23| Eu te amo, domoninha.

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Nesse capítulo, há uma cena em específico que não foi ideia minha, me inspirei em "Summer in Winter | Max Verstappen" da diva Tokplin. Créditos a essa maravilhosa!
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♪ → " [...]

Oh, mas que fuga, uh

Você escolheu dançar com o diabo e teve sorte, yeah

A água está ficando mais fria, deixe-me entrar no seu oceano, nade

[...]

A maré está se agitando ao meu redor de novo e de novo, yeah

Eu estive me afogando por um minuto, seu corpo continua me puxando, garota

[...] ←"

OBSERVEI LAÍS, a garota de Raphael, se aproximar lentamente e se sentar ao meu lado na enorme pedra

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OBSERVEI LAÍS, a garota de Raphael, se aproximar lentamente e se sentar ao meu lado na enorme pedra. Ela parecia estar organizando seus pensamentos, escolhendo cuidadosamente o que iria dizer. Laís Russell, sempre tão controlada e reservada, riu suavemente, um som raro vindo dela.

- Há dois anos - começou ela, com a voz calma, porém carregada de emoções -, eu estava com o Raphael em uma noite, e te vi. Perguntei a ele: "Por que ele está indo ao quarto dela?" E ele respondeu: "Porque ele ama observá-la dormir, é como um hobby". Naquele momento, eu não entendi. Vocês não eram íntimos, nem próximos, e ver você entrando no quarto dela à noite, enquanto ela dormia, era... estranho.

Ela fez uma pausa, o olhar perdido, como se estivesse revivendo a cena. Havia algo vulnerável em seus olhos, uma mistura de curiosidade e compreensão que me fez prestar ainda mais atenção.

- Mas agora - continuou Laís, voltando a me olhar, desta vez com mais intensidade -, vendo o jeito que você a olhou quando estavam dentro do círculo... eu finalmente entendi.

Suas palavras me pegaram de surpresa. O jeito que eu a olhei? Não pude deixar de me questionar se havia sido tão óbvio assim para os outros. Laís estava certa em muitas coisas. Estella tinha passado por muito, e talvez estivesse mais confusa e assustada do que deixava transparecer.

- Estella passou por tanta coisa desde jovem... - Laís suspirou. - Tudo isso é novo para ela. Ela está confusa e, mais do que tudo, com medo. Medo de perder alguém que ama, de novo. E, como sempre, ela se culpa por isso, mesmo sabendo que a culpa nunca foi dela. Não foi escolha dela, foi uma escolha feita por outros.

Fiquei em silêncio, absorvendo suas palavras. Cada frase que Laís dizia fazia sentido. Estella estava confusa, mas a verdade é que eu também estava. Parte de mim queria correr até Estella, segurá-la, confortá-la e, talvez, nunca mais soltar. Mas havia uma barreira. Algo dentro de mim hesitava.

Contradição ||Endrick F. (1° Livro da saga Buoni Demoni)Onde histórias criam vida. Descubra agora