14 - Tirem eles daqui

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—Ele disse alguma coisa? —Peterson perguntou assim que chegaram na tenda onde Alby repousava.

—Não. —Teresa respondeu.

Alby estava sentado na cama com os braços cruzados e com uma expressão chorosa no rosto. Preocupado, Newt sentou-se ao seu lado e questionou:

—Alby... Alby, você tá bem?

Newt não obteve resposta e Alby continuou imóvel na cama. Thomas se agachou na frente de Newt, um pouco próximo do líder da Clareira.

—Aí, Alby. —Thomas chamou com uma voz serena. —Acho que encontramos uma forma de sair do Labirinto, tá ouvindo? Acho que podemos sair daqui.

Alby torceu o nariz, tentando segurar as lágrimas que beiravam seus olhos e balançou a cabeça negativamente, ainda sem dizer uma única palavra.

—Não dá. —Alby murmurou, quase sem mexer os lábios. —Não podemos sair. Eles não vão deixar.

—Do que tá falando? —Peterson perguntou calmamente, aproximando-se com os braços cruzados.

—Eu me lembro. —Alby voltou à dizer.

—Do que se lembra? —Thomas questionou.

—De você. Você sempre foi o favorito deles. Sempre. E você também, Peterson. —Alby respondeu com a voz mais rígida, fazendo todos se entreolharem espantados. —Por que você fez isso? Por quê você veio para cá? —o garoto perguntou com uma lágrima solitária escorrendo pelo rosto.

Alby colocou as mãos na cabeça e começou à chorar, mas outra coisa preocupava os Clareanos dentro da tenda. Havia gritaria e correria do lado de fora e ninguém tinha a mínima ideia do motivo. Todos saíram deixando que Alby tivesse um tempo sozinho. Quando passaram da porta, viram os meninos correndo em direção do Labirinto com tochas e lanças. Eles ainda estavam extremamente confusos, mas Peterson resolveu tirar a dúvida.

—Ei, Winston! O que tá acontecendo?

—As portas. Elas não estão fechando. —Winston respondeu rapidamente, voltando à acompanhar os meninos com suas tochas.

Peterson seguiu Winston e foi logo seguido pelo resto do grupo. Eles se aproximaram da enorme porta e um estrondo horroroso assustou todos Clareanos, fazendo todos eles colocarem as mãos na cabeça. Eles procuraram da onde vinha aquele som. A gritaria das aves voando assustadas os ajudaram e perceberam que vinha do lado oposto de onde estava. Como eles imaginaram, aquele som não era nada bom. Outra porta se abria. Mais uma vez, aquele estrondo assustou os Clareanos e mais outra porta se abria o lado esquerdo da Clareira. E mais outra do lado direito. O que estava acontecendo? Por que a porta do Labirinto não se fechava? E por que mais portas se abriram?

—Chuck, quero que você vá para a Sede e faça uma barricada nas portas. —Thomas falou, apertando o ombro do garotinho.

—Winston, vai com ele. —Newt ordenou e Winston obedeceu no mesmo minuto.

—Chamem os outros, vão para o bosque e se escondam. Agora! —Gally disse para os outros garotos.

—Minho, pegue todas as armas que encontrar. Espera a gente na Sede. —Peterson falou enquanto Minho acenava positivamente com a cabeça e saía correndo, acompanhado de Caçarola e mais outros dois garotos.

—Peterson e Teresa, nós três pegamos o Alby. Tá bem?

Os dois concordaram, mas antes de irem outra coisa chamou a atenção e não parecia muito boa. Os garotos que estavam se escondendo no bosque saíram correndo gritando de lá de repente. Um rugido estridente assustou os jovens que se encontravam na porta do Labirinto e som vinha do corredor. Thomas foi o primeiro a reconhecer o que aquilo era. Um Verdugo.

The Hope - The Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora