-Uma coisa é certa: eles não nos trariam aqui sem ter ninguém importante aí dentro nos esperando. Pelo menos alguém aí sabe onde elas estão. - Vincent disse enquanto olhava por binóculos para o endereço informado por Ava.
-É verdade, então, vamos começar o show! Temos quatro homens na frente, Suzane. Dois do lado direito.
-Aqui também. Quatro do lado de trás e mais dois do lado esquerdo.
Suzane e Lilith estavam em lugares opostos, para fazer a cobertura do local.
-Ok, precisamos de alguém pra derrubar os que estão fazendo a segurança externa, enquanto atacamos junto lá embaixo.
-Ok! Em meia hora nos encontramos na ala leste. - Lá dentro tem mais 20 homens. Não parecem estar esperando por nós. Aparentemente, só não passaram o endereço correto, pra pegar a mãe dela aqui e levar para outro lugar. - Suzane supos.
-Espere! E se eles não souberem quem é a Jilian? Nós evitariamos um confronto desnecessário. - Vincent pontuou.
-Sem matar esses animais? Não, eu prefiro matar eles. - Lilith recusou.
-Ele tem razão. Os atiradores irão chegar em meia hora. Quando eles chegarem, eu vou chegar de carro e nós vamos tentar desta forma, Lilith. Caso algo dê errado, os atiradores estarão de prontidão.
-Puta que pariu. Todo mundo resolveu virar bom samaritano agora. - Lilith estava inconformada. - E sobre o garoto? Ele pediu pra Jilian vir com o garoto.
-Eu digo que não o trouxe e ponto. Se quiserem, terão que levar apenas a mim.
-Beleza! Vamos tentar do jeito de vocês, mas assim que o JC te ver, o plano de vocês vai de água abaixo.
-Aí a gente começa a parte que você gosta e saímos matando todo mundo. Tá bom, meu anjo? - Suzane reconfortou Lilith.
-Eu posso ceder alguns homens pra ajudar vocês. Com certeza lá vai estar abarrotado de segurança por todo lugar. - Vincent ofereceu.
-Ta se borrando de medo, né? - Lilith sorriu olhando o rosto pálido de Vincent. - Relaxa! Você não precisa ir. E também não precisamos dos seus homens, eles só iam servir de escudo, mas os móveis também servem. Nós três damos de conta.
-Quais três? - Questionou Vincent.
-Eu, a Suzane e a Beatrice. Você acha mesmo que se ele não tiver matado ela, ela vai deixar ele sair numa boa disso tudo? Claro que não. Ele vai preferir ter morrido quando a Beatrice o pegar.
-Se ela fosse tão boa, nós não precisaríamos estar aqui agora. - Sim, Vincent teve a pachorra de dizer isso.
-Com certeza sua filha contribuiu pra isso. Nem se preocupa.
Meia hora depois, Suzane estava dentro de um carro nas proximidades, indo em direção ao galpão em que estavam os homens de Duretti.
Quando os homens viram o carro se aproximar, apontaram as armas em direção ao veículo, chegando mais perto.
-Desce do carro! - ordenou um dos homens.
Suzane desligou o veículo e saiu de dentro, fingindo estar nervosa.
-Você, revista ela. - ordenou ao colega enquanto permaneceu com a arma apontada na direção de Suzane.
-Eu vim atrás da minha filha. Da Ava. Ela me mandou até aqui.
-Você não deveria ter vindo sozinha.
-Eu jamais traria o meu neto. Se vocês quiserem, vão ter que levar somente eu.
O homem falou pelo comunicador com uma pessoa que estava dentro do galpão, informando que a mulher tinha ido sozinha, sem a criança. Em poucos minutos, o portão do galpão levantou e lá de dentro saiu um carro com alguns homens.
Suzane foi colocada dentro do veículo assim que passaram nela um detector de escutas e localizador. Nada foi encontrado.
Assim que entrou no veículo, Suzane apertou o brinco que usava na orelha, só assim o fazendo funcionar e se tornando detectável.
