Sentado na sala, Carlos Daniel pegou a foto da esposa, seus olhos cansados refletindo a dor e a saudade que ele sentia. Com um suspiro pesado, ele segurou a foto delicadamente, como se buscasse conforto nas lembranças que ela evocava.
Carlos Daniel: Angélica - ele murmurou, sua voz embargada pela emoção - Como eu sinto sua falta, minha querida. Está tão difícil sem você aqui... Você sempre foi o meu porto seguro, meu apoio em tempos difíceis.
Ele olhou para a foto, os olhos fixos na imagem sorridente de sua esposa.
Carlos Daniel: Eu sei que deveria ter sido um pai melhor para Any. Deveria ter sido mais compreensivo, mais presente... Mas estou tentando, meu amor. Estou tentando ser o pai que ela merece, mesmo que às vezes pareça que estou falhando.
As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Carlos Daniel, marcando sua expressão cansada.
Carlos Daniel: Por favor, me ajude a guiar Any pelo caminho certo. Ela precisa de nós agora mais do que nunca. Eu sei que não posso fazer isso sozinho, Angélica. Preciso de você ao meu lado, mesmo que seja apenas em espírito.
Ele segurou a foto contra o peito, como se buscasse força na presença tangível de sua esposa.
Carlos Daniel: Eu te amo, Angélica. Sempre te amarei. E prometo que farei o possível para ser o melhor pai para Any, assim como você foi a melhor mãe para ela.
Com um último olhar para a foto de sua esposa, Carlos Daniel sentiu uma pequena centelha de esperança acender em seu coração.
Perder sua esposa Angélica há alguns anos foi um golpe avassalador para Carlos Daniel, especialmente considerando que Any tinha apenas quatro anos na época. Desde então, ele assumiu o papel de pai e mãe, tentando preencher o vazio deixado pela ausência de sua amada esposa. Cada dia era um desafio, uma jornada solitária marcada pela saudade e pela luta para ser o melhor pai possível para Any.
Apesar de suas tentativas de manter uma frente forte, Carlos Daniel ainda se via perdido em momentos de solidão, quando as memórias de sua esposa o assombravam com sua ausência. Ele se agarrava às lembranças, às fotografias e aos momentos compartilhados, buscando conforto na presença tangível do passado.
A morte de sua esposa deixou um vazio não apenas em sua própria vida, mas também na de Any. Crescer sem a presença amorosa de uma mãe foi um desafio para a jovem, que muitas vezes sentia a falta de uma figura materna em sua vida. Carlos Daniel fazia o possível para preencher esse papel, mas sabia que nunca poderia substituir completamente Angélica.
Carlos Daniel decidiu ir até a filha, precisava conversar com ela. Ele suspirou ao constatar que Any não estava em seu quarto. Ele olhou ao redor, tentando encontrar algum sinal de sua filha, mas o cômodo estava vazio, exceto pela atmosfera pesada de solidão.
Decidido a encontrar Any, Carlos Daniel saiu do quarto e começou a percorrer os corredores da mansão. Seus passos ecoavam pelos corredores vazios enquanto ele procurava pela filha, seu coração apertado pela preocupação e pelo desejo de ajudá-la a enfrentar os desafios que estavam por vir.
Enquanto caminhava, Carlos Daniel pensava nas palavras duras que trocara com Any recentemente. Ele sabia que precisava consertar as coisas com sua filha, mostrar a ela que estava ali para apoiá-la, independentemente das circunstâncias.
Carlos Daniel ficou preocupado ao constatar que Any não estava em lugar nenhum da mansão. Ele revirou os cômodos, verificando cada quarto e corredor em busca de qualquer sinal de sua filha. Seu coração batia mais rápido a cada momento que passava sem encontrar Any.
Ao perceber que ela havia saído sem avisar, a preocupação de Carlos Daniel aumentou. Ele sabia que Any estava passando por um momento difícil e não podia evitar pensar no pior. Com o cenho franzido pela preocupação, ele pegou seu celular e começou a discar o número dela, esperando que ela atendesse e estivesse bem.
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Quando é amor
RomanceA gente não encontra o amor, o amor te encontra, e quando te encontra te arrasa, te tira o ar, e tudo oque te importa é amar, sem razão, sem especulações, amar é só amar porque essa é a verdadeira natureza lesa do amor.