Capítulo 12: A Felicidade Dos Pequenos Momentos

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Capítulo 12:

12 DIAS DEPOIS:

_28/03/2023, Terça-feira por volta das 6:42 da manhã, esperando Liz ficar pronta para a faculdade_

Marcus Mafika:

O tempo estava passando tão rápido e quando parei para reparar vi que já estamos na última semana de revisão de tudo, de todas as matérias, antes de iniciar o mês de provas. É possível ver a enorme tensão em todos os alunos. Eu mesmo estou surtando, com todos os estágios e mais tantas revisões... Acredito que eu vá me sair bem, mas mesmo assim ainda fico muito tenso, igual a todos os outros...

Eu gostaria que ao menos minha relação com Liz estivesse melhor. Novamente, cometi o erro de dizer o que não devia. Falei que somos apenas colegas, mesmo sabendo que ela é muito mais do que isso para mim... Só que quando ela me pergunta desse jeito eu travo... Tendo apenas duas opções: falar a verdade e com isso me confessar, ou então, dizer qualquer outra coisa que vier a minha mente na hora. O medo de me confessar é tanto que o nervosismo me faz dizer o que vier a mente, apenas para que ela pare de perguntar...

O problema é que eu sei que ouvir isso a magoou, deu pra ver em seu rosto... Só não sei se é porque ela me considera um amigo e não apenas um colega, ou porque as paranóias da minha cabeça são reais. Sim, a reação dela, o sorriso e o jeito que ela ficou naquele dia em que a ajudei com o trabalho e eu soltei sem pensar os elogios para ela me fizeram criar as paranóias na minha cabeça de que existe a chance de ela me corresponder... Uma minúscula chance, mas apenas aquilo, que não deve ser nada demais já que todo mundo fica feliz com um elogio, foi mais que suficiente para me fazer criar essas paranóias...

Eu não sei de nada mais...

Também continuo a falar com ela, como se eu fosse o Bruno. Contei que deu errado de novo e ela me deu mais conselhos. Acho que vou tentar aplica-los, mas estou com medo de eu acabar fazendo besteira no fim, de novo...

Não sei o que devo fazer afinal. Na verdade desde o início eu sempre soube o que realmente devo fazer, mas não tenho coragem para isso. Sei que no máximo eu recebo um "não", mas receber o "não, eu não gosto de você", vindo dela, doeria demais...

Elizabeth terminou de comer e foi escovar seus dentes. Peguei sua mochila e fui para o carro com as coisas dela. Até que Rosália me pega de surpresa com uma pergunta:

— Porque sempre leva as coisas dela?

— Porque... Ela já é toda desastrada e quase caí apenas carregando o próprio peso, é melhor não corrermos o risco de ela cair por estar carregando um peso a mais com a mochila. — Falo a primeira coisa que me vem a mente.

— Não exagera, Marcus. Minha amiga é desastrada, mas consegue muito bem carregar a mochila sem cair igual você está falando. — Ela diz.

— Isso é ciúmes por eu nunca levar a sua? — Falo com a intenção de que ela não tente continuar perguntando, o que funcionou.

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