Andar com João pelas ruas de Paris, sem que ele esteja empenhado em me ignorar, é uma sensação diferente. Estou finalmente vendo todo o romantismo que Lucas ficou dizendo que via na cidade.Estamos de mãos dadas e muitas vezes vivendo em nosso próprio mundinho, apontando coisas para o outro ver ou rindo de coisas sem sentido. Estar apaixonado é de fato muito gostoso.
Alice a todo momento aponta uma câmera para nós, quando pedi para ela registrar o João para usarmos em alguns momentos depois, não esperava que virasse alvo também. Seja lá o que ela esteja tramando, não me importo.
— No que você está pensando? — João pergunta me olhando.
— Não conversamos especificamente sobre isso — digo levantando nossas mãos.
— Conversamos muito nos últimos dias, acho que prefiro só viver ao seu lado por hoje — ele diz rindo.
Uma ideia paira em minha mente e assim que tiver um tempo, preciso pesquisar algumas coisas.
Estendemos uma grande toalha no gramado da torre Eiffel, vinhos e comidinhas foram tiradas da cesta, esse seria nosso almoço hoje e fico feliz que o timing tenha sido bom. Porque enquanto nossos amigos fotografam uns aos outros, João está deitado com a cabeça em meu ombro, rindo de como Lissa não tem paciência com o que Alice fala.
— Lissa nunca foi boa com fotos — digo rindo — ela está empenhada em aprender a fotografar, mas não tem muita paciência.
— A Alice é paciente — João diz rindo, pegando o celular e apontando a câmera para nós.
Sou eu que deitei no ombro dele agora, e então ele bateu a foto. É uma foto bonita.
— João vem aqui — Alice grita, chacoalhando a câmera.
— Foi você que inventou dela ficar capturando imagens minhas, né? — João perguntou rindo ao se levantar.
— Culpado — digo erguendo as mãos.
Aproveito o momento sozinho e pego meu celular. Não foi difícil achar o lugar certo, Lissa por algum motivo já tinha me enviado e eu sabia exatamente que aquele era aquele lugar que chamaríamos de nosso pelo fim de semana.
João voltou alguns minutos depois, roubando minha atenção para si.
— Eu estava pensando em uma coisa — digo olhando para João, levando uma das minhas mãos até seu queixo o forçando a olhar para mim.
— E você vai dividir o pensamento comigo? — João perguntou umedecendo os lábios.
— É que se me lembro bem, você prometeu me dar um beijo solto desses intercontinentais quando me encontrasse de novo — digo segurando seu maxilar e sorrindo.
— E eu ainda não dei? — João perguntou com um meio sorriso no rosto, arqueando a sobrancelha.
— Não me lembro — minto, porque todos os beijos até agora foram surreais.
João olha na direção da torre Eiffel e em seguida volta o olhar na minha direção, uma das mãos vem até a minha nuca e de uma forma só nossa, o tempo parece parar.
Sinto aquele frio na barriga enquanto ele me beija, minhas mãos suando, às borboletas no estômago. Fazia tempo que sentia a expectativa, o desejo, tudo o que temos direito de sentir quando beijamos quem amamos.
João dia desses disse que eu o fazia um poeta e nesse momento tudo que sinto é como o beijo dele soa como poesia, como uma música boa que nunca enjoamos de ouvir.
Sinto nosso amor na ponta de minha língua, o mínimo toque faz todo meu corpo vibrar Seu beijo me proporciona uma sensação que eu já nem sei mais explicar. É bom sentir amor.
— Você já pode colocar na lista de coisas que me fez sentir pela primeira vez — digo abrindo um sorriso e arrumando minha calça.
— O que? — João pergunta, mas seu olhar foi de encontro à minha mão ajeitando minha calça e isso o fez abrir um sorriso.
— Tesão na torre Eiffel — digo tirando uma risada alta dele.
Esse é o som dos meus dias mais felizes.
☆
Decidimos jantar no restaurante do hotel mesmo, Alice já havia pedido seu prato e esse era um bom momento para eu pedir sua ajuda.
— Liz, eu preciso muito da sua ajuda — chamo puxando a garota para um canto.
— O que você precisar — ela diz animada.
— Preciso que você faça uma mala de mão para o João — começo dizendo — essa é a chave do carro que eu aluguei, faz a mala por favor e coloca no porta mala.
— Preciso de mais detalhes, quantos dias? Onde vocês vão?
— Vamos para o sul da França, é um chateau — digo rapidamente, João vai perceber que estamos conversando e ele é bem curioso — vamos sair amanhã cedinho e voltamos no domingo — pego o celular e envio o link para ela — esse é o lugar.
— Ok, só mantenha o João longe do quarto por algum tempo — ela diz animada — precisa que eu vá à farmácia?
A forma sutil com que Alice pergunta se precisa de camisinhas é engraçada, porque não é de fato sutil.
— Não, essa parte eu já resolvi — digo rindo.
E então ela some saltitante pela porta do restaurante.
☆
Oi oi, como vocês estão?
Atualização dupla por um motivo muito específico: quero muito liberar amanhã, em domingo lindo e feliz, um capítulo especial.
Spoiler do próximo capítulo: ele será divido em 2 (então vem att dupla amanhã de novo) e vocês podem esperar os dois de chamego em um Chateau, levemente bêbados de vinho e algumas coisinhas a mais entre eles 🥵
É isso, vejo vocês amanhã ☆
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íris • pejao
FanfictionPedro vai trabalhar com o Jão. Os dois se apaixonam, de vez em quando escrevem músicas um sobre o outro, sentem ciúmes, sentem saudades, mas não estão juntos... Íris é para todos aqueles que já se perguntaram, o que o amor vira quando chega ao fim.