Summer olhou para ele, com lágrimas nos olhos. Ela sabia que ele estava certo. Essa coisa entre eles estava crescendo, aumentando a cada conversa, a cada olhar roubado.
— Eu... eu não sei o que fazer — ela admitiu, com a voz ligeiramente trêmula. — Isso é tão inesperado. Tão confuso.
O coração de Carl doeu com as palavras dela, com a confusão dela refletindo a dele.
— Eu sei — ele murmurou. — Isso não é o que nenhum de nós esperava. É assustador e confuso. Mas... mas não podemos fingir que não está acontecendo.
— Podemos continuar assim e ver o que acontece... o beijo não foi tão ruim assim...
Carl sentiu uma onda de emoções tomar conta dele com as palavras de Summer. Seu coração saltou diante da possibilidade de explorar isso ainda mais, de ver aonde seus sentimentos poderiam levar.
— Você... você está falando sério? — ele perguntou, com um toque de descrença em sua voz.
O coração de Carl bateu mais forte em seu peito enquanto ele processava as palavras dela. Ele mal conseguia acreditar que eles estavam tendo essa conversa.
— ... você tem certeza disso? Você tem certeza que quer explorar...?
— Por que não? Você não quer?
— Claro que sim — confessou ele, com a voz cheia de sinceridade. — Eu só... eu só não quero bagunçar as coisas entre nós. Eu não quero perder você.
— Você não me perdeu, Carl. Estou aqui bem na sua frente dizendo que se você quiser tentar algo, nós podemos.
Carl levou um momento para absorver as palavras dela, percebendo a realidade da situação.
— Tudo bem — disse ele, sua voz surpreendentemente firme. — Se você está falando sério... então eu também estou falando sério. Podemos tentar... seja lá o que for.
O ar entre eles estava tenso de antecipação, a decisão tomada. Eles iriam explorar esse território novo e estranho.
— Então... por onde começamos? — Carl perguntou, sua voz ligeiramente rouca.
— eu nao sei.. — ela riu baixinho, em pura confusao. — eu nunca tive um relacionamento antes.
Carl riu baixinho, seus nervos se acalmando um pouco ao vê-la rir. Foi reconfortante saber que ambos estavam navegando juntos neste território desconhecido.
— Nem eu, na verdade — ele confessou, com uma pitada de vergonha em sua voz. — Isso tudo é... muito novo para mim também.
— Mas estamos nisso juntos — acrescentou ele, com a mão ainda apoiada suavemente na dela. — Nós vamos descobrir, Loira. Vamos fazer isso passo a passo.
— tudo bem.. entao ainda somos melhores amigos, certo? mas tambem temos algo romantico?
ela franziu o cenho, tentando entender.
Carl assentiu, tentando articular a nova dinâmica de uma forma que fizesse sentido.
— Sim — ele concordou. — Ainda somos melhores amigos. Isso não mudou. Mas... mas também vamos explorar essa... parte romântica do nosso relacionamento. Vamos descobrir isso à medida que avançamos.
— Ok entao... eu te amo?
O coração de Carl acelerou ao ouvir essas palavras, seus olhos se arregalando ligeiramente de surpresa. Ouvir Summer dizer 'eu te amo' para ele em um contexto romântico foi impressionante e despertou uma infinidade de emoções dentro dele.
— Eu... eu também te amo. — ele confessou, sua voz cheia de uma mistura de timidez e certeza. — Mais do que tudo.
— sim... isso parece fácil. — ela suspirou de alívio.
Carl riu baixinho, sentindo um pouco da tensão diminuir na sala.
— Sim — ele concordou, um sorriso brincando nos cantos de sua boca. — Acho que não foi tão complicado quanto pensávamos, hein?
— sim mas... e agora? o que fazemos?
Carl parou por um momento, considerando a pergunta dela. Este era um território desconhecido para ambos, e eles estavam tateando o caminho através dele.
— Eu não sei — ele admitiu com uma risada suave. — Nós apenas levamos as coisas devagar, eu acho. Gostamos da companhia um do outro, conversamos, passamos tempo juntos... e vemos aonde tudo isso nos leva. Nada mudou. Ainda somos as mesmas pessoas, só temos essa... camada extra de sentimentos e possibilidades agora. É meio emocionante, não é?
— a minha eu de 7 anos esta completamente assustada agora, ela nunca pensou que isso um dia ia acontecer
ela riu baixinho.
Carl não pôde deixar de rir junto com ela, da imagem dela mais jovem naquela situação divertida.
— Bem, seu eu de sete anos ficaria chocada em saber que é aqui que iríamos parar — ele brincou, com um sorriso brincalhão no rosto.
— sim... é... bem... deveriamos dormir agora... carl? — ela disse o nome dele de forma meio estranha, como se nao soubesse a maneira correta de chama-lo agora.
Carl percebeu a hesitação na maneira como ela disse o nome dele e não pôde deixar de sorrir levemente.
— Sim, provavelmente deveríamos dormir um pouco — ele concordou, com uma pitada de cansaço em sua voz. — E... Summer...?
Ele fez uma pausa, olhando para ela atentamente.
— Você ainda pode me chamar de 'Carl' — ele assegurou, com voz gentil. — Isso não muda. Ainda somos melhores amigos antes de mais nada. Mas talvez... — Ele fez uma pausa, seu olhar mudando para os lábios dela. — Talvez possamos descobrir mais alguns... apelidos íntimos um para o outro ao longo do caminho.
— Ok... mas deveriamos dormir agora... estou morrendo de sono..
— Dormir parece bom — ele concordou, bocejando levemente. — Foi um longo dia.
Depois de alguns minutos, Carl e Summer estavam acomodados na cama, com as cobertas puxadas para cima. A sala estava silenciosa, o único som era a lenta e constante respiração deles.
Carl virou a cabeça para olhar para ela, a luz da lua entrando pela janela lançando um brilho prateado sobre seu rosto. Ele a observou por um momento, seu coração cheio de uma mistura de ternura e nervosismo.
Ela ainda estava acordada, olhando supostamente para a lua quando sentiu um olhar sobre ela, o que a forçou a se virar.
— Tudo bem?
Carl foi brevemente surpreendido por seu devaneio, sem esperar que ela se virasse e olhasse para ele. Ele corou ligeiramente, percebendo que tinha sido pego olhando.
— Sim – ele disse suavemente, com uma pitada de timidez em sua voz. – Só... só estou admirando você.