-Prontinho! Já tenho a localização, e o áudio dela. Assim como ela já pode me ouvir. Tudo correu bem até aqui, rapazes, agradeço pela colaboração e qualquer coisa entraremos em contato mais uma vez. Vocês estão dispensados. - Lilith se despediu dos atiradores.
No local em que estavam Ava, Beatrice, JC e Duretti, o clima entre os sócios não era o mais amigável. Enquanto Duretti deixava claro que o que importava ali era sua vingança contra Vincent, JC ficava inconformado ao perceber que só tinha sido usado por Duretti.
-Adriel! - Duretti gritou.
-Sim, senhor. - um homem de barba e cabelos longos entrou na sala. - Leva esse imbecil daqui e o tranca em algum lugar.
Adriel obedeceu às ordens de Duretti e saiu dali empurrando JC.
-Você não deveria desobedecer o chefe dessa forma, garoto. Ele vai acabar matando você e eu acho isso um total desperdício.
-Você tá me cantando? - JC perguntou ao fiel escudeiro de Duretti.
-Eu faço isso com todos. Não se ache especial. - Disse Adriel enquanto empurrou JC pela última vez dentro de um quarto, trancando a porta por fora. - É uma pena que você não seja meu prisioneiro. - Piscou o olho e fechou a janelinha por onde teve o último contato.
Algumas horas depois, o carro levando Suzane chegou até o lugar onde Ava e Beatrice estavam mantidas.
-Senhor, chegamos com a Jilian. - Avisou o homem por telefone.
-Claro! Tragam ela para o meu escritório. Quero falar com ela primeiro. - Duretti deu as ordens.
Em poucos minutos após a chegada de Suzane, Lilith também chegou ao local.
-Estou aqui. - Lilith informou a Suzane. - assim que for possível, dê o comando para que eu inicie.
Suzane usou um código para informar a Lilith que estava ciente das informações repassadas.
-Olá, minha querida cunhada. - Duretti se aproximou de braços abertos.
-Onde está a minha filha? - Suzane perguntou de imediato.
-Ah! Ela está bem. Bom vamos sentar. Sente-se, por favor. - Apontou o homem para o sofá. - um drink, um whisky, o que prefere?
-Prefiro ver a minha filha.
-Calma! Você vai ver a sua filha. Só não vai vê-la agora. Olha, você é muito bonita. Confesso que não cheguei a pesquisar sobre você e sua aparência, mas foi melhor assim. Me surpreendi com tamanha beleza, a Ava teve a quem puxar, apesar de vocês não serem parecidas.
-Eu quero vê-la.
-Eu deixo você vê-la, se você tomar uma bebida comigo. Ande, não seja assim.
-Um whisky. - Suzane respondeu.
-Ah! Claro. - Duretti preparou a bebida e entregou a mulher, que o pediu para beber um pouco antes.
-Nao confia em mim? - Duretti perguntou, depois que bebeu do whisky e o entregou de volta.
-Você sequestrou a minha filha, depois de meses a perseguindo para matá-la.
-É, eu confesso que não tiro a sua razão. Também não confiaria em mim, mas sabe, eu não sei como meu irmão foi capaz de deixar uma mulher como você.
-Você parece mais galante que ele, por sinal. - Suzane percebeu que seria melhor entrar no jogo de sedução de Duretti.
-Pelo amor de Deus, eu vou vomitar. - Lilith falou pelo ponto comunicador, tirando risos de Suzane.
-Que bom que está mais a vontade. - Disse Duretti para a mulher.
-Posso ver a minha filha agora?
-Claro! Mas você não irá ficar com ela. Prefiro levar você pra um quarto mais... Confortável!
-E que quarto seria esse? Por acaso não seria o seu, não é?
-Confesso que ficaria mais a vontade com você lá, mas não lhe obrigarei a nada. Venha, vamos ver a sua filha.
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Avatrice - Assassina De Aluguel
Fiksi PenggemarBeatrice foi contratada para matar Ava, a filha de um perigoso mafioso americano. Ela só não imaginava que pela primeira vez, falharia em sua missão. Foto da capa: Gracie Mendoza