencial de acusação, celulares, notebooks, telefones, peçam a quebra do sigilo, por favor. Bom trabalho, pessoal.

Me dirigi à Graça e abracei como um sinal de alívio. Finalmente fechamos o capítulo "Veludo Azul" da nossa história. 

Entre a paixão e a razão - André e GraçaOnde histórias criam vida. Descubra agora