Capítulo 5 - Vendida

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NARRADORA

Camelia espera pacientemente atrás de grandes cortinas pretas. Ela foi a última na fila a ser apresentada. Apesar dos comentários anteriores de Stefan aumentarem sua confiança, seus nervos estavam em excesso, destruindo rapidamente sua determinação em um ritmo espiral. Ela andou para frente e para trás, mordendo o lábio em antecipação.
As aplausos irromperam quando o último lance chega a US$ 50.000 dólares. Camélia pára em suas aderências, endurecendo como se tivesse sido atingida por um raio. Sua cabeça começa a girar enquanto seu coração bate alto em seu peito.

— O vencedor poderia, por favor, dar um passo à frente para reivindicar sua senhora...? — O leiloeiro perguntou, sua voz alta atingindo novas oitavas no microfone.

Involuntariamente, os joelhos de Camelia começam a tremer. Olhando para as pernas, ela retoma o ritmo novamente para manter a circulação em movimento. Ela percebe suas mãos. Eles também estavam tremendo um pouco, ela os apertou em punhos, dobrando-os sob o queixo, profundamente em pensamento. Ela não conseguiu continuar com isso. Ela precisava de mais tempo. O locutor terá que dar seu nome, correndo o risco de revelar sua verdadeira identidade. Camelia precisava permanecer anônima e um mistério para Stefan o tempo suficiente para ganhar seu tempo. Para quê, ela ainda não sabia.

Tudo o que ela pode confirmar é que ainda não pode acontecer e ela precisava chegar a um plano rapidamente. Um aperto firme no ombro a faz pular no lugar. Ela gira para ficar cara a cara com Annie, sua mãe. A cor dos olhos deles— conjuntos de gêmeos idênticos. O azul da tinta da Índia encontra o azul da tinta da Índia. A única diferença era que eles eram emoldurados por duas cores de cabelo distintas. Claro e escuro.

— Você está linda hoje à noite Camélia, queixo para cima e costas retas, lembra? — Ela a lembra em encorajamento e lhe dá um sorriso confiante.

Sua mãe sempre teve um dom que sentia a angústia rolando dela como se fossem ondas sonoras. Essas palavras sempre fizeram o truque, desde aquele dia de aniversário dela, elas sempre conseguiram lembrá-la de ser positiva e acreditar que ela era capaz de qualquer coisa. Ela endireita as costas e levanta o queixo com confiança.

— Senhorita. St. James, é a sua vez agora. — O coordenador anunciou, apontando para o palco. A mulher tinha a outra mão fechada sobre o fone de ouvido enquanto ouvia quem estava se comunicando com ela.

— Preciso que você faça uma coisa por mim... — Olhando para a jovem que não parecia ter mais de trinta anos com cabelo loiro caramelo escuro e um crachá que dizia, Ashley.

— Ashley... Não vou pisar naquele palco, a menos que o palestrante omita revelar meu nome. É importante que eu permaneça anônimo. Antes, durante e depois do final do leilão. — Camelia deu a ela um dos olhares mais intimidantes e inabaláveis que ela poderia gerenciar. Os mesmos que o pai dela usou. O tipo de aparência que poderia cortar vidro.

— Você pode fazer isso acontecer porque se não, eu não vou para aquele palco. — Ela ameaçou. Desta vez, Camelia não estava reciando e cedendo, pois sempre fez a maior parte de sua vida. Desta vez, ela ia ficar tão teimosa quanto se sentia.

— Eu-uh... francamente, nunca tive nada assim perguntado antes, mas não vejo por que não. Um momento enquanto falo com o leiloeiro. Não se mova um centímetro. Eu já volto. — Camelia olha de volta para sua mãe testemunhando o orgulho brilhando em seus olhos.

— Vou voltar lá fora, parece que você tem tudo sob controle.

— Sim, obrigado, mãe. — Oferecendo a ela um sorriso reconfortante. Camelia espera enquanto Ashley fala através de seu fone de ouvido e o dispositivo preso no punho de seu terno. Alisando suas mãos suadas ao longo dos quadris, ela respira fundo para acalmar seus nervos. Foi uma das coisas mais ousadas que ela já fez. Se fosse possível fazer cinco anos, ela teria.

𝐌𝐄𝐔 𝐒𝐄𝐆𝐔𝐑𝐀𝐍Ç𝐀 Onde histórias criam vida. Descubra agora