Capítulo 9 - Kent

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NARRADORA

— O que você quer dizer com eu vou ter proteção 24 horas por dia? — Camelia perguntou aos pais dela.

Os três estavam atualmente sentados no escritório de seu pai. O quarto estava um pouco escuro, exceto por uma lareira rugindo e o brilho suave de uma lâmpada em uma mesa de café lateral. Era um pouco depois das seis da noite e Camelia tinha acabado de voltar de um dia inteiro de aulas. Ambos os pais dela compartilharam um olhar, uma comunicação silenciosa passando entre os dois.

O que estava acontecendo?

— Temos razões para acreditar que alguém está disposta a nos machucar... para ser mais específico, temos fortes evidências sugerindo que um inimigo nosso tentará machucá-lo para alcançar sua mãe e eu. — Julien afirmou. Ele mudou para o assento do amor que compartilhou com a mãe dela e soltou uma expiração profunda.

— Mais de vinte anos atrás, antes de sua mãe e eu nos casarmos... um homem cruel a insultou verbal e fisicamente. Eu não ia permitir que ele se safasse, então acumulei evidências suficientes ao longo de alguns meses que o enviaram para a prisão por um longo tempo devido a muitos crimes criminais que ele cometeu antes daquele encontro em particular. — O pai dela continuou.

— O nome dele é Nathan Diam. — A mãe dela explica.

— Lembra do envelope que me foi oferecido em uma bandeja de prata, na noite do leilão? — Camélia acenou com a cabeça entorpecida.

— Bem, foi uma mensagem dele. Ele usou as mesmas palavras que falou comigo naquele dia com uma ameaça. Leu, FOI MUITO LONGO. UM PEQUENO TÃO BONITO QUE VOCÊ TEM. EU PRETENDO TE DAR UMA LIÇÃO QUE VOCÊ NUNCA ESQUECERÁ... — Annie recitou a nota de cor e em um tom que não continha absolutamente nenhuma emoção.

Ela nunca ouviu falar do homem, muito menos seus pais falam do que aconteceu anos atrás. Foi a primeira vez que ela ouviu falar que eles tinham um inimigo. Foi um choque para o sistema dela ouvir a extensão detalhada de quão sérios eles soavam. As únicas emoções que Camelia testemunhou estavam nos olhos de cor azul-tinta indiana de sua mãe — o rótulo da cor de seu pai. Isso a deixou no limite, reconhecendo a nuvem de par colorido idêntico com preocupação desmascarada. Era uma visão que Camelia estava com medo de não estar acostumada a testemunhar.

Annie era uma força com a qual não se deveria. Foi difícil penetrar nas paredes que ela colocou quando as coisas azedaram. Isso a assustou ver sua mãe parecer quase vulnerável. Camelia mudou seu olhar para os olhos prateados de seu pai. Um simples olhar do olhar gelado de seu pai era tão nítido quanto vidro quebrado. Sua aura exalado poder e autoridade. Ele era um homem que amava sua família e faria qualquer coisa para protegê-los. Mas seus olhos pareciam profundamente perturbados e o conjunto de seus ombros parecia como se tivessem uma quantidade tremenda e insuportável de responsabilidade. Goosebumps irrompeu por todo o seu corpo e, ao mesmo tempo, seu coração se despediu dos olhares sombrios que estavam dando a ela.

— Isso não é brincadeira, é? — Camelia perguntou em voz pequena, torcendo as mãos juntas. Eles se amarraram no colo dela desconfortavelmente. Quando seu pai balançou a cabeça silenciosamente, o medo começou a se arrastar ainda mais até sua espinha.

— Este homem está atrás de mim? — Ela sussurrou, sentindo-se perdida e presa.

— Sim. — Veio a resposta que ela esperava não ouvir.
O coração de Camelia quase parou.

— Na semana passada, tive uma série de agentes disfarçados seguindo você para sua segurança. Achamos que você precisa de uma proteção mais próxima... então nomeamos um guarda-costas para acompanhá-lo onde quer que você vá. Não queremos assustá-lo, amor, mas precisamos tomar certas precauções com sua segurança. — O pai dela explicou com uma expressão dolorosa.

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