Alfonso não podia deixar de reparar o quanto Any estava sexy vestida com a camisa dele. A camisa larga e branca contrastava com o corpo esguio de Any, dando a ela um ar despretensioso e ao mesmo tempo atraente. Ele tentou disfarçar seu olhar, mas era difícil não notar como ela parecia naturalmente encantadora.
Alfonso: Ficou bem em você - disse com um sorriso, tentando quebrar o silêncio constrangedor.
Any sorriu timidamente, sentindo-se um pouco mais à vontade.
Any: Obrigada. É só até minha camisa secar.
Alfonso assentiu, ainda com um leve sorriso nos lábios.
Alfonso: Claro. Enquanto isso, podemos continuar com o sorvete?
Any riu e concordou, pegando novamente sua taça de sorvete. Sentaram-se no sofá e continuaram conversando, trocando sorrisos e olhares furtivos. O clima leve e descontraído os envolvia, tornando o momento ainda mais especial.
Enquanto a conversa fluía, Alfonso não conseguia deixar de pensar em como estava se aproximando de Any, ela despertava nele sentimentos tão complexos. E Any, por sua vez, sentia-se cada vez mais encantada pelo professor que conseguia ver além de sua aparência e comportamento exterior.
A noite avançava, e o tempo parecia passar sem que percebessem. Estavam tão imersos na conversa que nem notaram a chuva que começava a cair lá fora, criando um ambiente aconchegante dentro da casa.
A camisa do uniforme de Any não tardou a secar. Alfonso entrou na sala com a peça de roupa dobrada nas mãos e um sorriso discreto nos lábios.
Alfonso: Sua camisa já está seca, Any - estendendo-a para ela.
Any se levantou do sofá, ainda sentindo o calor do olhar de Alfonso sobre ela. Pegou a camisa com um sorriso de agradecimento e foi até o banheiro para trocar de roupa. Sentia-se um pouco triste por ter que devolver a confortável camisa de Alfonso, mas sabia que não podia ficar com ela para sempre.
Alfonso estava sentindo uma vontade subita de ir atrás dela e vê-la de sutiã novamente, queria acariciar seus corpo esbelto. Beijar suas curvas, sentir a textura de sua pele macia e aveludada, queria fazer loucuras com ela. Ele balançou a cabeça espantando os pensamentos inapropriados que estava tendo com Any.
Após alguns minutos, Any voltou para a sala, agora vestida novamente com seu uniforme. Alfonso a observou entrar, sentindo uma mistura de satisfação e leve melancolia.
Any: Obrigada por emprestar sua camisa - ajeitando a gola do uniforme.
Alfonso: Não foi nada. - respondeu com um sorriso. - Fico feliz que tenha se sentido confortável.
Eles se olharam por um momento, uma tensão suave pairando no ar. Alfonso se aproximou e, antes que Any pudesse dizer algo, ele falou:
Alfonso: Sabe, Any, gostei muito de passar esse tempo com você hoje. Foi... especial.
Any sentiu seu coração acelerar, mas manteve a calma.
Any: Eu também gostei,Muito.
O som da chuva lá fora parecia intensificar a intimidade do momento. Eles ficaram em silêncio por alguns segundos, apenas apreciando a companhia um do outro.
Any: Então, acho que é hora de eu ir - finalmente, quebrando o silêncio.
Alfonso assentiu, mesmo relutante em vê-la partir.
Alfonso: Eu te levo para casa.
Eles se dirigiram até o carro de Alfonso, onde ele abriu a porta para Any entrar. A viagem de volta foi tranquila, cheia de pequenos sorrisos e olhares que falavam mais do que palavras poderiam expressar.
Quando chegaram à casa de Any, ele a acompanhou até a porta. Pararam por um momento, apenas olhando um para o outro, como se quisessem prolongar o instante.
Alfonso: Boa noite, Any
Any: Boa noite, Alfonso. E... obrigada por tudo.
Ele apenas sorriu, inclinando-se para dar um beijo suave na testa dela antes de se afastar. Any entrou em casa, sentindo-se aquecida e feliz, sabendo que algo especial estava florescendo entre eles.
Assim que entrou em casa e fechou a porta atrás de si, o celular de Any tocou, era seu pai ligando de vídeochamada.
"Oi filha
Oi
Como estão as coisas por aí?
Bem
Estou com saudades minha filha, as coisas estão um verdadeiro sucesso por aqui, e em algumas semanas estarei em casa
Também estou com saudades pai
E como vão os estudos?
Bem....estou me preparando para a semana de provas
Muito bem, estou gostando de ver!! Porque ainda está de uniforme há essas horas?
Estava na casa de uma amiga estudando depois do colégio, acabei de chegar
Any não pode deixar de reparar que seu pai tinha um sorriso e um brilho diferente nos olhos.
Tenho uma novidade pra você minha querida
Oque é pai?
Eu conheci alguém - ele finalmente disse - E estamos namorando
Any ficou em silêncio, sentindo um nó se formar em sua garganta.
Você oquê?
Sua voz saiu mais alta do que ela pretendia.
Eu sei que isso é uma surpresa, mas queria que você soubesse primeiro, você vai amar conhecê-la
Carlos Daniel tentou acalmar a situação.Any não conseguiu se segurar.
Pai... eu preciso desligar, tenho coisas pra fazer agora.
Ela encerrou a chamada abruptamente, sem dar chance a ele de responder.
Any: Que ódio!!! - exclamou, sentindo uma mistura de raiva e traição.
Indo até a cozinha, ela viu uma bela torta de morango na geladeira. Pegou a torta, abriu a gaveta, pegou um garfo e começou a comer, descontando toda a sua frustração naquela sobremesa.Enquanto devorava a torta, as memórias de sua mãe surgiram em sua mente. Primeiro, sua mãe havia morrido quando ela era muito pequena, deixando um vazio que nunca fora preenchido. Segundo, vivia sendo pressionada por seu pai para ser a melhor em tudo, preparando-se para assumir os negócios da família no futuro. E agora, ele havia arrumado alguém e Any temia ser deixada de lado.
As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Any enquanto ela continuava a comer. Sentia-se sozinha, abandonada e incompreendida. A pressão constante de ser perfeita, de corresponder às expectativas de seu pai, agora parecia insuportável. E a ideia de outra pessoa ocupando o lugar de sua mãe a deixava desesperada.Any terminou a torta, mas a dor emocional persistia. Ela sabia que precisava enfrentar seus sentimentos, mas naquele momento, tudo o que queria era se afastar do mundo. Subiu para o seu quarto, se jogou na cama e permitiu que as lágrimas fluíssem livremente. Sentia-se traída pelo pai, pela vida e pelas circunstâncias que a forçavam a ser forte quando tudo o que queria era um pouco de compreensão e apoio.
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Quando é amor
RomanceA gente não encontra o amor, o amor te encontra, e quando te encontra te arrasa, te tira o ar, e tudo oque te importa é amar, sem razão, sem especulações, amar é só amar porque essa é a verdadeira natureza lesa do amor.