6| Seja bem-vinda, Estella!

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29 dias depois.

       29 DIAS se passaram desde que ganhamos o Brasileirão

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       29 DIAS se passaram desde que ganhamos o Brasileirão. Parece que foi ontem, mas ao mesmo tempo, tantas coisas aconteceram que cada dia pareceu durar uma eternidade.

       Logo depois do título, todos nós fomos para as merecidas férias. Raphael foi para Dubai e Tailândia com o irmão, enquanto eu passei o Natal e o Ano Novo em uma calmaria que eu não sabia que precisava, na companhia de Bryan e do meu querido tio Abel. O ano virou sem alarde, mas com a paz que meu coração pedia, e aquilo me surpreendeu de uma forma boa.

       Agora, me encontro no hotel em Madrid, me preparando para a festa do Vini e do Rodrygo. O quarto estava silencioso, contrastando com a energia que eu sabia que estaria me esperando lá fora. Eu tinha um certo nervosismo no peito, uma mistura de expectativa e incerteza. Voltar ao círculo que eu deixei para trás trazia um peso. Eu sabia que aquela festa seria o meu retorno — e não só para os outros, mas para mim mesma.

       O Bryan não iria. Ele deixou claro que "a noite seria minha". Segundo ele, depois de tanto tempo afastada, eu precisava deste momento. Uma parte de mim queria que ele estivesse comigo, como um apoio silencioso, mas eu sabia que ele estava certo. Eu precisava enfrentar isso sozinha.

       Me olhei no espelho uma última vez. O vestido vermelho abraçava o meu corpo com confiança, caindo de um jeito que me fez sentir poderosa, e o salto realçava minha postura. Alguns acessórios discretos, um pouco de rímel e gloss... Era simples, mas tinha tudo o que eu precisava para me sentir bem. Eu amo preto, mas hoje o vermelho parecia gritar quem eu sou. Uma cor de força, de recomeço. Como Bryan sempre dizia, eu estava "voltando dos mortos".

       — Tem certeza de que você não vai? — perguntei, quase num sussurro, mesmo sabendo a resposta. Eu só queria ouvir a sua voz mais uma vez antes de sair.

       Ele se aproximou com aquele sorriso que sempre me deixava calma, e me abraçou pelo pescoço, me puxando para mais perto.

       — Tenho. — O tom de voz dele era tranquilo, firme, mas cheio de carinho. — Vai lá, aproveita. A noite é sua. Divirta-se e depois me conta como foi. Quero ouvir cada detalhe.

       Eu sorri, sentindo um calor reconfortante dentro de mim. — Pode deixar. — Me afastei devagar, não querendo romper aquele momento, mas sabendo que era hora de ir.

       Ele me soltou suavemente e me acompanhou até a porta. — Qualquer coisa, me liga, tá? — disse ele, quase como uma última garantia de que ele estaria lá, sempre.

       — Ok. — Dei um último aceno antes de entrar no carro, e senti a ansiedade crescer conforme o motorista partia.

[...]

       Cheguei ao local da festa, o lugar que eu, Vini e Rodrygo tínhamos planejado. A energia do lugar era palpável. O som das risadas e das conversas preenchia o ar, e uma música suave em espanhol tocava ao fundo. Mesmo de fora, eu podia sentir o calor da festa. Respirei fundo, tentando acalmar o coração acelerado, e enviei uma mensagem para Vinícius avisando que estava ali.

Contradição ||Endrick F. (1° Livro da saga Buoni Demoni)Onde histórias criam vida. Descubra agora