—Oi, Peterson! —A mulher disse, deixando seus amigos surpresos.
—Você me conhece? —Peterson perguntou, encarando a mulher.
—Te conheço desde pequeno, mas é compreensível que não se lembre de mim. —A mulher explicou. —Nos encontramos poucas vezes e você foi submetido a tantos experimentos que achei que poderia estar morto, imagino que tenha sido enviado até o Labirinto também. Tem muitas coisas que você precisa saber.
Peterson ficou sem palavras. Como aquela mulher sabia de tudo aquilo?
—Oi, Thomas! Estou surpresa por estar aqui. —A mulher falou com um sorriso.
—Presumo que me conheça por causa do Peter, não é?
—Sim. Faz sentido que tenha sido enviado para lá também. —A mulher disse, se aproximando de Brenda e medindo o seu pulso. —Mas tenho que admitir que tive medo que te matassem depois do que fez.
Aquilo lembrou Peterson da conversa com Teresa no Deserto.
—O que foi que eu fiz?
—Na primeira vez que nos falamos, você disse que não aguentava mais ver os seus amigos morrerem um por um. —Todos os Clareanos olharam para ele, inclusive Peterson, que lembrou do sonho que teve depois da pior festa da sua vida. —Na última vez que nos falamos, me deu as coordenadas de cada complexo, experimento e laboratório do CRUEL.
—Ele foi a nossa fonte. —Vince murmurou, olhando o rapaz da cabeça aos pés.
—Não teríamos conseguido nada disso sem você. —Ela falou, sorrindo para Thomas, depois tornou a olhar para Brenda. —Levem-na para dentro e dêem roupas quentes para eles.
Jorge e mais outro homem ergueram Brenda e, seguindo as instruções de Mary, levaram-na para uma tenda. Thomas encarou Peterson, que sorria largamente para ele pelo o que ele havia feito. Ele sorriu de volta, um pouco desacreditado pela enxurrada de informações que acabara de receber. Antes que Peterson pudesse abraçá-lo, Mary chamou:
—Thomas. Vamos, temos muito o que conversar.
O rapaz concordou e a seguiu. Peterson olhou para trás e viu Teresa, que parecia extremamente chateada. O garoto teve um mal pressentimento quando relembrou a conversa no Deserto. E apesar de Thomas ter feito algo bom, para Teresa, aquilo poderia soar como um grande erro da parte dele.
Chegando na tenda, o recém-chegado viu vários equipamentos médicos e Brenda deitada em uma cama, com Jorge sentado ao seu lado. Mary começou a preparar alguns objetos.
Ele se sentou em uma cadeira ao lado de Brenda e Mary iniciou o processo. Enquanto isso, explicava várias coisas para o rapaz.
—No começo, ficamos perdidos. Só sabíamos que, quanto mais jovens, maiores eram as chances.
—Trabalhou para o CRUEL? —Thomas questionou, franzindo o cenho.
Mary pareceu constrangida, mas acenou com a cabeça positivamente.
—Sim, há muito tempo. —Ela respondeu. —No início, tínhamos as melhores intenções. Achar uma cura, salvar o mundo... Era óbvio que as crianças eram a chave porque eram imunes, mas por que? Com o tempo, achamos a resposta: uma enzima produzida pelo cérebro deles. Depois de retirada da corrente sanguínea, serve como um agente poderoso que retarda a propagação do vírus.
—Então acharam uma cura? —Thomas indagou esperançosa.
—Não exatamente. —Mary respondeu, se virando para ele. —A enzima não pode ser produzida, só coletada dos imunes. É claro que isso não impediu o CRUEL. Se dependesse deles, teriam sacrificado toda uma geração. Tudo por uma dádiva da biológica, uma evolução que não é para todos nós.
Ela se aproximou para vacinar Brenda e ela respirou com mais calma depois que terminou.
—Quanto tempo ela vai ter? —Thomas perguntou, encarando Brenda.
—É diferente para cada pessoa. Alguns meses talvez, mas aí é que está: ela sempre vai precisar de mais.
Mary levou Jorge até a porta, que agradeceu Thomas por dar à ela a chance de viver mais um pouco. Ela se virou para o adolescente na tenda e começou a explicar melhor sobre o passado dela.
—Nós tínhamos um plano B, transformar crianças na cura definitiva. Mas as crianças começaram à morrer, não aguentavam o processo. Outros morria no começo, e outras não conseguiam ser tornar a cura no final. Então pensamos em tentar com crianças que tinham irmãos, pois além de serem imunes, tinham essa linhagem sanguínea.
—Então você quer me dizer que vocês transformaram meu irmão numa cura ambulante? —Thomas questionou um pouco irritado.
—Praticamente. —Mary respondeu, suspirando. —Esse experimento era muito dolorido, já que você tinha que torturar as crianças e as mordificarem todos os dias. Pensei que como todos, Peterson já estava morto. Mas vivo, ele completou todos os testes e passou para a última parte: ser infectado pelo vírus e mandado para o Labirinto.
—Então desde o começo o Peterson já estava infectado? —Thomas indagou.
—Sim. —Mary concordou. —O CRUEL queria saber como o corpo reagiria com o vírus. Mas o CRUEL não os infectou com o Fulgor, e sim com a picada dos Verdugos. Não sabíamos se daria certo, mas como eu vi uma mordida no pulso de Peterson, então que dizer que ele está mais avançado do que o CRUEL imagina.
—Então se Peterson é a cura definitiva pra tudo isso, por que mandaram ele para o Labirinto? —Thomas perguntou confuso. —Não tinham medo dele morrer?
—Sim, mas esse teste era necessário para ter a certeza que o experimento: "A Cura Mortal", tinha dado certo. —Ela explicou. —Mas, Thomas. Diferente de vocês imunes, a cura está no cérebro de Peterson. Então para fazê-la, precisam abrir o cérebro dele e pegá-la para produzi-la mundialmente.
—Mas isso vai matá-lo. —Thomas disse, se sentindo ficar desesperado.
—Exatamente. —Mary falou. —Por isso me eu te peço, Thomas: mesmo que seja por uma boa causa, deixe o seu irmão bem longe do CRUEL.
Thomas a encarou, e com a boca aberta em puro choque, assentiu.
—Vamos sair e deixar que Brenda descanse um pouco. —Mary disse enquanto puxava o pano da tenda para que ele saisse.
Thomas olhou para a amiga que dormia na cama e mergulhou nos pensamentos, mas Mary te trouxe para a realidade.
—Thomas. —Ela chamou. —Sabe que ela não pode vir conosco, certo?
—Eu sei, mas queria... Ficar um pouco aqui.
—Tudo bem, estamos lá fora.
Então Mary saiu e deixou Thomas sozinho com Brenda e com os seus pensamentos sobre as informações que recebeu sobre o seu irmão.
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The Hope - The Maze Runner
FanfictionNuma manhã normal na Clareira, a Caixa subiu trazendo contigo um novo garoto. Mas e se esse garoto fosse mudo? Como os outros Clareanos iriam se comunicar com ele?