Capítulo 11 ; p.o.v Pedro

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— Vocês estão se pegando — Malu disse rindo, como se tudo fizesse sentido para ela — desde quando?


— Como você....


— Vocês meio que começaram a ignorar o espaço pessoal um do outro, tão sempre falando baixo pelos cantos e sem falar que você João — ela disse olhando para o amigo — tem aceitado caronas demais do Pedro para ir ou voltar da minha casa, nós moramos a menos de cinco minutos um do outro.


— O primeiro beijo foi quando trabalhamos na letra de Imaturo — João respondeu um pouco tímido.


— O que tem Imaturo? — Renan entrou na sala perguntando.


— Eu te falei que eles estavam se pegando, tá acontecendo desde a letra de Imaturo.


— Ah! — Renan disse revirando os olhos — acabei de perder dez reais, porque tinha apostado que ainda estavam se pegando mas iriam logo.


— Espera, vocês apostaram mesmo? — Perguntei um pouco surpreso.


— Sim — Malu respondeu rindo e pegando o dinheiro de Renan — era um pouco óbvio, vocês ficaram se olhando desde o primeiro dia.


— É que a gente se conhecia — Jão disse coçando a nuca — eu imaginava que era o Pedro a indicação da Lissa, ele descobriu que seria eu o artista quando cheguei.


— Como assim vocês já se conheciam? — Renan perguntou franzindo a testa — às vezes que vi o Pedro com a Lissa, você nunca estava...


— Eu sou o tal garoto misterioso da festa na casa da Ana — disse sorrindo de canto.


— O garoto de Eu vou morrer sozinho — Malu disse colocando a mão na boca, impedindo o grito de sair.


— Sou, não sabia que a música era sobre mim até você contar a história.


— A propósito, obrigado Malu – João disse em tom irônico, rindo em seguida.


— De nada, porque eu passei tempo demais ouvindo sobre ele e quando ele aparece você simplesmente resolve não contar — era nítido o tom de indignação da garota, era engraçado — você não vai falar nada Renan?


— Não, estou muito ocupado pensando em uma possível gestão de crise que talvez eu tenha que resolver quando eles brigarem — Renan disse em um tom divertido.


— Porra, quem precisa de inimigo quando tem vocês dois na vida né.



Era aniversário da Lissa e tinha duas coisas que minha melhor amiga gostava de fazer: gastar dinheiro com os amigos dela e gastar dinheiro com bebidas caras, muito caras. A maior parte dos amigos de Lissa em São Paulo eram meus conhecidos, mas o que mais me deixava animado, era que nossos amigos de Belo Horizonte haviam vindo para a festa.

íris • pejaoOnde histórias criam vida. Descubra agora