Ao chegar do colégio, Any subiu direto para o seu quarto. Sentada sobre a escrivaninha, ela deixou sua imaginação voar enquanto desenhava o vestido dos seus sonhos. Sabia que deveria estar estudando, mas naquele momento desejava fazer algo que a fazia feliz, mesmo que fosse apenas por alguns instantes, e sem que seu pai soubesse.
Cada traço do papel era uma expressão de seus desejos mais profundos, uma fuga temporária das expectativas e pressões que pesavam sobre ela. Enquanto deslizava o lápis sobre o papel, Any se permitia sonhar com um mundo onde pudesse seguir seus próprios sonhos e paixões, longe das demandas e cobranças de seu pai.
O vestido que começava a ganhar vida sob seus dedos era mais do que apenas uma peça de roupa; era um símbolo de liberdade e autenticidade, uma manifestação tangível de seus anseios mais profundos. Cada detalhe meticulosamente desenhado refletia sua personalidade única e sua visão de um futuro onde pudesse ser verdadeiramente ela mesma.
Ao ouvir leves batidas na porta, Any sentiu seu coração acelerar. Rapidamente, ela escondeu seus desenhos sob algumas folhas de papel soltas antes de abrir a porta, tentando disfarçar sua ansiedade.
Any: Já vai!!
Ao abrir a porta, encontrou sua governanta, Teresa, parada no corredor com um sorriso gentil no rosto.
Teresa: Minha menina. Como foi o seu dia no colégio?
Any tentou parecer calma, embora uma ponta de nervosismo ainda a assombrasse.
Any: Foi... foi bom
Teresa inclinou a cabeça ligeiramente, percebendo o leve desconforto de Any.
Teresa: Algum problema, querida?
Any balançou a cabeça, tentando disfarçar.
Any: Não, não é nada. Só estou um pouco cansada.
Teresa sorriu compreensiva
Teresa: O almoço já está na mesa, seu pai está te esperando
Any: Não estou com fome
Teresa: Minha menina, você precisa se alimentar ou vai ficar doente
Any: estou muito cansada, não se preocupe....eu comi no colégio
Teresa franziu ligeiramente as sobrancelhas, preocupada com a resposta de Any, mas optou por não insistir.
Teresa: Tudo bem, querida. Mas se precisar de algo, estarei aqui.
Any: Tá bom
Any ficou na porta até ver Teresa sumir no corredor, ela entrou no quarto onde trancou a porta.
O quarto de Any se transformou em seu refúgio, um lugar onde ela podia ser verdadeiramente ela mesma, sem as expectativas e pressões externas. Enquanto se entregava à sua paixão pela arte, ela se sentia livre para explorar sua criatividade sem limites, criando um mundo onde sua imaginação reinava suprema.
Cada traço do lápis sobre o papel era uma expressão de seus sonhos e aspirações, uma manifestação de sua visão única do mundo da moda. Ali, no silêncio reconfortante de seu quarto, Any podia se perder em seu próprio mundo, longe das preocupações do cotidiano e das exigências acadêmicas.
Enquanto desenhava, Any encontrava paz e felicidade em cada linha, cada curva, cada detalhe cuidadosamente delineado. Ali, ela não precisava provar nada a ninguém além de si mesma. Não havia necessidade de buscar a perfeição ou a aprovação dos outros. Era apenas ela, sua arte e seus sonhos.
Para Any, aquele momento era sagrado. Era um lembrete de quem ela era e do que realmente importava para ela. Enquanto o mundo lá fora continuava girando com suas expectativas e exigências implacáveis, Any encontrava refúgio em seu próprio mundo, um lugar onde sua criatividade podia florescer livremente, alimentando sua alma e nutrindo seus sonhos.
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Quando é amor
RomanceA gente não encontra o amor, o amor te encontra, e quando te encontra te arrasa, te tira o ar, e tudo oque te importa é amar, sem razão, sem especulações, amar é só amar porque essa é a verdadeira natureza lesa do amor.