Capítulo 81 ; p.o.v João

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Acordo com o aroma do café invadindo o segundo andar, apenas Santiago está deitado na cama comigo, ouço barulho na cozinha e me arrasto para fora da cama, me forçando a lavar o rosto e escovar os dentes antes de descer. Não sei o que me espera quando encontrar Pedro, só espero que tudo finalmente acabe e ele está lindo, muito lindo.


Pedro veste apenas uma calça de moletom, ele de costas para mim e me pergunto como às costas dele consegue ser tão linda e sexy, um pano de prato jogado sobre o ombro, Chicória e Vicente estão no seu pé.


— Bom dia — Pedro diz sem olhar para trás e eu sinto meu coração querer pular de meu peito.


— Bom dia — murmuro um pouco confuso ainda sobre o que esperar.


Pedro desliga o fogão e tampa todas as coisas, antes de finalmente olhar para mim e ele sorri. Sorri de verdade. Mas não é apenas isso, vejo ele andando até mim e segurando pela mão, quando percebo já estamos subindo a escada, indo em direção ao meu quarto. O quarto onde ele dormiu.


— Pedro...


— Ontem você falou, hoje sou eu — ele diz fechando a porta do quarto assim que entramos — concordo com tudo, absolutamente tudo. Menos com a sensação de que você estava pedindo para eu terminar com você, porque não farei isso.


Me mantenho em silêncio, quando ele me puxa para cama consigo, cama impecavelmente arrumada, nem parece que alguém dormiu aqui noite passada.


— João, sabendo que pode existir uma batalha judicial pela guarda e que se você estiver comigo, o seu nome vai acabar sendo colocado nisso e a UFO não vai conseguir controlar que vaze na imprensa — ele diz de forma calma e séria.


— Sei disso e não vou mentir, me assusta pra caralho, mas eu amo você e estou disposto mesmo a abraçar a causa — digo sincero — mas eu quero isso, quero de verdade.


— Eu não vou escolher entre você e o meu filho, porque eu mereço ter os dois e vou lutar pelos dois — Pedro diz de forma direta, mas me olhando com atenção — você entende que você vai ser padrasto né?


A primeira vez que a Alice disse isso, achei muito estranho e não sabia muito bem como me sentia, mas com o tempo gostei muito da ideia e até me senti animado.


— Entendo sim e eu meio que gosto da ideia — digo sincero, mordendo o lábio.


Pedro abre um sorriso, lindo e genuíno.


— Não quero mais brigar com você, por nada que não seja sua teimosia no palco — ele diz abrindo um sorriso sacana e sinto micro terremotos dentro de mim.


— Aceito esse termo — digo umedecendo os lábios.


— Tira a porra da sua roupa — ele diz sem tirar os olhos de mim e abrindo um sorriso filho da puta — porque eu estou com fome João Vitor, e preciso de você.


Com a distância nas últimas semanas, não tive muito de Pedro e estaria mentindo se falasse que bai sinto saudades.


Sinto os dedos dele começando a fazer o trabalho muito bem feito assim que me deito sem roupas, o seu peito contra às minhas costas, seus lábios buscando minha nuca, subindo os lábios até minha orelha.


— Aquele dia que você tava puto e me fodeu, foi sexy pra caralho — Pedro diz com a voz baixa em meu ouvido, fazendo um gemido sair dos meus lábios assim que sinto seus dedos em mim — mas eu não tô puto, só com muita saudade e vontade de você — ele confessa.


— Eu também — respondo manhoso, levando meu quadril para trás buscando contato com ele assim que seus dedos me deixam.


É calmo, gostoso e excitante pra caralho como ele me invade, nossos corpos ficando cada vez mais perto. A forma como ele leve uma das mãos para meu pescoço e a outra passando por cima de meu corpo e tocando meu pau. Minha mente está leve e a única coisa que consigo pensar é em como nossos gemidos se misturam, como nossos corpos criam um o próprio ritmo.


Jogo a cabeça para trás, suplicando por seus lábios, eu preciso que ele me beije, preciso sentir cada parte de meu corpo sendo inteiramente de Pedro.


— Eu amo você, João — ele diz com a voz abafada, sem desgrudar nossos lábios e impulsionando cada vez mais rápido e fundo seu corpo contra o meu — eu te meu amor, te amo muito.


— eu também te amo, Pedro — respondo em meio a um gemido.


— João Vitor — ele diz também em meio a um gemido, não duramos o quanto gostaríamos, sinto seu pau pulsando dentro de mim e sinto o meu pulsando em sua mão — casa comigo?


Solto uma risada alta quando a sensação de orgasmo me invade, ignorando por alguns segundos o que ele disse e então rindo mais uma vez.


— Uhum... tá bom Pedro — digo em um tom divertido, deixando meu corpo absorver cada segundo da sensação gostosa de estar com o cara que eu amo.


Ele sorri quando respondo, sua expressão é divertida e um pouco confusa, quase como se esperasse outra resposta, quase como se tivesse falando sério. E então se joga ao meu lado.


— Nós não vamos terminar, né? — ele pergunta rindo e eu dou risada.


— Colocamos um ponto final de uma vez por toda em toda essa situação?


— Sim, colocamos — ele diz rapidamente.


— Então não, não iremos terminar.


João Vitor, casa comigo? Ainda ecoa na minha mente e eu suspiro sorrindo. Acho que no fundo eu queria mesmo que fosse sério.




Oi oi, como vocês estão?


Vamos conversar uma coisa rápida.... eu não fiz contagem dessa vez, mas: o próximo é o úlimo capítulo da parte IV.


Enfim... eu vejo vocês logo ☆

íris • pejaoOnde histórias criam vida. Descubra agora