7| Você... você estava morto.

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OH, ENDRICK

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OH, ENDRICK.

Você não muda.

Nem toda loira, mas sempre uma loira.

Cada vez que o vejo, parece que o ar ao meu redor fica mais pesado, como se todas as lembranças reprimidas do passado quisessem saltar à superfície, prontas para me engolir. Meu coração acelera de um jeito que não consigo controlar, como se meu corpo reagisse a ele antes mesmo que minha mente pudesse processar.

Preciso sair daqui.

As luzes piscavam como estrelas perdidas, a música retumbava no meu peito, e cada batida parecia me empurrar mais para dentro da confusão. Tentei me afastar de Endrick, mas era como fugir de um imã, ele sempre estava lá, mexendo com tudo em mim de maneiras que eu odiava admitir.

Enquanto eu tentava passar por aquele mar de corpos, tropecei em alguém. Minha bolsa escorregou pelo meu ombro e caiu no chão.

- Desculpe, foi sem querer. - murmurei, ainda abaixada, pegando minha bolsa com pressa, tentando ignorar o calor que subia pelo meu pescoço.

- Saturno. - Aquela voz. Não podia ser.

Meu coração quase parou, e a respiração falhou por um segundo. Levantei a cabeça lentamente, temendo o que poderia encontrar.

- Mercúrio? - Sussurrei, minha voz fraca, como se estivesse vendo um fantasma. - Como isso é possível? Você... você estava morto.

As palavras saíram sem pensar, como se a realidade ao meu redor estivesse desmoronando. Não era possível. Eu vi, eu senti a perda. Mercúrio estava morto. Ele tinha que estar.

- Deve ser coisa da minha cabeça... Desculpa. - Tentei me afastar, dar um passo para trás, mas ele segurou meu braço, o toque firme, porém gentil, o suficiente para me fazer parar.

- Seria coisa da sua cabeça isso? - Ele ergueu o braço, e lá estava... a tatuagem. "J,ADDM".

Uma parte minha congelou ao ver aquilo. Uma memória tão antiga quanto o nosso laço, algo gravado em mim, para sempre.

- Juntos, até depois da morte. - Nossas vozes ecoaram em perfeita sincronia, como se o tempo não tivesse passado, como se aquela promessa ainda estivesse viva entre nós.

Meu peito se apertou. O cofre. As pistas. Foi ele.

Como eu não percebi antes?

Meu olhar ficou fixo no dele, meu coração acelerado e a mente rodopiando.

- Como você sobreviveu? - Minha voz mal saiu. Eu precisava saber, mas ao mesmo tempo, tinha medo das respostas.

- Calma, eu vou te explicar tudo. - Ele tocou meu rosto com tanta familiaridade, seus dedos deslizavam pela minha pele como um lembrete de tudo que tínhamos compartilhado. Por um segundo, deixei que a sensação de alívio me preenchesse. Ele estava vivo.

Contradição ||Endrick F. (1° Livro da saga Buoni Demoni)Onde histórias criam vida. Descubra agora