- pouco antes da tempestade

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(Reproduzam a mídia acima ☝🏻)

Eu me lembro bem como éramos um com o outro. Não havia lugar e nem hora, nada mais importava quando nossos lábios estavam grudados e os nossos corpos pareciam querer fundir-se um no outro. Eu nunca saberei explicar toda aquela intensidade que era eu e você, Park.

Eu acordei com beijos suaves em minhas bochechas, naquela manhã de verão, o sol atravessava as cortinas finas e tocava a nossa pele ainda nua pela noite anterior — onde aquelas quatro paredes testemunharam o que parecia já estar escrito mesmo antes de acontecer.

— Bom dia, gatinho. — Eu sorri largo ao ouvir a sua voz rouca pelo sono. Meus braços alcançaram a sua cintura fina e eu o trouxe para mais perto, me enfiando entre suas pernas.

— Bom dia, Park. — Disse admirando o loiro. Seus cabelos estavam bagunçados, os olhos inchados pelo sono e todo o seu corpo estava marcado pelos meus dentes. Era lindo ver a sua pele branquinha repleta de manchas arroxeadas e marcas de dentes.

E eu não me sentia estranho por ter transado com outro homem. Nada disso. Eu estava louco, desejando tê-lo em meus braços inúmeras vezes mais. Naquela manhã eu era o cara mais feliz do mundo.

— Acho melhor você ir, papai logo irá bater na minha porta... — Jimin disse e eu assenti, mesmo que a minha vontade fosse não desgrudar do meu loirinho por um instante sequer.

— Vou, mas volto novamente no mesmo horário. — Jimin sorriu com o que eu disse. Eu deixei um beijo rápido em seus lábios e me vesti diante de seus olhos intensos e curiosos.

O Park não fazia a mínima questão de esconder o quanto me desejava e aquilo tudo era muito excitante, me sentir desejado por ele era muito bom.

Eu deixei o quarto na qual passei uma das melhores noites da minha vida muito discretamente, me enfiando no meu o mais rápido que pude. E tudo aquilo que vivemos parecia uma grande loucura, porém, era o que me fazia feliz.

E o que aconteceu naquela madrugada passou a se repetir ao longo de toda a semana. Jimin sempre me provocava durante os jantares em família.

Como em uma noite em que o loiro sentou-se ao meu lado e me masturbou no meio do jantar. E para o meu desespero, meu pai tentou conversar comigo e eu mal consegui respondê-lo.

Jimin era muito safado. Tinha algo nele que me deixava maluco, sem juízo. O loiro era sexy, sabia exatamente como me colocar aos seus pés. Jimin sempre foi liberto, decidido e ousado, eu o admirava como ninguém.

E nada mais importava, pois eu o tinha ali, ao meu lado. Ele tinha o dom de me fazer esquecer da realidade, de desligar todos os meus pensamentos e levar a minha atenção somente para si.

Eu não queria que aquilo acabasse, eu jurava que duraria para sempre. Mas não havia como não acabar. Não quando eu era um covarde e não era capaz de assumir para o mundo os meus sentimentos por ele.

E uma hora ou outra o diálogo chegaria. Não podíamos dormir juntos todas as noites e simplesmente fechar os olhos para uma conversa. Jimin queria respostas, eu também.

E foi assim que a nossa primeira briga chegou e não foi nada boa.

— Lembra quando você trouxe aquele seu amigo para a casa de praia? — Perguntei para Jimin ao meu lado.

Nosso Último Verão, jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora