25| Você quer que eu me controle?

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       ABRI OS olhos devagar, tentando me acostumar com a claridade que invadia o quarto e aquecia meu rosto

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       ABRI OS olhos devagar, tentando me acostumar com a claridade que invadia o quarto e aquecia meu rosto. A primeira coisa que senti foi o peso confortável de algo macio e quente cobrindo meu corpo, talvez um cobertor, mas ao recuperar a visão, percebi que o ambiente não era o meu quarto.

Confusa, me sentei rapidamente, e o choque de ver Endrick sentado à minha frente fez meu coração disparar.

— Droga! Você costuma observar as pessoas dormirem? — perguntei, minha voz soando mais irritada do que eu pretendia, talvez uma tentativa de esconder o nervosismo crescente dentro de mim.

— Se a pessoa for você, sim. — ele respondeu, sua voz calma, quase divertida, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.

Minha cabeça latejava, e eu levei a mão à testa, tentando entender o que estava acontecendo. Tudo parecia confuso, as lembranças borradas.

— O que aconteceu? Minha cabeça dói.

— Sua cabeça dói porque está de ressaca. — Ele deu um pequeno sorriso. — É uma longa história. E antes que você pergunte, não aconteceu nada entre a gente. Eu dormi no sofá.

Ele se levantou, e meu estômago revirou quando percebi que ele estava apenas de toalha, a água ainda escorrendo de seus ombros e peito nu. Meu corpo ficou tenso enquanto eu o observava caminhar até um rack cinza, onde ele pegou uma cartela de remédios e uma garrafa de água, voltando em minha direção.

— Eu fiz algo que não devia? — minha voz saiu baixa, um pouco envergonhada. Eu não sabia o que esperar da resposta.

— Bom, tirando o fato de que você dançou em cima de um carro enquanto uma multidão te olhava... — Ele deu de ombros, sentando-se na cama. — Mas, vindo de você, é bem... incomum. Fora isso, não.

Minha mente girava tentando lembrar, mas tudo parecia um borrão. Peguei o comprimido que ele me entregou e coloquei na boca, tomando a água em seguida. Enquanto bebia, meus olhos inevitavelmente caíram sobre seu corpo, o peito ainda brilhando de água, a toalha amarrada de forma preguiçosa na cintura, deixando à mostra a beleza natural de sua pele escura, os músculos definidos, o cabelo úmido com as ondas caindo de forma displicente sobre a testa, os poucos pelos que cresciam em seu queixo.

Eu não podia negar. Endrick era absurdamente bonito. E isso estava me matando.

Cada detalhe dele parecia projetado para me derrubar, para enfraquecer minhas defesas que, com tanto esforço, eu tinha erguido. O jeito como ele se movia, os olhos profundos que me observavam, como se eu fosse a única pessoa no mundo. Eu sentia a pele do meu rosto queimar, e antes que pudesse evitar, ele fez um gesto que me pegou totalmente desprevenida.

Delicado, gentil, ele segurou meu rosto com cuidado, limpando uma gota de água que havia escapado pelo canto da minha boca. O toque dele era caloroso, familiar, e meu coração começou a bater descompassado no meu peito, tão forte que eu me perguntava se ele conseguia ouvir.

Contradição ||Endrick F. (1° Livro da saga Buoni Demoni)Onde histórias criam vida. Descubra agora