Capítulo 46 - Convidados se Entrosando.

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Ethan narrando:

O garçom trouxe até nossa mesa um Velouté de frango, assim eu opto por usar esse momento para alimentá-la pela primeira vez.

Ela me deixa pegar seu pratinho de vidro, me assiste passeando a colher pelo caldo e assim levando cuidadosamente até seus lábios.

Mavie era adorável quando bebê, suas fotos ainda vivem nos meus pensamentos desde cedo. Eu teria amado aquela fase também.

Sempre imaginei que fosse insuportável ter um recém nascido, cheio de choros, estresses e falta de sexo.
Hoje, eu ainda continuo imaginando a mesma coisa, mas penso que não deve ser tão ruim vivenciar isso já que cria-se um vínculo afetuoso.

Nessa noite, Mavie dormiu em nosso quarto, por opção minha, o que foi contra aos meus princípios passados.
Vê-la dormindo mais calma ao lado da Aurora, foi bom. Ter o gosto de ter conseguido acalmá-la ontem e aconchegá-la, foi indescritível.

Eu a amo, profundamente.

- Eu quero tanto voltar à escola. - Mavie diz enquanto come. Rolf rir.

- Sabe o por que não está indo no momento? - Pergunto, dando pausa em sua alimentação.

- Sim, papai. - Ela ingere.
- Tem homens ruins que estão soltos ainda. - Responde me dando certeza que ela está ciente do que tem acontecido.

Mavie termina se comer, usa educadamente o guardanapo na boca e deixa um beijo na minha bochecha.
- Eu vou brincar. - Diz descendo do meu colo. Eu ganhei um beijo como agradecimento. Suspiro inevitavelmente.

- Só não corra, pequena. Pode passar mal. - Peço, antes de vê-la afastada.

- Tá bom, papai. - Diz e assim sai.

Olhares de Rolf e sua esposa são notados por mim só depois, eles sorriem e eu, sem jeito, me recuo desviando o olhar.

A festa continuou, com todas as opções do cardápio sendo oferecidas. Enquanto isso, meus sobrinhos brincavam com varinhas decorativas, adornadas com cristais cintilantes de luzes coloridas, fingindo disparar poderes imaginários. Era um pouco entediante para mim, mas Mavie parecia gostar.

De longe, observei Aurora apreciando um conhaque de cereja. Eu já havia experimentado aquela bebida antes; é doce e forte.

Ela percebeu meu olhar à distância, ao lado de suas amigas Susie e Mia. Deixo meus olhos passearem dos seus pés até as pernas, subindo até sua cintura. Deliciosa.

Aurora sorri timidamente e dá mais um gole no conhaque. Ela não terá escapatória esta noite; vou fodê-la em minha cama.

Aurora vira de costas, distraída com a chegada da minha irmã Diana. Isso me permite, pela décima vez hoje, admirar o balanço de sua bunda sob essa calça maleável.

Depois, passeio meu olhar por suas costas e admiro seus cabelos de fogo.

Aurora aceita mais uma dose de conhaque, dá dois goles e volta seu foco para mim. Ela está me provocando. Bebe maliciosamente e sorri.

Fecho parcialmente os olhos e balanço a cabeça em negação. Está bebendo muito Aurora e eu quero poder transar à noite toda hoje.

Ela mexe nos cabelos, colocando-os de lado, sobre a lateral do rosto, e desliza o copo disfarçadamente em seu lábio inferior. Merda.

Limpo a garganta, desorientado.
Ela é fogosa e eu mal consigo desviar minha atenção estando com o pau duro.
Olho ao redor, verificando se mais alguém a está observando agir assim. Isso tudo é só para mim.

Nossa troca de olhares é interrompida pela chegada de Daiana ao lado de Aurora. Como um cachorrinho sem dono, Daiana toca no ombro de Aurora, chamando sua atenção, e as duas se afastam para conversar. Fico satisfeito pela minha irmã ter realmente feito o que pedi.

Um DescasoOnde histórias criam vida. Descubra agora