𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐖𝐎 - Força

3.6K 363 85
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

...

Os olhos de Carl se arregalaram e ele pegou os quadrinhos com alegria. Ele folheou cada capa, olhando para os heróis e vilões com curiosidade.

— Você realmente os pegou, Ellie. Você é incrível

Disse ele, com um sorriso enorme no rosto enquanto desviava os olhos das páginas e olhava para ela.

– Sente-se, tenho algo para lhe mostrar.

— O que? Uma arma branca? — Ela riu baixinho cruzando os braços apos deixar a bolsa no chao.

Carl apontou para o local ao lado dele na cama, onde havia um cobertor e um travesseiro. Os dois geralmente sentavam juntos e liam os quadrinhos à noite.

— Sente-se — ele repetiu com uma risada e deu um tapinha no cobertor ao lado dele. – Tenho outra surpresa para você.

Não demorou muito para ela revirar os olhos com um bufo e um riso baixo, e se sentar aonde ele mandou.

Carl colocou os quadrinhos ao lado do cobertor e se mexeu para ficar de frente para ela agora. Do bolso da jaqueta, ele tirou uma pequena caixa.

– Feche os olhos —  ele disse calmamente com um sorriso.

Carl abriu a caixa e tirou um colar. Tinha um pequeno dourado prateado com a palavra "Força" escrita em letras cursivas douradas.

— Ok, você pode abrir. — Ele segurou o colar com o amuleto voltado para ela para que ela pudesse vê-lo.

Assim que ela abriu os olhos foi como se tivesse ganhado na loteria, definitivamente Summer adorava ganhar e dar presentes a quem ama, isso estava claro.

— Ai meu deus obrigada!! — Ela deu pulinhos de alegria, envolvendo os braços em volta do pescoço de Carl em um abraço apertado. — Pode coloca-lo em mim?

Carl se afastou um pouco o abraço e estendeu a mão pela frente do pescoço dela e prendeu o fecho do colar em volta dele. Depois, ele colocou-o debaixo do cabelo dela, a mão acidentalmente roçando a nuca dela.

— Aí está — disse Carl, colocando as mãos no colo. — Parece bom e combina com você também.

— É lindo não é? — Seu sorriso se alargou, seu corpo se inclinando um pouco para o lado para poder encontrar o espelho do quarto, onde ficou se adimirando por segundos com o colar antes de voltar para a cama.

— Sim, é realmente lindo. Achei que ficaria bem em você. — Carl sorriu, seu olhar caindo sobre o pingente em volta do colar dela. — É também uma forma de lembrá-la de que você é forte, não importa o que aconteça.

— Muito obrigado Carl, de verdade... mas você tem sido minha força desde os meus 7 anos.

Carl riu baixinho e acenou com a cabeça quando ela disse isso. Era verdade, os dois passaram por um inferno juntos. Carl sentiu que ela era sua força e vice-versa.

Desde sua primeira conversa apos a perda de seus pais ele se esforcava em fazer brincadeiras para faze-la rir e se distrair o maximo possivel.

— E você tem sido a minha, acredite. Eu não teria chegado tão longe sem você.

— Obrigada por ter me ajudado a vida toda... — Ela sorriu fraco, suas costas encostando na cabeceira de madeira da cama.

— Você nunca precisa me agradecer, Summer. Na verdade, eu deveria ser quem deveria agradecer a você. Você também fez muito por mim.

Carl pegou um dos quadrinhos de super-heróis do cobertor e começou a folhear as páginas.

— Você queria ler isso ou só quer sentar e conversar um pouco?

— Podemos fazer os dois, o que acha?

— Parece-me uma boa ideia — disse Carl, assentindo.

Ele se recostou e olhou para o céu noturno na janela ao lado deles. As estrelas e a lua brilhavam e a noite estava fria. Carl se aproximou de Summer e seus braços se tocaram.

Ela nao ligou muito para os bracos encostados, isso sempre acontecia sem maldade alguma, eles se viam como melhores amigos e ate como irmaos a maior parte do tempo.

Ela comecou a ler os quadrinhos, as vezes rindo quando aparecia algo engraçado. Carl também não ligava muito de seus braços se tocando, pois era uma coisa comum que acontecia, mas uma parte dele realmente não se importava quando isso acontecia.

Ele riu junto com Summer enquanto ela lia os quadrinhos, até mesmo participando em algumas ocasiões para discutir um quadrinho ou personagem aqui e ali.

— eu realmente gosto do homem aranha, tipo... como uma aranha pode morder um humano e ele se tornar um super heroi?! — Ela disse animada, realmente interessada em seu personagem favorito.

Carl riu baixinho quando ela mencionou o Homem-Aranha e pensou por um momento antes de dizer: — Honestamente, também acho um pouco estranho. Mas ei, não vejo outras pessoas sendo picadas por uma aranha radioativa e ganhando poderes, então ele é o único sortudo o suficiente para que isso aconteça com ele. — Ele brincou.

— então você também tem sorte de meus pais terem morrido e você me ter com você por toda a sua vida.

— Sim, eu diria que tive muita sorte com isso — ele riu baixinho. — Nós nunca teríamos nos tornado amigos se seus pais não tivessem... — Ele parou, não querendo entrar nessas memórias mais sombrias.

— Morrido? Esta tudo bem, nao doi mais.

— Tem certeza de que ainda não dói? Não quero trazer de volta nenhuma lembrança ruim para você. — Carl olhou para ela com preocupação. Ele não queria deixá-la chateada nem nada e pararia de falar sobre isso se ela se sentisse desconfortável.

— Certeza... A perda de sua mae ainda dói?

Carl parou por um momento e sua expressão escureceu enquanto pensava na pergunta dela. Sim, ainda doía perder a mãe. Ele ainda pensava sobre isso e muitas vezes se perguntava se as coisas tivessem sido diferentes, sua mãe ainda estaria viva? Ele olhou para Ellie com o canto do olho.

— Sim, ainda dói — ele admitiu calmamente.

— Sentimos falta de Lori... ela era uma boa mãe — ela suspirou, folheando o quadrinho.

Lori foi como uma mae para ela, muitas vezes deixou de comer para poder alimentar a Summer quando tinha pouca comida.

Carl concordou com a cabeça. — Sim... sim, ela era — ele disse calmamente. Sua mente começou a divagar enquanto ele relembrava memórias de sua mãe, pensando em como ela era uma boa pessoa por ter se importado tanto com ele e a Summer. — Às vezes me pergunto se as coisas poderiam ter sido diferentes, sabe? Se ela ainda estivesse viva...

— Eu também me pergunto, mas olha... não tivemos escolha, tinha que ser assim. — Ela segurou a mão dele com conforto.

Carl sentiu um leve salto no peito quando ela pegou sua mão, mas exalou ao sentir seu toque quente. Suas palavras lhe deram algum conforto e ele sabia que ela estava certa. Não havia como impedir o destino de Lori naquela época. Ele sorriu levemente e deu um pequeno aperto na mão dela. — Você está certo... não posso mudar isso agora...

— pelo menos você ainda tem a mim, Judith e seu pai, isso é bom, não é?

Carl acenou com a cabeça novamente e pensou por um momento. — Sim, é. Vocês são os mais importantes para mim e não sei o que faria sem nenhum de vocês. Vocês estão certos, eu deveria estar grato por ainda ter todos vocês.

˚。⋆ 𝗖𝗨𝗣𝗟𝗘, carl grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora