Depois que as crianças foram embora, ele voltou sua atenção para Summer. Ele a estudou atentamente, observando sua expressão irritada e os braços cruzados. Ele não podia culpá-la por ser cautelosa, por não confiar nele.
— Você ainda sente muita dor?
Carl assentiu, estremecendo enquanto se mexia na cama da enfermaria.
— Sim — ele admitiu, com a voz tensa. — Dói se mover.
Ela se aproximou da cama, sua expressão suavizando ligeiramente. Ela olhou para ele criticamente.
— Você pode se sentar? — ela perguntou, sua voz neutra.
Carl cerrou os dentes, preparando-se para a dor que sabia que viria. Lentamente, ele se sentou, seu corpo protestando contra o movimento.
Ele soltou um suspiro baixo de dor, sua respiração difícil enquanto ele se recostava no travesseiro.
— Sim... sim, posso sentar — ele disse, com o rosto pálido.
Summer observou-o com uma mistura de preocupação e ceticismo. Ela podia ver a dor gravada em seu rosto, o esforço que estava sendo necessário para ele permanecer em pé.
— Quão ruim é isso? — ela perguntou, sua voz baixa.
Carl estremeceu novamente, sua mão involuntariamente indo para o peito.
— Muito ruim— ele admitiu, respirando fundo e entrecortado. — Eu... acho que posso ter quebrado algumas costelas.
— Em seus testes ele diz que não quebrou nada, deve ser apenas a dor do tiro que se espalha por todo o corpo.
Carl assentiu, grato pela informação, mas ainda sentindo uma dor aguda e penetrante no peito.
— Sim... sim, isso faz sentido. Só... dói muito.
Ela se aproximou tocando seu peito. — Dói?
Carl estremeceu quando a mão dela tocou seu peito, a dor aumentando novamente.
— Sim... — ele grunhiu, com a respiração presa na garganta. — Dói como o inferno.
— ok... é... — ela colocou uma mecha atras da orelha. — vou te dar um remedio para dor, posso refazer o curativo? ele ja esta cheio de sangue.
Carl assentiu lentamente, resignado com o fato de não estar em condições de recusar a ajuda dela.
— Sim, claro. Faça o que você precisa fazer.
Ela foi em outra sala da enfermaria e voltou com uma cartela de remedios e um copo d'agua, ela descartou um remedio e entregou na mao de Carl junto com o copo.
— beba.
Carl pegou o comprimido e engoliu com um gole de água, fazendo uma careta ao sentir o gosto. Ele odiava tomar remédios, mas sabia que precisava deles.