26| Endrick Moreira e Bryan Miller?

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        — BRYAN? — perguntei, esperando sua confirmação do outro lado da linha

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        — BRYAN? — perguntei, esperando sua confirmação do outro lado da linha. Meu corpo estava afundado no sofá, os músculos doloridos dos treinos e da comemoração dos "papais do ano" ainda pulsavam. A exaustão me abraçava, mas algo na voz de Bryan me deixou em alerta.

— Preciso falar com você, está em casa?

— Sim. — Respondi, o cansaço aparente.

— Ótimo, chego aí em 15 minutos. — Ele desligou sem esperar resposta.

Fiquei olhando para o celular, a mente rodando em várias direções. Estella? Algo no tom dele me fez sentir um peso no peito, algo grave estava por vir. Fitei o relógio na parede, contando os minutos até ouvir a batida na porta. Era Bryan.

Abri, revelando o loiro que, apesar de não parecer mais o mesmo desde a festa, agora carregava uma expressão especialmente séria. Ele passou por mim, sem dizer nada, e eu fechei a porta.

— Era para a gente ter conversado antes. — Ele começou, a voz mais baixa, quase dura.

— Qual é o assunto? — perguntei, cruzando os braços. A tensão estava no ar, pesada. Bryan hesitou, e eu soube que o que viria a seguir não seria fácil.

— Quando chegamos no racha, um homem provocou a Estella. Minutos depois, eu vi você indo atrás dele. Você voltou para a corrida, mas ele não. — Bryan falava com a voz carregada de acusação, os olhos cravados em mim, tentando encontrar alguma resposta que eu talvez estivesse escondendo.

Cruzei os braços e fitei-o, a tensão entre nós densa como o ar antes de uma tempestade.

— Onde você quer chegar com isso, Smith? — perguntei, meu tom mais ríspido do que eu planejava. A insinuação dele começava a ferver algo dentro de mim, mas eu ainda mantinha o controle.

Bryan deu um passo à frente, seus olhos intensos, medindo cada uma das minhas reações.

— Aquele homem se chama Marcos, e foi encontrado morto. Uma faca cravada na garganta — Ele fez uma pausa significativa, seu olhar nunca deixando o meu. — , pelos policiais no local do racha.

Meu coração deu um salto, mas mantive minha expressão impassível. Marcos. Lembrei de sua provocação infantil, de como ele olhou para Estella como se ela fosse um objeto. Minha mandíbula travou ao pensar nele, mas eu não dei nenhum sinal exterior. Eu não podia.

— E você acha que fui o responsável? — perguntei, minha voz saindo fria. — Existe alguma prova que aponte para mim?

Bryan hesitou por um segundo, algo se movendo por trás de seu olhar, mas ele continuou firme.

— Não. — Ele balançou a cabeça levemente. — Mas eu vi sua habilidade com facas... E o seu sumiço foi bem suspeito. — Seu tom era direto, mas não agressivo. Ele não estava jogando a culpa, estava constatando algo, algo que para ele fazia todo o sentido.

Contradição ||Endrick F. (1° Livro da saga Buoni Demoni)Onde histórias criam vida. Descubra agora