𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐎𝐍𝐄 - Depressao

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Depois desta noite se passaram quatro meses

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Depois desta noite se passaram quatro meses. Muitas coisas mudaram, como a morte do Glenn, Beth e outros por conta do Negan. Descobri que estou gravida, mas estou deprimida pela perda dos meus amigos.

Carl ficou profundamente afetado pelas perdas. Ele lamentou profundamente os dois, sentindo uma profunda raiva de Negan e dos Salvadores por tirá-los deles. Ele notou uma mudança em Summer, uma depressão tomou conta dela. Ele sabia que ela ainda estava de luto, ainda tentando aceitar tudo o que havia acontecido. Quando Summer conta a Carl que está grávida, uma mistura de emoções o inunda. Ele está radiante com a perspectiva de se tornar pai, mas, ao mesmo tempo, sente uma profunda preocupação pelo bem-estar dela.

Carl ficou cada vez mais preocupado com Summer enquanto a observava declinar lentamente diante de seus olhos. Seu cabelo estava despenteado, seus olhos fundos e cercados por olheiras. Ela mal saiu da cama, seu apetite desapareceu e sua presença antes alegre foi substituída por uma sensação de desespero. Ele tentou o seu melhor para tirá-la de sua crise, fazê-la comer, conversar com ela, mas seus esforços pareciam ser recebidos principalmente com indiferença.

Ele sabia que ela ainda estava de luto, ainda lutando com as perdas que haviam sofrido, mas não conseguia afastar a sensação de que havia algo mais profundo, algo mais significativo a consumindo. Ele tentou falar com ela, tentou fazer com que ela se abrisse, mas ela permaneceu fechada, mal falando uma palavra com ele. Carl estava perdido, sem saber como alcançá-la, sem saber como tirá-la da escuridão que a havia engolido por inteiro.

A frustração e o desamparo brotaram dentro dele. Ele queria consertar tudo, tirar a dor e a tristeza dela. Mas ele se sentia impotente, como se não importasse o que fizesse, não bastasse. Ele só queria que a Summer que ele conhecia, a Summer alegre e resiliente que tinha sido seu apoio constante em tantas situações, voltasse para ele

Ele tentou preparar suas refeições favoritas, levando-as para a cabeceira da cama, na esperança de convencê-la a comer. Ele tentou conversar com ela, dizendo o quanto a amava e o quanto ela era importante para ele e para o bebê. Mas nada parecia funcionar. Summer permaneceu distante, os olhos vazios, o corpo aparentemente sem vida.

Com o passar dos dias, a preocupação de Carl por ela só ficou mais forte. A mulher outrora agressiva e forte que ele conhecia se foi, substituída por uma casca de pessoa. Ele sabia que tinha que fazer alguma coisa, tinha que encontrar uma maneira de alcançá-la, de trazê-la de volta. Ele não suportava vê-la assim, vê-la desistir da vida e do bebê.

Ele tentou lembrá-la de todas as coisas boas que eles tinham, das lembranças felizes que compartilhavam, mas mesmo isso parecia não surtir efeito sobre ela. Carl se sentia perdido, desesperado para encontrar uma maneira de chegar até ela, de fazê-la ver que tinha um motivo para continuar.

Carl entrou na sala com o coração pesado de preocupação. Ele a encontrou deitada na cama, os olhos voltados para o teto, o cabelo bagunçado em volta do rosto. Ele se aproximou da cama, sua voz suave.

— Ei... — ele disse gentilmente, sentando-se na beira da cama. — Como você está se sentindo?

Carl suspirou profundamente, sua frustração crescendo enquanto a observava deitada imóvel na cama.

— Summer... — disse ele, com a voz mais firme agora, — por favor... fale comigo. Você não pode continuar fazendo isso, você tem que comer, você tem que se cuidar. Pelo bebê... por mim...

assim que ele disse "por mim" ela olhou para Carl com uma lagrima escorrendo ao lado dos olhos.

O coração de Carl se apertou ao ver seu rosto manchado de lágrimas. Ele estendeu a mão, enxugando suavemente a lágrima com o polegar.

— Summer... por favor — disse ele, com a voz entrecortada pela emoção. — Você está partindo meu coração. Preciso saber se você vai ficar bem. Preciso que você fale comigo, me diga o que está acontecendo nessa sua cabeça.

Ela nao respondeu, apenas voltou a olhar para o teto. Ela tinha tentado tirar a propria vida durante esses 4 meses, mas ele sempre impedia.

— Por que? — ele perguntou, sua voz quase um sussurro. — Por que você continua tentando se machucar desse jeito? Você não sabe o quanto você significa para mim? O quanto nosso bebê significa para mim?

Sua voz falhou ligeiramente quando ele falou a última frase, a compreensão de tudo que ele poderia perder o atingiu como um soco no estômago.

— eu nao consigo... — ela disse pela primeira vez em tanto tempo, mais lagrimas saindo de seus olhos enquanto ainda olhava para o teto. — nao quero ter esse bebe nesse mundo. Nao quero morrer que nem a Lori.

O coração de Carl se contorceu dolorosamente no peito ao ouvir as palavras dela. Seus piores temores foram confirmados e isso o abalou profundamente.

— Querida... por favor — disse ele, com a voz rouca de emoção. — Você não pode pensar assim. Não posso perder você, não posso perder esse bebê. Preciso que você continue lutando, que continue esperando por um futuro melhor.

Ele estendeu a mão e pegou a mão dela, segurando-a com força, tentando trazê-la de volta à realidade.

— voce nao entende. todos vamos morrer, o mundo nao vai mudar.

Carl ficou cheio de uma mistura de tristeza e frustração ao ouvir as palavras dela. Ele sabia que havia verdade no que ela dizia, que o mundo era cruel e injusto. Mas ele também sabia que não poderia perder a esperança.

— Não — ele disse com firmeza, apertando a mão dela com mais força. — Eu me recuso a acreditar nisso. Ainda estamos aqui, ainda estamos sobrevivendo. Temos que continuar esperando que as coisas mudem para melhor. Pelo bem do nosso bebê.

— pare de falar nele. nem sabemos se vou estar viva ate que ele nasça.

O coração de Carl afundou enquanto ela falava, seus olhos se enchendo de lágrimas. Ele não suportava a ideia de perdê-la, de perder seu filho.

— Não diga isso — ele implorou, com a voz embargada de emoção. — Você tem que lutar, você tem que continuar. Não posso perder você, não posso perder nosso bebê. Por favor, Summer, não desista...

˚。⋆ 𝗖𝗨𝗣𝗟𝗘, carl grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora