06 - Namorados?

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Peterson abriu os olhos e viu que estava num corredor. Era um corredor bem longo e apenas uma porta e uma vitrine eram visíveis. A porta na frente dele se abriu e Peterson saiu do caminho, permitindo que dezenas de meninos saíssem correndo para o fim do corredor que dava em uma porta dupla azul aberta. Todos eles vestiam um uniforme e Peterson não precisou adivinhar que iniciais estariam escritas nele. Duas crianças haviam ficado por último e a garoto notou que era ele mesmo só que mais novo e um garoto de cabelos loiros muito familiar.

—Quer ver quem chega primeiro no refeitório, Newt? —O Peterson mais novo perguntou para o garoto, que era Newt.

—Precisamos, Peter? —Ele disse com um leve deboche na voz, desafiando Peterson. —Você sabe que eu sou mais rápido do que você!

—Vai sonhando! —Peterson deu um soquinho de leve em seu ombro e os dois tentaram sair correndo juntos. Porém, os dois acabaram se esbarrando e acabaram caindo no chão.

Braços e pernas entrelaçadas enquanto um pequeno requisito de dor por causa da quebra passava pelo o corpo dos dois, eles riam alegremente.

—Eu queria que sempre fosse assim. —Peterson comentou ainda rindo. —Sabe? Sem as sessões de torturas.

—É, eu também queria. —Newt falou. —Mas não se preocupe, tá? Eu estou aqui para te proteger. É isso que um namorado faz.

Os dois se encararam profundamente e começaram a se aproximar, e quando eles estavam quase se beijando, a visão mudou para um quarto onde Peterson e Newt brincavam de pega-pega com uma garota loira desconhecida e com um garoto de cabelos castanhos que Peterson tinha certeza que era Thomas.

Eles pararam de brincar quando a porta do quarto foi aberta por dois guardas.

—Peterson e Newt, venham com a gente. —Um dos guardas mandou e os dois garotos se despediram dos irmãos, o que fez Peterson estranhar.

Aquela garotinha loira era irmã de Newt? E se sim, o que aconteceu com ela? Onde estava? E será que ainda estava viva?

Os guardas levaram os dois até um quarto cheio de máquinas estranhas e saíram trancando a porta, deixando os dois (que já sabiam por que estavam ali) sozinhos dentro do quarto.

—Eu odeio isso. —Peterson comentou bufando e se aproximando de uma cadeira e se sentando nela. —Até quando vão fazer isso com a gente?

—Eu não sei. —Newt respondeu se sentando ao lado de Peterson. —Mas eu sei de uma coisa, o que existe entre nós dois só foi aumentando durante esse tempo em que eles nós manteve juntos. Então, Peter, será que podemos ser namorados?

—Namorados? —Peterson franziu o cenho. —É sério isso mesmo?

Newt assentiu com a cabeça e os dois sorriram. O Peterson mais velho que via aquela cena, se surpreendeu com aquilo. Mas ele logo sorriu e fechou os olhos.

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Enquanto isso, os Clareanos chegaram no quartinho onde Peterson estava sendo mantido em cativeiro.

—Peterson... —Thomas murmurou vendo seu irmão preso numa maca com uma máscara esquisita no rosto.

Thomas se aproximou dele e soltou um suspiro de alívio ao ouvir o mesmo respirando.

Então começou a soltar o seu irmão e Newt foi ajudá-lo. Quando acabaram Thomas tirou a máscara esquisita do irmão que soltou um resmungo e o pegou no colo.

The Hope - The Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora