Capítulo 37 ; p.o.v Jão

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— Gostaria de levar mais do que um — digo andando pelo espaço — eles são tão fofinhos.


Apesar de muitas vezes serem retratados como animais frios e distantes, meus gatos são amorosos e minha maior companhia todos os dias. Amo tudo relacionado aos meus gatos, as orelhinhas, o focinho gelado, a língua áspera, as mordidinhas de amor, eles amassando pãozinho, ronronando. E até mesmo os arranhões, não sei mais viver sem meus gatos e estou animado para ter mais um em casa.


— Sei disso, mas vamos com calma — Renan diz sorrindo — Caio quer adotar um cachorrinho.


— Quando vocês forem morar juntos?


— Isso vai demorar um pouco ainda João — ele responde rindo, apontando para um gatinho — a forma como ele está te olhando.


Os olhinhos dele chegam a brilhar, é tão lindo.


— Será ele — digo rapidamente — ele já tem nome?


— Não — uma das voluntárias que está nos acompanhando responde.


— Então será Santiago — digo olhando para Renan.


— É um bom nome — ele diz tirando uma foto de Santi e enviando para Gio, que de última hora não pode vir — João vai resolver a parte burocrática da adoção que eu fico com ele.


Santiago é muito menos desconfiado do que Chicória quando a resgatei, ele se aninha no corpo de Renan quase imediatamente. Ele fica próximo a mim enquanto assino os papeis de adoção responsável, espero que os três vivam em harmonia em casa.


— João — ouço uma voz familiar quando termino de assinar os papeis, mas que infelizmente não ouço a algum tempo, respiro fundo antes de me virar, sei que lembranças vão me atingir.


— Lissa — respondo ao me virar e abrindo um sorriso.


Ela vem até mim, abrindo os braços e me abraçando. Lissa sempre é acolhedora comigo, é bom saber que não perdi isso também.


— Que bom que te encontrei aqui, eu ia te ligar mais tarde.


— Você não estava com a Malu? — perguntei um pouco confuso.


— Era para eu estar, mas precisei resolver algumas coisas antes de me encontrar com eles — Lissa respondeu animada — você tem cinco minutinhos?


— Tenho o tempo que você quiser — digo acariciando Santiago que dorme em meu colo — só preciso levar essa carinha para conhecer os irmãos dele, é meu único compromisso hoje.


— Ele é muito fofo, você vai fazer a vida dele muito feliz — Lissa diz sorrindo — já sabe o nome dele?


— Santiago.


— Bom, tem um café aqui em frente que vai adorar receber o Santiago — ela diz nos olhando.

íris • pejaoOnde histórias criam vida. Descubra agora