Os Clareanos seguiram as pegadas na área cautelosamente até um portão do que parecia ser uma antiga loja. Minho parou na frente do portão e tentou enxergar o que havia lá dentro pelas frestas.
—Vamos abrir. —Ele falou, agachando-se e erguendo o portão junto com Thomas.
Todos entraram cautelosamente, mas Thomas se dirigiu rapidamente ao que parecia ser uma pilha de roupas empoeiradas. Caçarola achou um lampião elétrico e o acendeu. Peterson soprou o pó de algumas pequenas lanternas e pegou uma. Teresa já havia pego uma delas e apertou o botão para ligá-la, assustando-se quando a luz foi direto no seu rosto. Minho pegou uma jaqueta e a sacudiu.
—Já morou gente aqui. —Winston comentou enquanto todos exploravam o local.
—E onde eles estão? —Newt acrescentou, fazendo Peterson sentir um calafrio só de imaginar.
Peterson se assustou quando Thomas sacudiu um casaco ao seu lado e direcionou a luz da lanterna nele enquanto ele vestia a roupa que havia pegado.
—Vamos levar algumas coisas. —Thomas disse enquanto ajeitava o casaco. —Qualquer coisa que acharem útil. Vamos nos separar e depois nos encontramos aqui.
Todos concordaram e voltaram a explorar o lugar.
—Espera aí, Tom. —Peterson jogou uma lanterna para ele e os seus olhos se encontraram depois de tanto tempo. O seu rosto expressava um pouco de tristeza, apesar dele sorrir para Thomas. —Tome cuidado.
—Não se preocupe. —Ele respondeu, acendendo a lanterna e apertando o ombro de Minho, mas sem tirar os olhos de Peterson. —Tome cuidado você também. E não vá muito longe. Vamos, Minho.
Minho e Thomas deixaram a loja, deixando Peterson um pouco preocupado. Enquanto isso, Newt e Caçarola preparavam mochilas que já estavam bem lotadas. Peterson e Teresa entraram em uma grande loja. Viram colchões e cobertores abandonados no chão e foram caminhando entre eles. Peterson direcionou a luz da lanterna para a sua esquerda e viu um manequim destruído, mas naquela situação, era quase como uma assombração. Ele levou um susto e deu um passo para trás, esbarrando em Teresa e assustando-a também. Os dois quase gritaram, mas perceberam que era apenas um manequim.
—Tá tudo bem aí, gente? —Newt perguntou, vendo que os dois observavam alguma coisa com pavor.
Os dois lançaram um olhar rápido para Newt e depois voltaram a observar o manequim.
—Sim, estamos bem. —Teresa respondeu, percebendo que Peterson estava em um estado de choque intenso.
Eles caminharam mais um pouco e acharam uma pilha de roupas. Peterson se dirigiu rapidamente até lá, mas Teresa percebeu como ele estava nervoso.
—Peterson, você tá bem? —Teresa questionou, realmente preocupada.
—Eu? Eu tô bem. —Ele parecia estar em outro planeta.
—Você tem que se acalmar. O que tá acontecendo?
—Nada, eu só... Não sei, mas não é nada. —Ele vasculhava as roupas, procurando por alguma que servisse.
—Pode me contar. —Teresa colocou uma mão na cintura enquanto a outra erguia a lanterna na direção das roupas.
Peterson parou de mexer na pilha e abaixo a cabeça. Era impossível não perceber a preocupação que Peterson tinha.
—Tudo bem, você me pegou. —Peterson falou, erguendo a cabeça novamente. —Eu... E-Eu tô com medo, mas eu não deveria. Eu olho para vocês e me sinto um covarde. Vocês são tão corajosos enquanto eu me encolho em um canto e choro. —Peterson secou os olhos antes que as lágrimas começassem a cair, mas sua voz começou a ficar embargada. —E o Thomas... E-Eu só me sinto corajoso perto dele. Me desculpa.
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The Hope - The Maze Runner
FanficNuma manhã normal na Clareira, a Caixa subiu trazendo contigo um novo garoto. Mas e se esse garoto fosse mudo? Como os outros Clareanos iriam se comunicar com ele?