O dia amanheceu tranquilo mais uma vez, ela percebeu que ainda estava nos braços de Carl, o que a fez se afastar quase imediatamente por se sentir "presa".
Carl sentiu-a se mexendo em seus braços e lentamente abriu os olhos, ainda um pouco tonto de sono.
— Bom dia — ele murmurou, sua voz ainda sonolenta enquanto se sentava, passando a mão pelo rosto.
– voce pode ir comigo na farmacia? estamos precisando de remedios, nao quero ir sozinha.
Carl piscou e assentiu sonolento, levantando-se da cama.
— Sim, claro. — ele murmurou, ainda acordando. — Só me dê um segundo.
Ele esticou os braços amplamente, tentando se livrar dos últimos resquícios de sonolência enquanto começava a se preparar.
— vou ir no banheiro e trocar de roupa, te vejo nos portoes, nao esquece de pegar a lista do seu lado na cama.
— ok.
Carl a observou sair do quarto, sua mente ainda nebulosa pelos restos do sono. Ele olhou para a lista ao lado da cama e a pegou, esfregando os olhos enquanto tentava acordar completamente.
— Remédio... remédio... — ele murmurou para si mesmo, repetindo-o como um mantra, como forma de focar sua mente ainda meio adormecida.
Ela voltou apos alguns minutos, ja pronta para sair.
— Troque de roupa, te encontro nos portoes.
Carl assentiu, ainda se sentindo um pouco atordoado. Ele esfregou os olhos mais uma vez e começou a tirar o pijama para o traje habitual.
Enquanto se vestia, Carl se pegou pensando no dia. A corrida à farmácia seria a primeira tarefa do dia. Ele terminou de abotoar a camisa de flanela e pegou o chapéu de xerife, pronto para se dirigir aos portões.
Carl saiu de casa e caminhou em direção aos portões, com a cabeça ainda um pouco confusa desde o início da manhã. Ele bocejou amplamente enquanto caminhava, ainda tentando acordar completamente.
Finalmente, ele chegou ao portão onde Summer o esperava. Ele sorriu levemente e fez um aceno de saudação.
— Pronto para ir? — ele perguntou, sua voz ainda cheia de cansaço.
Ela nao respondeu, apenas deu as costas e saiu de Alexandria, comecando a caminhar enquanto segurava as alças da mochila.
Carl a seguiu, com uma leve carranca no rosto. Ele notou seu comportamento silencioso e a maneira como ela lhe deu as costas. Não caiu bem para ele.
Ele a seguiu, acompanhando-a enquanto caminhavam.
— Você está bem? — ele perguntou, sua voz tingida de preocupação.
— Por que voce sempre pergunta isso?!
Carl encolheu os ombros ligeiramente, sua carranca se aprofundando. Sua resposta concisa foi apenas mais uma confirmação de que algo estava errado.
— Eu pergunto porque me importo com você — ele disse calmamente, com a voz séria.
Ele olhou para o perfil dela, notando a tensão em sua mandíbula e a retidão de seus ombros.
— hum.. — ela murmurou, apressando o passo, ela nao queria conversar.
Carl percebeu que ela acelerava e acelerou o passo para acompanhá-la. Ele olhou para ela, sua preocupação crescendo. Ela estava claramente chateada com alguma coisa, mas ele não entendia muito bem o porquê.
Carl decidiu tentar outra abordagem, na esperança de chegar até ela.
— Loira – , ele começou, sua voz gentil. — Vamos, fale comigo. O que está acontecendo?
— Carl eu to bem! — ela disse ainda caminhand — O que preciso fazer para voce entender isso?
A carranca de Carl se aprofundou com seu tom áspero. Ele soltou um suspiro frustrado, sua preocupação se transformando em irritação.
— Você não está bem, Summer! — disse ele, com a voz firme. — Você está agindo como se houvesse algo incomodando você e não quer falar comigo sobre isso.
Ele agarrou seu pulso, parando-a gentilmente. Ele deu um passo na frente dela, forçando-a a encontrar seu olhar.
— Por favor, apenas me diga o que está acontecendo.
— Me solta.
O aperto de Carl em seu pulso afrouxou, sua expressão ficando dolorida. Ele cedeu, dando um passo para trás e deixando a mão cair ao lado do corpo.
Ele olhou para ela, seu coração cheio de confusão e preocupação.
— Você não pode simplesmente me afastar assim — ele disse calmamente, sua voz cheia de emoção. – Devíamos ser uma equipe, lembra? Devíamos nos comunicar.
— eu comunicaria se eu soubesse o que esta acontecendo, eu simplismente nao sei, ok?
A expressão de Carl suavizou-se com a resposta dela, um lampejo de simpatia em seus olhos. Ele entendeu que ela estava confusa e frustrada, mas ele também.
— Eu sei que você não tem certeza — ele disse suavemente, sua voz um pouco mais calma. — Mas isso não significa que você tenha que me excluir. Podemos tentar descobrir isso juntos, não podemos?
Carl soltou um suspiro, a resignação se instalando em seu peito. Estava claro que ela ainda não estava pronta para se abrir com ele.
— Tudo bem — Ele disse calmamente, caminhando ao lado dela novamente. — Nós iremos.
Eles caminharam em silêncio, o ar entre eles tenso e inquieto. Carl tentou evitar que seus pensamentos girassem em espiral, concentrando-se na tarefa que tinha em mãos: chegar à farmácia.
assim que eles chegaram ela entrou imediatamente, sem olhar para ele.
— vou pegar os medicamentos que faltam em Alexandria, me de a lista.
Carl observou-a entrar na farmácia, com uma pontada de dor no coração. Ele tirou a lista do bolso e entregou a ela, tentando manter a expressão neutra.
— Aqui – ele disse calmamente, sua voz não traindo nenhuma das emoções que fervilhavam dentro dele. — Tenha cuidado, ok?
Ela bufou e constantemente revirou os olhos assim que ele pediu que ela tinha cuidado e entao deu as costas para ele, sumindo entre as poucas prateleiras. — Pode dar uma olhada nas coisas que ainda tem aqui, caso quiser pegar algo.
Carl a observou se afastar, a frustração e a mágoa crescendo dentro dele. Ele soltou um suspiro profundo e balançou a cabeça, cansado, passando a mão pelos cabelos.
Ele decidiu seguir o conselho dela e começou a explorar as prateleiras restantes da farmácia. Seus olhos examinaram a variedade de suprimentos medicinais e diversos, seus pensamentos ainda preocupados com o comportamento distante de Summer.
— preservativos? – ela franziu a testa atrás dele. — Você tem uma namorada que eu não conheço?