Meios Finais.

133 8 1
                                    

Chegamos na delegacia e claramente o clima estava esquisito naquela manhã

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Chegamos na delegacia e claramente o clima estava esquisito naquela manhã. Alguns colegas perguntaram como eu estava, outros ficaram cochichando nos corredores, eu meio que esperava isso após a ligação do Edevaldo. André e eu entramos na sala, ganhei um abraço caloroso do Edevaldo, Pedro disse que estava feliz em me ver bem. André, que estava atrás de mim, fechou a porta, ficamos nós quatro na sala, e ele começou:
André: - Pessoal, bom dia. A Graça me disse o que tá acontecendo, eu queria saber se vocês poderiam me ajudar com isso. Eu sei que minha atitude foi um pouco prematura, mas, era a vida de uma de nós em risco. Eu preciso saber, vocês estão comigo?
Edevaldo: - André, no que precisar, pode contar comigo. Eu faria o mesmo no seu lugar. Exceto, claro, beijar a Graça, eu sou casado. - por um breve momento nós esboçamos um sorriso naquela sala que estava um poço de tensão.
Pedro: - Olha, André, e Graça, com todo respeito... eu concordo que era a vida de uma de nós, eu realmente acho que foi uma atitude difícil, mas depois daquele beijo na frente de todo mundo, cara. Fica difícil te dar razão... - Pedro disse circulando pela sala e cruzando os braços.
Graça: - Olha, o André e eu já conversamos sobre isso, foi um impulso, a gente tava emocionalmente instável, mas a gente se gosta como amigo, não tem nada entre a gente. Se o André for afastado a nossa investigação vai sofrer com isso, ele que tá por dentro de tudo. A gente precisa da ajuda de vocês. - falei já desgastada emocionalmente com aquela situação.
Pedro: - Eu entendo, Graça. Mas acho difícil convencer o patrão... André, tu deveria ter se segurado cara, agora eu acho que realmente vai ficar difícil. Mas não se desespera não, seria um afastamento, não seria nada definitivo.
André: - qual é, Pedro? Você tá do meu lado ou não tá? - Disse André, furioso.
Neste momento o chefe bateu na porta, e pediu pra falar com o André. Meu coração gelou. Ele pediu que todos saíssemos, e então André nos olhou e consentiu que os deixássemos a sós.
Esperamos com agonia fora da sala, eu e Edevaldo, como sempre o Pedro sumiu. Após alguns minutos, André sai da sala, com uma cara extremamente apática, mas aparentemente conformado, então acho que estava tudo bem. Assim que o chefe saiu, perguntamos como tinha sido a conversa.
André: - Bom, Graça e Edevaldo... é isso, no momento eu não estou mais trabalhando com vocês.
Graça: - Mas...

André: - Graça. Não é sua culpa. É minha. Eu devo pagar por isso. Vão ser alguns meses em casa, vai me fazer bem. E não se preocupe com a investigação, ela estará em boas mãos, nas suas. Edevaldo, obrigado pelo apoio amigão. Conto com você pra chegar junto com a Graça. Tenho certeza que vocês farão um ótimo trabalho.
Edevaldo: - André, eu sinto muito cara. E como eu disse... to aí pro que precisar.
André apertou as mãos de Edevaldo, olhou pra mim e disse: A gente se vê por aí.
Graça: - A gente se vê...
deu meia volta e foi embora. Como eu ia ficar sem ele?

Entre a paixão e a razão - André e GraçaOnde histórias criam vida. Descubra agora