18 - Tudo vai mudar

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A mulher loira, que agora todos sabiam que era Ava Paige, apertou o gatilho e se matou com um tiro na cabeça. Peterson virou o rosto para o lado como os outros Clareanos para não ver aquela cena violenta e ao fazer isso, ele se deparou com o corpo da mesma no chão, um pouco distante do grupo. Peterson aproximou-se lentamente do corpo seguido pelo resto dos amigos. Quando chegaram mais perto, uma porta que dava para um corredor que subia uma rampa se abriu. Alí era a saída do Labirinto.

—Acabou? —Chuck perguntou, encarando Peterson e Thomas.

—Ela disse que éramos importantes. —Newt acrescentou. —O que devemos fazer agora?

Todos encararam Peterson e Thomas, esperando uma resposta.

—Eu não sei. —Peterson respondeu, encarando o longo corredor e depois, seus amigos. —Mas vamos sair daqui.

Quando eles estavam prestes a entrar no corredor, uma voz muito familiar surgiu atrás deles.

—Não.

Eles viraram-se assustados e viram Gally. Todos ficaram muito surpresos com isso, mas ao mesmo tempo muito assustados pelo fato dele estar segurando uma pistola.

—Gally? —Thomas chamou, dando um passo para frente.

—Para. —Peterson alertou, segurando o ombro do irmão. —Ele foi picado.

Gally soltou a chave que o grupo havia deixado para trás. Seus olhos estavam negros como o ébano e sua expressão era de ódio.

—Não podemos sair. —a mão que segurava a pistola tremia, deixando todos cada vez mais apreensivos.

—Já saímos, Gally. Estamos fora. Estamos livres. —Thomas falou com calma.

—Livres? —Gally repetiu com a voz embargada, balançando a cabeça e mostrando algumas veias saltantes no seu pescoço. —Acha que estaremos livres lá fora? Não. Não tem escapatória desse lugar.

Gally levantou a arma e apontou para Thomas, deixando todos assustados. Alguns Clareanos deram um passo para trás. Apenas Peterson, Newt e Chuck não recuaram e permaneceram ao lado de Thomas. Porém, muito assustados com o que o rapaz poderia fazer com aquela maldita arma.

—Gally, me escuta. —Thomas pediu apavorado, mas tentava manter a calma a todo custo. —Você não tá pensando direito. Não tá. Nós podemos ajudar você.

Minho segurava fortemente a lança que trazia consigo, preparando para qualquer risco.

—Abaixa essa arma. —Thomas pediu.

—Eu pertenço ao Labirinto. —Gally replicou, segurando a arma com força.

—Abaixa essa arma. —Thomas repetiu enquanto Chuck o olhava nervoso.

—Todos pertencemos. —Gally desceu o dedo para o gatilho.

—GALLY! —Thomas gritou.

—NÃO! —Peterson e Chuck gritaram como se pudesse desviar a bala com o volume da voz.

Em tão pouco tempo, muitas coisas aconteceram de uma vez só. Enquanto Peterson, Thomas e Chuck gritavam, ouviu-se um tiro e a lança sendo jogada por Minho contra Gally, que caiu de joelhos no chão com a lança enorme atravessada no peito. Logo depois, deitou-se procurando por ar desesperadamente.

Quando rolou tudo isso, Newt puxou Peterson para os seus braços e o protegeu com o seu corpo. E quando Gally soltou os seus resmungos para procurar ar, Newt soltou Peterson e olharam para a cena. E o que perceberam depois era mais desesperador ainda.

—Peterson? Thomas? —Chuck murmurou.

Peterson e Thomas viraram-se para ele, vendo uma mancha vermelha em seu peito crescer cada vez mais e ficaram horrorizados com aquela cena. O garotinho lutava para respirar enquanto Thomas o segurava, mas logo ele caiu puxando o rapaz junto para chão. Peterson recuou para mais próximo de Newt.

The Hope - The Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora