8| Tendo pesadelos, marrenta?

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″[...]
Me diz
O quê que eu posso fazer
Se ela rouba a cena.

Se até deitado no colo da loira
Eu lembro da morena."

[...]

MORENA - Luan Santana.

       — POR QUE você tá agindo assim, tão estranho? — Gabriely estava deitada, acariciando minhas costas de maneira distraída, como se estivesse longe em seus próprios pensamentos

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       — POR QUE você tá agindo assim, tão estranho? — Gabriely estava deitada, acariciando minhas costas de maneira distraída, como se estivesse longe em seus próprios pensamentos.

       — Só estou com dor de cabeça, só isso. — Minha resposta foi fria, quase automática. Levantei-me, indo em direção à porta. O silêncio entre nós era pesado, sufocante.

       — Onde você vai? — Sua voz ecoou pelo quarto, carregada de uma preocupação que ela não conseguia disfarçar.

       — Tomar um ar. — Respondi sem olhar para trás, fechando a porta atrás de mim com um clique suave, como se estivesse tentando fechar o desconforto entre nós também.

       Enquanto caminhava pelo corredor, meus pensamentos se voltaram para a festa. Não vi Estella desde aquela breve conversa mais cedo. Ela havia saído acompanhada de um cara, o que, para ser honesto, me incomodou mais do que deveria. Sabia que algo estava errado. E para piorar, havia escutado o som da porta do quarto dela sendo fechada com brutalidade. O tipo de barulho que só faz quando alguém está realmente com raiva.

       Aquele cara. Ele saiu furioso. O que será que aconteceu?

       A curiosidade me corroía. Eu tinha que saber. Não era certo deixar isso pra lá.

       Uma ideia cruzou minha mente. Vini tinha separado um quarto para Estella no mesmo corredor que o meu. Eu sabia que as fechaduras eram iguais. Bastava a mesma chave, e eu poderia entrar no quarto dela sem dificuldades. Era arriscado, mas...

       Minhas mãos estavam suadas quando enfiei a chave na fechadura, e o clique da porta abrindo me deixou com o coração na boca. Entrei silenciosamente, a respiração pesada.

       O quarto estava escuro, as cortinas fechadas, mas a pouca luz que entrava era suficiente para me permitir vê-la. Estella estava deitada na cama, descoberta, vestindo um conjunto de moletom preto. Ela se mexia incessantemente, como se estivesse presa em um pesadelo, incapaz de acordar.

       Eu me aproximei devagar, cada passo mais cauteloso que o anterior. Sentei-me na poltrona que ficava de frente para a cama, sem tirar os olhos dela. Algo estava muito errado.

Contradição ||Endrick F. (1° Livro da saga Buoni Demoni)Onde histórias criam vida. Descubra agora