12| E do pai também!

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ASSIM QUE entrei na cozinha, a visão de Raphael e Endrick, sentados casualmente sobre o balcão, me pegou de surpresa

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ASSIM QUE entrei na cozinha, a visão de Raphael e Endrick, sentados casualmente sobre o balcão, me pegou de surpresa. Eu não esperava ver ninguém ali, muito menos o Endrick, especialmente depois da noite conturbada que tive. A confusão me dominava, e por mais que tentasse lembrar, tudo depois da crise parecia uma névoa.

— O que vocês estão fazendo aqui? — perguntei, cruzando os braços, tentando manter a calma, mas a surpresa ainda evidente em minha voz.

Raphael desceu do balcão com um sorriso descontraído, como se fosse a coisa mais normal do mundo estarem ali.

— Combinei com o Endrick de irmos para o CT juntos. Daí, vim te perguntar se você queria carona e encontrei ele aqui. — Raphael lançou um olhar para Endrick, que apenas assentiu, como se isso explicasse tudo.

Meu olhar se fixou em Endrick, tentando entender por que ele estava na minha casa. Ele parecia calmo, mas havia algo no jeito que me observava que me deixava inquieta.

— Tá melhor? Dormiu bem? — Endrick perguntou, a voz baixa, cuidadosa, e por um segundo, pude ver a preocupação real por trás de suas palavras.

Assenti, sentindo um calor estranho no peito. Eu me lembrava dele me ajudando a subir as escadas, mas tudo depois disso era um borrão. Algo nele sempre me desarmava, mesmo quando eu tentava ao máximo manter minhas barreiras firmes.

— Er... Onde você dormiu? — perguntei, sentindo minha curiosidade falar mais alto.

— Aqui no sofá — respondeu casualmente, apontando para a sala. — Deixei a porta do seu quarto aberta caso você me chamasse.

Antes que eu pudesse responder, Raphael interveio com uma risada leve.

— E como você iria ouvir se dormiu aqui no primeiro andar? — perguntou, descendo finalmente do balcão.

Endrick riu baixinho e deu de ombros, sem se abalar.

— A casa dela tem eco nos três andares — respondeu, como se fosse algo óbvio.

Fiquei surpresa. Nunca reparei nesse detalhe da minha própria casa. O que mais eu não percebi? Essa ideia de que ele prestava atenção em coisas que eu não notava me deixou desconcertada.

Raphael pegou a chave do carro do bolso e deu um leve aceno com a cabeça.

— Vamos, antes que cheguemos atrasados.

Saímos de casa e entramos no carro de Raphael. Ele assumiu o volante, enquanto eu me sentei no banco do passageiro e Endrick foi para o banco de trás. O caminho até o CT foi tranquilo, quase silencioso. Eu observava a paisagem passar pela janela, mas minha mente estava longe, repleta de pensamentos sobre tudo o que tinha acontecido recentemente.

Contradição ||Endrick F. (1° Livro da saga Buoni Demoni)Onde histórias criam vida. Descubra agora