Quatro guardas desceram por cordas de cada helicóptero e começaram a atirar aqueles dardos elétricos na primeira pessoa que vissem. As pessoas que não agonizavam pelo choque, corriam das bombas e dos guardas.
—Cadê o Peterson? —Thomas exclamou, escondendo-se atrás de alguns barris de metais junto com os outros.
—HARRIET, MUNIÇÃO! —Vince gritou, atirando com uma espingarda enquanto a garota trazia uma caixa de metal.
Os rapazes aproximaram-se da caminhonete onde Vince se escondia. Ele pediu cobertura e perguntou se Minho sabia usar a espingarda, o garoto apenas carregou e começou a atirar, respondendo a pergunta dele. Newt, Caçarola e Thomas já estavam armadas com rifles e atiravam nos guardas, dando uma cobertura excepcional para Vince enquanto ele carregava a metralhadora.
Peterson já corria no meio do caos do acampamento, tentando achar os amigos, mas se deparou com a tenda médica incendiada.
—BRENDA! —Ele aproximou-se, mas como se o destino quisesse impedi-lo, o vento soprou mais forte e uma grande chama veio na sua direção, fazendo com que ele recuasse.
Alguém havia puxado a sua jaqueta por trás, fazendo Peterson tomar um susto e se desvencilhar rapidamente de quem havia o puxado. Quando virou-se, sentiu um alívio enorme.
—Seu idiota! —Brenda xingou, agarrando a sua gola e puxando o garoto para trás de alguns caixotes junto com Jorge.
—Rápido, abaixem-se! —Jorge mandou enquanto os três observavam o caos às escondidas, percebendo que a bagunça aumentava a cada segundo. —Nós temos que ir embora agora! Ainda temos chance.
—Eu tenho que achar os outros! —Peterson fez menção de levantar e sair correndo, mas Jorge agarrou a sua jaqueta.
—Não! Olhe para eles! —Jorge apontou para a grande caminhonete onde todos os seus amigos estavam, encarando o garoto e o grupo. —Não pode mais ajudá-los!
—Colabore, infeliz! —Vince resmungava enquanto tentava carregar a metralhadora.
—Vince, rápido! Eles são muitos! —Thomas gritou, tentando acertar pelo menos um tiro, mas os guardas escondiam-se rapidamente.
Quando Vince havia finalmente ajeitado a maldita metralhadora, um guarda havia lançado uma granada.
Segundos depois, a granada explodiu, dando um choque em todos próximos da caminhonete e deixando-os desnorteados.
Os guardas aproveitaram-se disso e os prenderam junto com os outros. O Braço Direito havia sido derrotado completamente. Agora, os guardas faziam filas com os reféns ajoelhados enquanto os helicópteros pousavam.
—Droga. —Peterson murmurava, apoiando as costas no caixote e tentando afastar Teresa dos pensamentos.
—Lamento, não há nada que possa fazer por eles. —Jorge falou para Peterson. —Se a gente não for embora agora, tudo vai ficar mais complicado.
Peterson ponderou sobre aquilo e se decidiu rapidamente.
—Vocês tem que ir agora. —Ele disse com determinação, finalmente encarando os dois.
—O quê? —Brenda indagou como se tivesse ouvido a maior estupidez.
—Não estão atrás de vocês, vão estar seguros. Vocês têm que ir. Agora!
—Peterson...
Peterson balançou a cabeça, encarando Brenda com tristeza.
—Eu não posso deixá-los, são tudo o que eu tenho. Por favor, vão.
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The Hope - The Maze Runner
Hayran KurguNuma manhã normal na Clareira, a Caixa subiu trazendo contigo um novo garoto. Mas e se esse garoto fosse mudo? Como os outros Clareanos iriam se comunicar com ele?