Jorge voltou à sala onde havia se reunido com os Clareanos e começou a arrumar as suas coisas com pressa. Ele até arrancou os fios do rádio que usou antes para que os outros não pudessem receber as mesmas informações que ele. Quando Jorge virou-se para trás, deparou-se com Brenda de braços cruzados.
—Vai a algum lugar? —Ela perguntou, parecendo chateada.
—Nós dois vamos. Pegue o essencial e seja discreta.
Jorge passou por ela e colocou a mochila no chão, colocando mais alguns walkie-talkies dentro dela. Brenda virou-se para ele, ainda de braços cruzados.
—Onde é que a gente vai? —Ela questionou, deixando a expressão chateada e mostrando uma curiosa.
—É para valer, Brenda. —Jorge respondeu, levantando-se. —Esses caras são a nossa entrada. O Braço Direito não vai nos rejeitar. Anda logo.
Jorge se dirigiu ao outro lado da sala. Seus homens dormiam, exceto aquele que Peterson havia batido e que desconfiava de Jorge. Ele segurava um walkie-talkie e parecia pensar sobre algo. Enquanto isso, os Clareanos tentavam escapar das cordas.
—Tudo bem, é o seguinte. —Thomas explicou. —Minho, você empurra a Teresa para que ela agarre a grade e depois, faz o mesmo com o Peterson. A Teresa vai abaixar a alavanca, soltar-se, soltar Peter e depois a gente. Vamos, rápido.
Minho conseguiu empurrar Teresa, mas não forte o suficiente para que ela alcançasse a grade. Ela grunhiu pelo esforço e ele gritou de frustração, mas tentaram de novo. Mais outra tentativa fracassada.
—Minho, empurra ela mais forte. —Thomas pediu depois de grunhir.
—É. —Peterson concordou. —Não tem força pra fazer isso não?
—Se tá reclamando, por que não faz? —Minho indagou para Peterson.
—Porque eu não estou perto dela, estou? —Peterson retrucou a pergunta e se mexeu até alcançar Minho e dar um tapa na cabeça do mesmo, esse que exclamou um "ai". —Jumento.
Minho tentou novamente, e agora na terceira tentativa, deu certo.
—Boa! Isso aí! —Os garotos gritaram quando viram que Teresa havia conseguido.
Minho se balançou até agarrar a gola da blusa de Peterson. Depois o segurou com as duas mãos e o empurrou na direção de Teresa, que agarrou a mão esticada do amigo e o puxou para a grade. Peterson agarrou a grade, ficando ao lado de Teresa que empurrou a alavanca até que eles se sentassem no chão. Os garotos gritaram diante da repentina descida. Teresa tirou as cordas dos pés de Peterson, pois o amigo estava sentindo dor no pulso machucado. Quando Teresa jogou a corda no chão, Peterson suspirou alto, chamando a atenção de Thomas e lhe causando uma onda de alívio.
Por causa de tantos anos sendo torturado, Peterson ficou com trauma de ficar preso. E quando ele estava preso de cabeça para baixo, isso o estava causando um ataque de pânico, que estava deixando os seus amigos preocupados com ele.
—Peter, você tá bem? —Newt perguntou enquanto tentava se virar para vê-lo, o desespero estampado na voz.
—Eu tô. —Peterson respondeu, respirando fundo enquanto Teresa soltava a corda dos pés dela.
—Graças a Deus. —Thomas sussurrou, fechando os olhos, pois nunca esteve tão aliviado na vida.
Enquanto eles suspiravam tanto pelo amigo estar bem quanto pelo fato de que eles iriam sair dali, Jorge e Brenda discutiam.
—Vai abrir mão de tudo? —Brenda exclamou, abrindo os braços enquanto Jorge batia um caixote de madeira na mesa. —De tudo o que construiu?
—Não tem futuro aqui! —Jorge respondeu, abrindo os braços também. —O que vai ser quando outra gangue achar este lugar? Eu perco o controle e não posso mais proteger você.
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The Hope - The Maze Runner
FanficNuma manhã normal na Clareira, a Caixa subiu trazendo contigo um novo garoto. Mas e se esse garoto fosse mudo? Como os outros Clareanos iriam se comunicar com ele?