Numa manhã normal na Clareira, a Caixa subiu trazendo contigo um novo garoto.
Mas e se esse garoto fosse mudo? Como os outros Clareanos iriam se comunicar com ele?
Enquanto isso, bem longe do helicóptero onde se encontrava os Clareanos que saíram do Labirinto, estava acontecendo uma reunião entre empresários, prováveis patrocinadores. Ava Paige apareceu na sala seguida por sua secretária. Ela terminou de secar o sangue falso na sua cabeça e colocou o pano que usava em cima da mesa.
-Bom, acho que é seguro dizer que a Prova do Labirinto foi um sucesso. -Ava Paige contou, tirando seu casaco e entregando para sua secretária. -Eu não esperava tantos sobreviventes, mas quanto mais, melhor. Thomas e Peterson continuam a surpreender e impressionar, especialmente Peterson. E por enquanto, eles parecem ter mordido a isca. É cedo para dizer, mas eles podem ser a chave para tudo. Então vamos continuar. Está na hora de iniciar a Fase 2.
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Thomas se viu criança sendo carregado no ombro de sua mãe, assim como Peterson.
Sua mãe passava pela multidão de pessoas com dificuldade por estar carregando duas crianças.
Ao chegar onde queria, a mulher se ajoelhou no chão e soltou os seus dois filhos, que tinha os olhos como a única diferença entre eles.
-Vai ficar tudo bem, meus amores. -a mulher disse acariciando o rosto dos dois. -Eu amo vocês demais, Thomas e Peterson.
Então um guarda foi até os gêmeos e os pegou no colo.
-MÃE! -Thomas gritou erguendo a mão em direção a mulher, assim como Peterson.
O guarda os levou até um trem e os dois se sentaram lado a lado e deram as mãos.
-Olha só, gêmeos imunes. -a voz de Ava Paige ecoou e a loira se sentou ao lado dos dois. -Thomas e Peterson, tá tudo bem. Tudo vai ficar bem agora.
Os gêmeos olharam ao redor e viram que tinha mais crianças no trem junto com eles, e também viram um garoto loiro olhando para eles.
E do nada, a visão mudou e Thomas se viu novamente na Caixa. Aquele maldito elevador.
-Não, não, não. -Thomas murmurava, batendo nas grades geladas de metal. -Não, não, não!
-THOMAS! -ouviu Minho chamá-lo bem distante enquanto a Caixa subia com velocidade. -THOMAS!
-NÃO! -Thomas berrou, olhando para cima, vendo a tampa da Caixa se abrir segundos antes dela chegar no topo.
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-ACORDA, TEMOS QUE IR! -Minho gritava enquanto sacudia os ombros de Thomas.
Minho agarrou a mão de Thomas e o ajudou a descer do helicóptero, e Peterson deu a mão para o irmão. Um daqueles homens que os resgataram apareceu atrás deles.
-Vocês estão bem? -o homem gritou, virando-se para trás e sacando uma arma grande. -Vocês tem que sair daqui! Vão! CRANKS!
Quando o homem começou a atirar, Thomas e Peterson se assustaram. Peterson deu um passo para trás e esbarrou em Thomas, quase derrubando os dois na plataforma de concreto do helicóptero. Thomas apertou a mão dele com mais força para tentar acalmá-lo e outro homem os agarrou, começando a empurrá-los na direção de uma enorme e iluminada construção, algo que os lembravam muito uma base militar. Eles observavam aquilo com muita curiosidade, pois não parecia certo uma construção tão bem elaborada como aquela no meio do deserto.
Apenas depois de um tempo eles perceberam que os Clareanos corriam na direção da construção também, tropeçando algumas vezes e escoltados por outros homens. Eles perceberam que outras pessoas corriam na direção da base, mas elas vinham de trás das dunas de areias, contorciam-se ao andar e uivavam de maneira estranha e aguda. Os dois imaginaram ser os tais Cranks que os homens se alarmavam tanto ao verem, já que eles metralhavam as pessoas que vinham das dunas.
-PODEM DECOLAR! -o homem gritou atrás de Thomas e Peterson, acordando-os daquele transe que a confusão causara.
Peterson e Thomas finalmente chegaram na construção. O homem os empurrou pela grande porta de metal e ficou lá fora, juntando-se aos outros para atirar nos Cranks. A porta se fechou, excluindo os Clareanos da confusão lá fora. Peterson estava assustado, assim como Thomas. Eles giraram em torno de si mesmos sem soltaram as mãos enquanto exploravam o novo ambiente. Era literalmente uma base militar. Caixotes e homens armados indo e vindo de um lado para outro, carrinho de transporte passando normalmente entre grandes contêineres.
Thomas puxou Peterson até a frente do grupo, ainda olhando em volta e parando exatamente lado a lado. Quando Peterson observou melhor o lugar, apertou mais a mão do irmão, assustado com tudo naquele ambiente. Onde estavam?
E será que aquele pesadelo havia acabado?
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