Capítulo 1 - Orfanato.

1.4K 72 16
                                    

Aurora narrando:

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Aurora narrando:

- Aurora! - Ouço a voz da Mia ecoando em meus ouvidos.
Resmungo, giro meu corpo e continuo dormindo.
- Aurora, acorde! - Ela insiste. Novamente me dou o prazer de ignora-lá e uso minha criatividade para acreditar que hoje é domingo, meu único dia de folga.
- Você irá se atrasar! - Finaliza exclamando.

Abro bruscamente os meus olhos e me levanto. - Já estou de pé. - Resmungo com a cabeça rodando.

Eu recebo 25 euros por dia, um exaustivo trabalho de 10h que se repete seis vezes na semana. Obtenho uma folga apenas, ou seja, muito esforço e humilhação para receber 600 euros por mês e minha chefe desconta 20% da minha única verba em casos de atrasos.

Eu não posso reclamar, foi o único trabalho que me impediu de passar fome e de deixar tudo nas costas da Mia.

Enquanto termino meu banho, infelizmente de forma apressada, ouço-a conversando com o proprietário do apartamento que nós alugamos. Ela justifica nosso atraso de pagamento e mais uma vez ele aceita.

Solto um suspiro profundo.

Mia perdeu o emprego recentemente, um bom emprego até, comparado ao meu, então tudo piorou. Se bem que... Qualquer emprego deve ser melhor que o meu.

Não pude finalizar o meu ensino médio, não possuo nenhum curso profissionalizante e nem mesmo técnico. Fui expulsa de casa com 18 anos e daí para cá, muitas coisas aconteceram.

Tive uma mãe, que na realidade parecia mais uma irmã mais nova. Ela é viciada, totalmente viciada. Vendia nossos móveis por dinheiro, sumia por dias e voltava com homens diferentes.

Uso a palavra "tive" não por ela está morta, mas sim por eu não vê-la há 6 anos.
Como mencionei, aos 18 fui expulsa pelo meu padrasto, ele tinha uma aparência grotesca pelo que me lembro, era alto, tatuado até o rosto e substituía seus dentes por ouros.

Por que isso aconteceu? Bem, uma única vez que Niall; meu padrasto, se insinuou para cima de mim, eu reagi, de forma agressiva e ele simplesmente me expulsou da casa da minha própria mãe, sim, isso mesmo que você leu.

E ela, surpreendendo-me, ficou em silêncio diante disso e apenas falou que eu já estava grandinha e precisava me tornar uma mulher, diretamente concordando com o meu padrasto.

Meu nome é Aurora Francine, hoje tenho 24 anos.

Sou Irlandesa, nasci e fui criada na cidade Limerick dentro da Irlanda, um local de baixa renda e com uma boa numeração de crimes, o meu padrasto fazia parte disso.

Mas também na minha infância eu morei na França, com a minha vó, antes de falecer, depois voltei à Irlanda para morar com a minha mãe e ele.

Mia sempre foi minha amiga virtual, nos conhecemos através do meu velho celular por vídeos chamadas e nos tornamos melhores amigas. Ela é Alemã e quando tudo aconteceu vim morar aqui, na Alemanha com ela.

Um DescasoOnde histórias criam vida. Descubra agora