Capítulo 17 - Ele Se Lembra

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NARRADORA

— Camélia, apresse-se, precisamos nos preparar! — Jamsine chama do camarim da Camelia.

Jamsine e Zayn a surpreenderam há dois dias, encontrando-os na sala de jantar conversando e tomando café da manhã enquanto esperavam por ela. Nem uma vez durante suas conversas eles revelaram esse pouco de informação. Eles insistiram na dificuldade de sair do trabalho, fornecendo uma longa lista de desculpas pelas quais não poderiam comparecer ao aniversário dela. É claro que, sendo a pessoa ingênua de confiança que ela era, ela acreditava neles. Desde então, eles eram inseparáveis. Conversando, ficando acordado assistindo filmes e ajudando a mãe a se preparar para o evento. O amor e o apoio de sua família significavam o mundo para ela. Ter seus irmãos por perto fez tudo ficar confuso no fundo. Era como nos velhos tempos. Fazendo novas memórias e compartilhando as antigas.

Um suspiro escapa dos lábios separados de Camelia enquanto ela se examinava exatamente no mesmo espelho de corpo inteiro que ela tinha em seu quarto desde criança. Só que desta vez ela não estava usando um vestido de aniversário, mas estava em seu roupão procurando, sondando as profundezas de sua tinta azul da Índia como olhos coloridos. Ela não tinha certeza do que estava procurando, mas o reflexo que a encarava era de alegria. Olhos que refletiam emoção. A onda de eufria correu através de suas veias. Apesar das circunstâncias subjacentes, esta noite foi uma daquelas noites em que ela poderia dizer que se sentia satisfeita e feliz. Era um sentimento raro em que se podia dizer que sentia felicidade. Foi uma emoção que muitos lutaram para encontrar. Pode significar várias coisas diferentes para muitas pessoas diferentes. Mas para ela, isso definiu encontrar esperança e positividade nas menores coisas e as pessoas ao seu redor incentivaram o impulso que ela precisava para animar seus espíritos.

Fazer vinte e um foi um marco importante. Uma idade que lhe permitiu fazer tudo o que era proibida de fazer. Uma era que abriu novas portas, novas possibilidades, novos começos. Era por isso que ela estava ansiosa, esperando que um capítulo novo e mais fresco fosse escrito nas estrelas para ela depois que a ameaça contra ela acabou. Ela só podia esperar e nessa esperança ela ficou colada. Pois sem isso ela não tinha nada. Os fortes foram os que ignoraram as dores que a vida jogou neles e cresceram e aprenderam com os muitos obstáculos que a vida passou. Era semelhante a um jogo de pôquer. Mesmo que nunca se saiba em que mão eles recebem, foram os inteligentes que mantiveram uma cara reta e usaram habilidade e inteligência para superar as piores situações.

— Camélia? — Alguém está batendo na porta, pegue,

— Você vai? — Jamsine chamou de novo. Arrastando-se para fora de seus pensamentos, ela percebe a insistência batendo na porta do quarto. Ela se afasta do espelho e anda para abri-lo.

— Essas coisas são pesadas como o inferno! Por que demorou tanto para abrir a porta? — O irmão dela exclama, andando cegamente pelo limiar. Zayn e Max, vêm segurando dois buquês muito grandes, um vermelho e o outro branco, colocando-os no chão. Um de seus primos gêmeos, Devon, entra atrás lutando para segurar um grande urso que parecia mais alto do que um jogador de basquete da NBA.

— Desculpe... — Ela murmura de olho nas flores, no enorme buquê de balões e no urso gigantesco de curiosidade.

— Quem são todos esses?

— Eu não sei, mas tudo o que sei é que minhas costas estão me matando! — Zayn responde com um grunhido tentando alisar seu cabelo preto liso para longe de seu rosto. Camelia sorri com gratidão, pisa ao redor das flores e dá um beijo na bochecha de seu irmão. Ela se vira e faz o mesmo com o Max e o Devon.

— Obrigada, pessoal.

— Sem problemas.... De nada... Feliz aniversário. — Eles murmuram de uma só vez enquanto saem do quarto dela, deixando-a sozinha novamente. Ela ficou lá contando os balões vermelho, rosa, verde e branco.

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