𔓘ֹ⠀Em andamento.
- taennie, livro um.
꒰ long fic ꒱
Jennie está de luto e tem vivido como uma sombra desde o acidente que levou os seus pais.
Taehyung é o melhor amigo do seu irmão mais velho, e, quando ele concorda em levá-la para sua casa durante...
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੭࣪ 53 Taehyung
JENNIE VOLTOU NA SEGUNDA-FEIRA, VEIO PEDALANDO DIRETO DA ESCOLA. OLIVER acabou ficando um dia a mais; e nesse mesmo dia de manhã ele passou pela minha casa para deixar a mala da irmã. Nos despedimos com um abraço. Tentei não.pensar em nada quando dei um tapinha nas costas dele.
Tentei não pensar nela e em tudo que tinha acontecido no último mês.
— Quer ajuda? — me ofereci para pegar sua mochila na entrada da varanda, mas Jennie negou com a cabeça e entrou em casa. Fui até a cozinha atrás dela. — Não precisa me cumprimentar com tanto entusiasmo, assim vai começar a cair confete do teto.
— Desculpa. Oi.
Ela pegou uma das sopas instantâneas da minha mãe e começou a ler as instruções, apoiada no balcão. Estava com uma dessas blusas frente única que se amarram no pescoço, tão curta que deixava o umbigo de fora. Desviei o olhar e limpei a garganta.
— Eu já preparei o almoço
— Obrigada, mas prefiro isso.
— Eu nem te disse o que é.
— Prefiro isso a qualquer outra coisa.
Nós nos fuzilamos mutuamente com o olhar.
— Como você preferir. — Abri a geladeira, peguei minha comida e fui para a sala.
E não falamos mais nada.
Nem nesse dia, nem na terça, nem na quarta.
A princípio, tentei puxar conversa enquanto surfávamos pela manhã. Quando chegávamos em casa, ela pegava uma maçã na geladeira, colocava na mochila e ia para o colégio de bicicleta.
Eu estava dividido entre exigir uma explicação ou deixar rolar, porque pela primeira vez em muito tempo Jennie parecia muito inteira, muito viva. Eu não tinha certeza do que isso significava, mas na maior parte do tempo ela estava concentrada em suas coisas.
Fazia as tarefas do colégio no meio da tarde, às vezes ao meu lado na mesa, às vezes sentada no chão da sala ou deitada em sua cama. Depois passava as horas pintando um pouco, sempre com os fones no ouvido. Na maioria das vezes ela desenhava para si mesma em um caderno que mantinha sempre por perto, bem seguro, como se não quisesse deixá-lo por aí à minha vista.
E isso me deixava puto da vida.
Eu ficava puto por ela me negar a magia que vinha dela, as emoções que colocava em imagens, os segredos emaranhados em sua cabeça. Eu sabia que não tinha o direito de ficar bravo, mas não conseguia controlar esse ressentimento. Egoisticamente, queria que as coisas fossem como antes, mas estava ciente de que nunca poderiam ser, porque ela trocava de pele a cada mês diante dos meus olhos, crescendo e escolhendo seus próprios caminhos.