- um pesadelo

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(Reproduzam a mídia acima ☝🏻 )

Um dia.

Esse foi o tempo exato que meu pai levou para ir até o hospital, extremamente furioso. Como eu nunca havia visto antes.

O homem me ligou incansavelmente, me enviou inúmeras mensagens de texto. Eu resolvi ignora-lo completamente, até vê-lo invadindo a minha sala com sangue nos olhos.

— Eu já sei que ele esteve aqui e o que merda vocês fizeram na porra dessa sala! — Jun-seo grita, esmurrando a minha mesa, fazendo o móvel estremecer.

Meu pai está extremamente furioso.

Eu permaneço estático, tentando processar o que merda acabou de acontecer.

— Por acaso está me vigiando? — Questiono tranquilamente, e isso parece deixar o meu pai ainda mais puto.

Jeon Jun-seo gargalha cruelmente. Eu respiro fundo, procurando manter-me inabalável diante de seus olhos. Quando na realidade estou queimando por dentro.

— E você achou mesmo que eu seria louco a ponto de não fazer? — Nego com a cabeça. Eu não espero nada de bom vindo do homem, mas colocar alguém para me vigiar, é doentio.

E sei bem quem lhe informou sobre eu e Jimin.

— Você é inacreditável, papai.

— Eu deixei muito claro que haveria consequências caso deixasse aquela aberração se aproximar de você!

Minhas mãos estão fechadas em punhos, eu já não consigo fingir que estou calmo diante de todos os seus insultos.

— Chega, papai! — Grito ao me levantar bruscamente, pouco me importando se o hospital inteiro está ouvindo nossa discussão. — Eu faço o que eu quiser da merda da minha vida, já chega de tentar me controlar!

Exaspero, sentindo minha cabeça pulsar dolorosamente. Eu encaro o homem friamente, com sangue quente e veias saltadas. Ele me sufoca, arranca de mim os piores sentimentos. Como é possível termos o mesmo sangue correndo nas veias?

— Você é o meu filho e enquanto eu viver, você fará somente a minha vontade! — Não é o momento, mas eu sinto vontade de rir com o que eu acabo de ouvir.

Isso tudo é ridículo. Por acaso ele acha que eu ainda sou uma criança de cinco anos?

Eu dou as costas para o homem, afrouxando minha gravata. Tenho a sensação que o ar falta em meus pulmões, minha respiração torna-se agitada.

Merda, eu não posso entrar em crise justamente nesse momento. Eu preciso enfrentá-lo de uma vez!

Eu respiro fundo e procuro expulsar todas essas sensações angustiantes que nubla meus sentidos, mas o barulho forte de algo batendo contra a minha mesa leva minha atenção de volta para o meu pai.

— Veja isso. — Seus olhos estão fixos em seu celular lançado sobre minha mesa.

Na tela do aparelho, eu assisto um vídeo se iniciar.

Há um homem vestido em vestimentas simples, com os olhos profundos e fixos para a câmera.

Era um bom dinheiro e por isso eu aceitei, senhor. — O homem de meia idade diz, agora evitando olhar diretamente para a câmera. Ele parece envergonhado, abaixando a cabeça ao falar. — O advogado Park Jimin disse que eu precisaria apenas dizer que estava com o acusado na hora exata do crime, seria um álibi perfeito.

Eu estou perplexo, sentindo uma ânsia intensa em meu estômago com tudo o que acabo de ouvir. Meu coração está disparado, talvez eu esteja infartando lentamente.

Nosso Último Verão, jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora