- carta de demissão

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(Reproduzam a mídia acima ☝🏻)

A noite anterior atinge os meus pensamentos em pequenos flashbacks. Eu destruí o meu celular, bebi igual um louco irresponsável e corri até o apartamento de Jimin decidido a afastá-lo da minha vida.

Tudo isso de cabeça quente, agindo por impulso, sem medir as consequências dos meus atos. Eu realmente me comportei como um grande irresponsável.

Porém, Jimin me conhece como ninguém. Mesmo com tantos anos separados, o loiro ainda sabe quando eu estou sendo sincero consigo. Talvez a sua profissão o beneficie nessas circunstâncias, Jimin soube que todas as minhas palavras não passavam de uma grande mentira.

Os braços de Jimin estão em volta da minha cintura, eu consigo sentir sua respiração calma acariciar a minha nuca. Sorrio largo, eu daria tudo para acordar todos os dias ao lado do meu loirinho.

Mesmo que eu sinta meu estômago revirado e uma dor incômoda em minha cabeça — consequências da bebedeira de ontem —, estar com Jimin faz com que todas essas sensações se tornem minúsculas.

Na noite anterior eu demorei muito a pegar no sono. Eu estive pensando muito sobre a minha conversa com Jimin e hoje me sinto um pouco menos sem rumo. Já está claro que o meu pai nunca permitirá a minha união com Jimin, e dessa vez, eu não escolherei agradá-lo.

Eu errei uma vez, há dez anos atrás. Minhas escolhas me trouxeram consequências dolorosas, eu desejei uma nova chance todos os dias durante dez longos anos longe do meu loirinho, e agora que eu a tenho, eu saberei utilizá-la. Eu farei a escolha certa!

E pensando nisso, eu decidi que realmente preciso me manter longe de tudo que me une ao meu pai, principalmente, o hospital.

— Bom dia, gatinho. — A voz manhosa e rouca pelo sono soa ao pé do meu ouvido, deixando meu corpo arrepiado.

Os braços de Jimin intensificam seu aperto em volta da minha cintura e eu sorrio largo com todas essas sensações acalentadoras — a sensação de conforto e segurança ao estar com alguém que amamos.

E é incrível como o amor pode ser complexo e ao mesmo tempo incrivelmente simples.

— Bom dia, meu amor. — Devolvo-o, aproveitando seu calor. Porém, o volume firme contra minha bunda me faz erguer minhas sobrancelhas. — Você está armado 'tão cedo, Park.

Brinco ao virar-me dentro de seu abraço, encontrando seus olhos inchados pelo sono e os fios loiros bagunçados. Jimin é encantador quando acorda, eu sinto vontade de mordê-lo inteiro.

Suas bochechas com algumas sardas adquirem um tom rosado, eu sorrio genuíno com a sua reação.

— Quase sempre quando acordo, gatinho. — Murmura manhoso, e merda, seu tom de voz me enche de tesão. Meus olhos descem para os seus lábios e eu não consigo controlar a minha vontade de beija-los. — Eu estou com mau hálito, não me beije.

Jimin reclama levando a mão até seus lábios, escondendo-os de mim.

— Eu não me importo. — Afasto suas mãos para longe de sua face, voltando a beija-lo.

Beijar Park Jimin é sempre uma experiência intensa. O calor de seus lábios e da sua pele me causa um turbilhão de borboletas no estômago. Meu coração está disparado, alimentado pela adrenalina e toda a excitação que preenche o meu corpo. É como se cada batida estivesse sincronizada com os movimentos dos nossos lábios.

O tempo parece parar, tornar-se eterno. Nada existe além de nós dois, na sua cama, trancados em seu apartamento.

Nosso ósculo torna-se ainda mais intenso quando me acomodo entre suas pernas nuas, saboreando a fricção deliciosa de nossas ereções ao se esbarrarem.

Nosso Último Verão, jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora