- uma vida miserável

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(reproduzam a mídia cima ☝🏻)

— Eu sempre ficava te olhando quando estávamos no mesmo ambiente. — Jimin confessou deitado sobre o meu peito, com a ponta do seu indicador desenhando o meu abdômen suado. Havíamos acabado de transar loucamente. — Mas você é muito lento, gatinho.

Eu gargalhei.

— Eu até que sentia seus olhos em cima de mim, mas custei a acreditar que você me olhava com segundas intenções.

— Com todas intenções do mundo, Jeon. — disse descaradamente. — O que vai acontecer quando voltarmos?

Ele ergueu sua cabeça e olhou em meus olhos. Eu não tinha a resposta para aquela pergunta.

— Eu não sei, Jimin. — respondi e ele pareceu desapontado. — O que eu sei é que você é tudo o que eu mais quero nesse mundo.

O seu lindo sorriso alcançou os olhos, tornando-os dois risquinhos adoráveis. Lindo, meu Jimin.

— Promete que vamos estar sempre juntos? — Ele me olhava com expectativa e eu sorri largo em sua direção.

— Eu prometo, meu bem. — respondi e o puxei para um beijo apaixonado.

Porém, eu não fui capaz de cumprir com a minha promessa.

[...]

— Jeon Jungkook! — Eu sinto o meu corpo ser sacudido sobre o estofado desconfortável da minha sala. — Acorda, Jeon!

Eu abro os meus olhos com muita dificuldade, sentindo uma pontada enorme atingir a minha cabeça. Eu levo minha mão direita até minhas têmporas, massageando-as lentamente. Eu sonhei com ele novamente, algo bastante natural nesses últimos dez anos.

Meu corpo está dolorido, dormir em um sofá não é nada confortável. Ontem eu abusei dos relaxantes musculares e acabei pegando no sono em minha sala.

— Há quanto tempo você não vai em casa? — Kim Namjoon, clínico geral e um bom amigo, questiona.

Eu conheci o moreno ainda na faculdade. Foi uma fase na qual eu me afastei de todos, e Namjoon teve que ser muito persistente para conseguir a minha amizade, ele não desistiu de mim. O homem sempre procura me aconselhar, ele é o único que sabe sobre o Jimin e tudo o que aconteceu naquele maldito verão.

Após me formar em medicina, meu pai me obrigou a me especializar em Administração Hospitalar. O maior sonho de Jun-seo era ver o seu único filho dirigindo o hospital da família. E bem, ele conseguiu.

— Eu estava organizando uma nova equipe médica para a Pediatria e acabei pegando no sono. — Não foi bem assim que aconteceu. A verdade é que qualquer lugar é melhor do que estar em casa com Jeon Sunmi, a mulher é insuportável e vive enchendo o meu saco.

— Vá para casa e tome um banho, irá te fazer bem, cara. — O homem sugere, de pé diante de mim, me olhando com preocupação.

Eu arrumo as minhas roupas sociais e como ele sugeriu, eu vou para casa.

Quando me casei com Sunmi, há dois anos atrás, meu pai nos presenteou com uma cobertura no centro de Seul.

As portas do elevador se abrem e eu adentro a sala espaçosa e silenciosa. São 9h:00 da manhã e Sunmi deve estar dormindo. Eu optei por dormirmos em quartos separados, não somos de fato um casal — não por falta de vontade da morena.

Eu entro em meu quarto e vou direto para o chuveiro, relaxando o meu corpo com um banho de água morna. No entanto, meu corpo tensiona quando sinto duas mãos pequenas com unhas pintadas de vermelho em volta da minha cintura.

Nosso Último Verão, jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora