Capítulo 26 - Sua Camélia

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NARRADORA

A camélia dele era a senhora de vermelho.

A mulher que uma vez teceu um feitiço sobre ele.

A mulher para a qual ele sentiu uma atração poderosa.

A mesma mulher que o conquistou em um período de poucos meses.

Seus lábios. Eles eram iguais. Gordo e cheio. A única diferença foi que o batom vermelho rubi melhorou sua forma. Os olhos dela. Eles mudaram com a maquiagem, lembrando a escuridão contrastando a sombra. O cabelo dela. Foi levantado em um coque elegante na parte de trás de sua cabeça. A mesma cor exata. O sentimento irritante sempre no fundo de sua mente... O corpo de Stefan começou a ficar entorpecido de choque e descrença devido aos sentimentos esmagadores que atravessam o cérebro. Todo esse tempo ela estava bem debaixo do nariz dele e ele sempre foi o tolo por ser tão cego. Ele deveria ter reconhecido o tempo todo quem ela era.

Suas mentes se conectaram.

Nunca em sua vida ele prestou atenção a ninguém, nem ninguém o afetou tanto desde Camelia. Ele a sentiu. A profunda conexão entre eles estava lá desde o início. Sua princesinha Camelia foi a mulher cativante pela qual ele se apaixonou. Tudo parecia se mover lentamente enquanto ele cambaleia para trás, deixando o lençol branco cair de seu punho cerrado absorvendo a verdade diante dele enquanto ele olhava atentamente para o vestido vermelho quente. Ele alcançou lentamente e tocou o perodo extravagante como se fosse verdade.

As contas pareciam enraiadas sob a ponta dos dedos e ele inalou bruscamente, envolvendo uma mão na cintura do manequim como se fosse Camélia. Sua mente voltou para aquela noite enquanto ele a segurava, buscando sua identidade, implorando-lhe para lhe dar seu nome como empurrado contra seu peito. Claro que ela estava lá. De pé nervoso na varanda sozinho, com medo de aparecer no palco.

Stefan aperta o nariz e balança a cabeça para si mesmo, lembrando o momento em que seus pais ficaram durante o leilão e o momento em que ela sorriu para eles, enquanto ele nunca se preocupou em questionar os eventos daquela noite para Julien.
Nem um momento muito cedo, isso o atingiu quando ele percebeu que ela sabia que era ele. Camelia estendeu a mão com os olhos, instando-o a se lembrar dela. Apesar da máscara, e dez anos, ela o reconheceu.

E ela nunca se revelou.

Por quê?

Seja qual for o motivo, pela primeira vez em semanas ele sorriu - Uma grande onda quente de alívio se espalhou sobre ele e, de repente, seu sorriso se estendeu de orelha a orelha.

A pequena provocação.

A Camélia dele gostava de jogar duro para conseguir. Do jeito que ele gostou. O chuveiro para de correr à distância e instantaneamente Stefan libera o manequim, se dobra para pegar o lençol e cobre novamente o vestido, deixando-o como se nunca estivesse sem ser perturbado. Ele fica atrás da porta um pouco entreaberta e olhou através da rachadura. O chuveiro abre e Stefan o toma como sua fila.

Com passos rápidos e propositais, ele se move do armário direto para a porta do quarto sem ser visto. Ele gira o botão e fecha tão suavemente a porta sem um único barulho. Ele expira em voz alta e passa uma mão por seu cabelo desgrenhado enquanto cruza o caminho para o quarto de hóspedes que ocupou. O telefone dele começa a vibrar no bolso.

Ele desaprova o ID do chamador e atende.

— Quem é esse? — Ele pergunta duramente, desconhecendo seu tom duro.

— Olá? Senhor? — Foi Scott, seu chefe de operações e o homem para quem ele deixou as responsabilidades de suas empresas.

— Scott... — Stefan perguntou segurando o telefone perto da orelha, andando para frente e para trás assim que chegou ao seu quarto.

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