07 - Deixa eu advinhar... O C. R. U. E. L. é bom?

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Peterson ainda estava muito confuso sobre o que realmente estava acontecendo, mas sabia que a sua intuição de que aquele lugar não era o que dizia ser estava certa. Ele não precisava saber o que Janson fez com eles ou pretendia fazer, o fato de Thomas e os outros estarem fugindo já era suficiente para entender que não era algo bom. Então, Peterson puxou o Lança-Granadas das mãos de Thomas com raiva e apontou para Janson.

—Peterson, o que você... —Thomas murmurou, mas Peterson já estava longe demais para poder ouvir.

—Abre a porta, Janson! —Peterson mandou, dando passos para frente e erguendo a arma enquanto Janson avançava lentamente com as mãos para o alto.

—Vocês não vão gostar do mundo lá fora...

—ABRE A DROGA DA PORTA! —Peterson ordenou, sacudindo um pouco a arma, mas não a abaixou em momento algum.

—Escuta! —Ele gritou enquanto Thomas continuava tentando abrir a porta com o cartão. —Quero salvar a vida de todos. O Labirinto é uma coisa, mas vocês não durariam um dia no Deserto. Se o clima não matá-los, os Cranks matam. Seja lá o que viram, seja lá o que pensam terem visto, eu só quero o melhor para vocês.

Janson e os guardas tinham parado de andar, mas a tenção era palpável entre eles e Peterson.

—Deixa eu adivinhar... O C. R. U. E. L. é bom? —Peterson perguntou, expressando todo o sarcasmo que podia e cerrando os dentes de puro ódio.

Janson abaixou as mãos e sorriu, como se tivesse acabado de receber uma notícia muito boa. E apesar dele ter uma notícia para dar, ela era horrível.

—Vocês não vão sair daqui. —Ele disse com um sorriso debochado.

Um clique soou pelo corredor e a porta se levantou. Peterson olhou para trás e viu Winston e outro garoto do outro lado da porta, sentindo-se culpado por não dar falta do amigo até o momento.

—Oi, gente. —O garoto desconhecido cumprimentou.

—Vamos! Rápido! —Caçarola gritou enquanto os outros Clareanos atravessavam a porta.

—Peterson, rápido! Vem logo! —Thomas chamou com o desespero estampado na voz.

Peterson se virou para Janson e começou a atirar, mirando especialmente nele. Ele desviou de todos os tiros do Lança-Granadas e depois se escondeu atrás dos guardas. Peterson atirou umas seis ou sete vezes e a munição havia acabado. Depois de apertar o gatilho deles e começou a correr na direção da porta. Janson abriu caminho entre os guardas e começou a correr atrás da garoto, seguindo pelos guardas.

—Fechem a Porta Principal! Fechem a Porta Principal! —Ele repetia para o pequeno comunicador no pulso.

—CORRER, PETERSON! PETERSON! —Todos gritavam, desesperados, mas as vozes que se faziam mais presentes eram a de Thomas e a de Newt.

Peterson nunca correu tanto em toda a sua vida. A cada passo que dava, mais rápido a adrenalina no seu sangue percorria. A poucos metros da porta, Peterson se jogou no chão e deslizou por baixo da porta milésimos de segundos antes dela se fechar completamente. Thomas e Newt agarraram seus braços para erguê-lo. Com a adrenalina ainda correndo pelas veias, Peterson cambaleou mais um pouco e esbarrou em Thomas, mas ele conseguiu segurá-lo antes que tombasse no chão.

Peterson deduziu que o nome do garoto desconhecido fosse Aris, pois ouviu alguém gritar esse nome quando o mesmo se dirigiu para um dos leitores e o quebrou com o que parecia ser um tubo de aço. Janson bateu na porta e passou o seu cartão pelo leitor do outro lado, fazendo com que o leitor que Aris havia quebrado soltasse uma faísca grande.

Winston pegou a pistola de um guarda desacordado enquanto Minho pegava uma mochila e os outros corriam. Thomas ajudou Peterson a se equilibrar, os dois encararam Janson do outro lado. O mesmo bateu no vidro e os encarou. Um alarme começou a tocar, sinalizando que era hora de partir. Thomas levantou o dedo do meio para Janson, fazendo Peterson soltar um riso cansado, mas bem sincero.

—Seu bostinha! —Janson praguejou com a voz abafada pela porta.

—Anda, gente! Vamos! —Minho chamou, encostando no ombro de Thomas depois de encher uma mochila com munição.

Por puro instinto, Newt agarrou a mão de Peterson e seguiu o amigo. Ele o guiou entre os caixotes de madeiras, pois sabia que ainda estava muito confuso por causa da confusão e não queria arriscar perdê-lo de vista novamente. E enquanto corriam, uma chama estranha de alegria se acendeu dentro do rapaz quando relembrou como Peterson havia passado por debaixo da porta. Aquilo foi realmente incrível e Thomas não conteve um sorriso ao relembrar de como ele havia ameaçado Janson, caso ele desse mais um passo.

"Meu Deus, como ele foi demais", Newt pensou, torcendo por não ter dito em voz alta.

Quando eles chegaram na enorme porta por onde haviam entrado, ele soltou a mão dele (com certo desânimo ao fazer isso). Thomas viu uma alavanca vermelha e a puxou, abrindo a enorme porta e deixando o vento gelado do Deserto atingi-los. Todos cobriram os olhos por causa da areia enquanto Thomas olhava para trás, vendo os guardas se prepararem para persegui-los.

—Vamos! —Ele gritou, fazendo um gesto para segui-lo.

Todos atravessaram a porta sem pensar duas vezes e sumiram na ventania.

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Janson estava cheia de raiva e andava de um lado para o outro sem saber o que fazer.

—Sr. Janson? —Chloe o chamou e se aproximou dele. —Os resultados dos exames saíram, o experimento " A Cura Mortal " deu certo. O Peterson é realmente a esperança de todos nós.

—Droga! Logo agora que ele fugiu. —Janson resmungou irritado. —Guardas, eu quero que procurem eles por todo o lugar. Quero que fazem o possível e o impossível para trazerem Peterson de volta, mas eu quero ele vivo.

Os guardas obedeceram e foram se preparar antes de ir caçá-los pelo Deserto.

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