Durante o café da manhã, Carlos Daniel acreditou que seria o melhor momento para falar com a filha sobre sua próxima viagem. Ele a observou enquanto ela mexia distraidamente na comida, ainda um pouco indisposta devido à dor de estômago.
Carlos Daniel: Filha, preciso conversar com você sobre uma coisa importante - começou ele, tentando soar o mais calmo possível.
Any levantou os olhos do seu prato, notando a preocupação na voz do pai.
Any: O que foi, pai?
Carlos Daniel suspirou antes de continuar.
Carlos Daniel: Vou precisar viajar a trabalho para Tóquio esta tarde. Temos uma série de reuniões e negociações importantes com nossos parceiros japoneses. A montadora está lançando uma nova linha de carros, e preciso estar lá para garantir que tudo corra conforme o planejado.
Any tentou esconder a falta de surpresa. Essa não era a primeira vez que seu pai tinha que viajar há negócios.
Any: Tóquio? Quanto tempo você vai ficar fora desta vez?
Carlos Daniel: Algumas semanas, talvez um mês. Mas prometo que estarei de volta o mais rápido possível. E, claro, estarei sempre disponível por telefone ou videochamada se precisar de mim.
Any assentiu, mostrando a habitual compreensão.
Any: Já estou acostumada!
Carlos Daniel: Obrigado, querida. Sei que vai ficar bem. Teresa estará aqui para cuidar de você
Any: Sim, pai. Eu sei. Vou me concentrar nos estudos e tentar não me preocupar.
Carlos Daniel a abraçou, sentindo-se orgulhoso da maturidade da filha
Carlos Daniel: Sei que vai tirar de letra. Vou me esforçar para voltar o mais rápido possível.
Any: Vou ficar bem, pai. Boa sorte na viagem
Carlos Daniel: Obrigado, querida. E lembre-se, qualquer coisa, é só me ligar.
Eles se abraçaram novamente, e Carlos Daniel sentiu-se um pouco mais tranquilo ao ver que Any estava lidando bem com a notícia. As próximas semanas seriam desafiadoras para ambos, mas ele tinha confiança de que tudo daria certo.
Poucas horas depois, Carlos Daniel estava pronto para partir. Any o acompanhou até a porta, onde ele pegou sua mala.
Carlos Daniel: Cuide-se, filha. E não hesite em me chamar se precisar de qualquer coisa, está bem?
Any: Pode deixar, pai. Boa viagem.
Carlos Daniel deu um último abraço em Any antes de entrar no carro que o levaria ao aeroporto. Any acenou, observando o carro se afastar, até desaparecer de vista. Respirou fundo, e voltou para dentro de casa.
Subiu para o seu quarto e começou a arrumar algumas coisas. Enquanto organizava suas roupas no armário, seu celular apitou, anunciando uma nova mensagem. Era de sua melhor amiga, Brenda.
"Brenda🌚: Oi amiga, como você está? Fazendo oque de bom?"
Any sorriu ao ver a mensagem. Embora estivesse preocupada com a partida do pai, sabia que podia contar com o apoio de suas amigas.
"Any😻: Oi Brenda, estou estudando pra variar 🙄"
"Brenda🌚: Angie e eu estávamos pensando em ir ao cinema mais tarde. Você quer se juntar a nós?"
Any considerou a oferta. Uma ida ao cinema seria uma ótima distração.
"Any😻: Claro, adoraria! Obrigada pelo convite."
"Brenda🌚: Ótimo! Nos encontramos às 18h em frente ao cinema. Te vejo lá!"
"Any😻: Combinado. Até mais tarde!"
Com o plano feito, Any sentiu-se um pouco mais animada. Era reconfortante saber que suas amigas estavam ali para apoiá-la, mesmo nos momentos difíceis.
Decidiu aproveitar o tempo antes do cinema para estudar um pouco e se distrair. Pegou um livro da estante e se acomodou em sua poltrona favorita, deixando-se envolver pela história.
Enquanto lia, sua mente vagava entre as páginas e os pensamentos sobre a viagem do pai. Por um momento, conseguiu se perder nas aventuras dos personagens, esquecendo temporariamente as preocupações do mundo real.
Quando o sol começou a se pôr lá fora, Any guardou o livro e se preparou para encontrar suas amigas. Sabia que a noite seria uma boa oportunidade para relaxar e recarregar as energias.
Enquanto Any se preparava para sair com suas amigas, um ruído vindo da sacada do seu quarto a fez parar subitamente. Seu coração acelerou com a surpresa, e ela se aproximou cautelosamente da porta que levava à sacada. Com um leve tremor nas mãos, ela deslizou a porta de correr e espiou para fora, encontrando apenas a escuridão da noite. O vento soprava suavemente, fazendo as cortinas dançarem, mas não havia sinal de nada fora do comum. Any permaneceu ali por alguns instantes, tentando discernir se era apenas sua imaginação ou se algo realmente tinha causado o barulho. Depois de não encontrar nada suspeito, ela decidiu fechar a porta e voltar à sua preparação. No entanto, o incidente deixou-a um pouco mais alerta e inquieta enquanto se arrumava.
Any sentiu um arrepio percorrer sua espinha quando viu a notificação do admirador secreto em seu celular. Com um misto de curiosidade e apreensão, ela deslizou a tela para abrir a mensagem e ler o que estava escrito.
"Você está linda, amo quando usa cabelos solto 😍💓"
O coração de Any acelerou com a nova mensagem, enquanto uma onda de nervosismo a percorria. Como seu admirador secreto poderia saber esses detalhes íntimos sobre ela? Uma sensação de inquietação se instalou em sua mente enquanto ela tentava desvendar esse mistério. Será que alguém a estava observando sem que ela soubesse? Ou talvez fosse apenas uma coincidência estranha? Com esses pensamentos girando em sua mente, Any sentiu uma urgência repentina de descobrir a verdade por trás dessas mensagens intrigantes.
Enquanto Any se ocupava com os preparativos para sair, alguém observava silenciosamente todos os seus movimentos. Esse observador oculto, cuja presença Any desconhecia, acompanhava cada passo dela com uma curiosidade sinistra. Oculto nas sombras, ele espreitava discretamente, absorvendo cada detalhe do ritual de Any, desde a escolha das roupas até os gestos mais sutis. Seus olhos, ocultos pelo véu da escuridão, acompanhavam cada movimento dela com uma intensidade desconcertante.
Para Any, tudo parecia normal à primeira vista. Ela se concentrava nos últimos retoques do visual, alheia à presença silenciosa que a observava. No entanto, havia algo no ar, uma sensação de ser observada que ela não conseguia ignorar completamente. Ainda assim, ela atribuía essa inquietação a meros nervos pré-saída com as amigas. Enquanto ajustava o cabelo e verificava o celular, a figura invisível permanecia ali, registrando cada gesto, cada expressão facial, em silêncio absoluto.
A falta de consciência de Any sobre a presença do observador oculto acrescentava uma camada de tensão à situação. Enquanto ela se movia pelo quarto, completamente alheia ao perigo iminente, o observador silencioso mantinha sua vigília solitária. Seus motivos e intenções permaneciam obscuros, seu rosto oculto nas sombras. Mas uma coisa era certa: enquanto Any se preparava para sair, alguém estava observando-a, esperando pacientemente pelo momento certo para agir.
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Quando é amor
RomansaA gente não encontra o amor, o amor te encontra, e quando te encontra te arrasa, te tira o ar, e tudo oque te importa é amar, sem razão, sem especulações, amar é só amar porque essa é a verdadeira natureza lesa do amor.