Capítulo 51 ; p.o.v Pedro

490 40 71
                                    

As duas semanas passaram rápidas e chegar na fazenda fez todo meu corpo relaxar, é sempre bom estar em terras mineiras.


Laura subiu para tomar banho, chegamos um pouco tarde por causa do horário que ela saiu do trabalho.


Apenas meus pais e os de Lissa estão na fazenda por enquanto, além é claro do pessoal da UFO, que chegaram junto comigo.


Minha família e os amigos de meus pais chegam amanhã pela manhã, será um dia cheio de emoções e estou animado para viver isso ao lado dos meus pais.


— Vocês não querem mesmo comer?


— Não tia — ouço Lissa dizer — Jantamos enquanto esperávamos a Laura sair do trabalho e ela veio comendo no caminho.


— Se ficarem com fome tem bolo, pães, frios e doces na cozinha — minha mãe diz com sua voz acolhedora de sempre — sintam-se em casa por favor.


— Nós estamos hospedados no mesmo lado que aquela vez — ouço minha melhor amiga dizer ao longe, já que minha me puxa para outro cômodo.


— Meu menino lindo — ela diz passando a mão em meu rosto e sorrindo — é tão bom te ver feliz de novo.


— Tenho ouvido muito isso —  digo rindo — pede para o papai ir me ver assim que chegar, estarei acordado esperando ele.


— Claro que sim querido — ela diz, mas seu sorriso é quase arteiro — eu quero pedir para o João cantar uma música amanhã, tudo bem para você?


— Você sabe que muitas das músicas são...


— Sobre você — ela diz rindo — por isso quero saber se tudo bem para você.


— Sempre está tudo bem para o João cantar, mesmo quando é sobre nós — digo sincero — mas a Laura não sabe sobre nós.


— Tem certeza, filho? — minha mãe me perguntou rindo — Vocês não são tão bons em disfarçar olhares. Mas não precisa se preocupar, se Laura é quem você escolheu para compartilhar a vida por enquanto, ela sempre será bem vinda e muito bem recebida em nossa casa.


— Sei disso mãe — digo a abraçando.


— Mas...


Ana Marina não completa a frase, ela não precisa. Sei o que ela falaria e o sorriso grande deixa isso claro.



— Pedro, posso falar com você rapidinho? — João me chama assim que sai da sala que conversava com a minha mãe, indo até sua mochila e retirando algo de dentro.


É seu caderno de composições.


— Eu terminei uma música e queria muito cantar ela amanhã — João diz um pouco tímido — mas queria que você desse uma olhada se está boa e saber se tudo bem para você.

íris • pejaoOnde histórias criam vida. Descubra agora