❌Essa história é um dark romance ❌
🚨Se você não leu "Lembre-se De Mim" vai lá ler e depois volta aqui.🚨
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Existe um ditado que diz: "Depois da tempestade, vem a bonança e a calmaria." Mas para Estella e Endrick, essa frase não pode...
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PI... PI... PI... PI... PI...
— Que barulho é esse? — murmuro, tentando juntar os pedaços da minha consciência.
Minha cabeça lateja, uma dor pesada, intensa, como se estivesse sendo esmagada. Meus olhos piscam lentamente, tentando se ajustar à claridade. Tudo parece turvo, como se eu estivesse vendo o mundo através de uma cortina embaçada. Há uma dor fina e constante no meu antebraço. Ao tentar me mover, percebo que não estou no meu quarto... estou em um hospital.
— Você acordou! Finalmente! — Uma voz conhecida atravessa o vazio. Bryan. Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar.
— Bryan? — Minha voz sai rouca, como se eu não a usasse há muito tempo. Tento me levantar para vê-lo melhor, mas sinto meu corpo pesado, fraco.
O que está acontecendo?
— Ei, ei, calma. — Ele se apressa em me empurrar gentilmente de volta à cama. — Você ainda está se recuperando. Não se mova tanto.
Seu toque é firme, mas cuidadoso. Olho para ele. Bryan... ele está diferente. Agora tem barba e parece mais maduro. O que eu perdi?
— Onde estou? — Minha cabeça está cheia de perguntas, a confusão dominando minha mente.
— Em um hospital particular. Você... estava em coma. — Sua voz carrega uma seriedade que me assusta.
Coma?
— Em coma? — Repito, tentando processar a informação. — Por quanto tempo?
Dois anos.
A realidade me atinge como um soco. Dois anos... dois anos perdidos. As lembranças começam a surgir lentamente. Dois anos e meio atrás, Oliver tentou me matar. E eu... eu o matei.
— Dois anos?! — O pânico me consome, e num impulso, me levanto bruscamente, arrancando as agulhas do meu braço.
— Calma! Relaxa. — Bryan me segura com firmeza e me empurra de volta para a cama. Ele recolocou as agulhas no meu braço, os olhos carregados de preocupação. — Eu sei, é muita coisa para assimilar, mas você precisa se acalmar.
Respiro fundo, tentando acalmar meu coração que parece querer saltar do peito.
— Eu não lembro de muita coisa... Que dia é hoje?
Ele pega o celular do bolso, olha para a tela e diz, com cuidado:
— Vinte e sete de outubro de dois mil e vinte e cinco.
Eu sinto como se o mundo estivesse desmoronando ao meu redor. Dois anos... dois anos inteiros sumidos. Meu Deus, o que aconteceu nesse tempo?
