Bad

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Jennie Kim Point Of View
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Eu estava sentada ao lado de S/n, aquilo me deixava com medo. Ela passava um ar de quem iria avançar em cima de você a qualquer minuto. Olho para o lado vendo-a de cabeça baixa enquanto levava o garfo até sua boca. Parecia que minha mãe via meu desconforto, então logo bate o braço no de seu marido para que ele falasse algo.

ㅡ Jennie! Já está sentindo falta de seu país? ㅡ Me questiona e eu sorrio. Ele era um homem bom.

ㅡ Sinto falta do meu pai. Mas ele disse que viria pra cá, pra ficar perto de mim. Ah e obvio, das minhas amigas também ㅡ Sentia muita falta de Yuzu, minha melhor amiga, mas eu sabia que era melhor estar perto de minha mãe. S/n não muda sua posição, sempre quieta.

ㅡ Gosto de seu pai. Ele é um homem sábio ㅡ Logo S/n levanta a cabeça olhando para o homem a sua frente.

ㅡ Como gosta do ex da sua esposa? ㅡ Seu tom era neutro. Mas parecia como facadas a pessoa que direcionava.

ㅡ Filha, o ex da minha esposa é o pai da minha enteada. Imagina eu não gostar dele por nada? Yuri é um ótimo pai, conversamos bastante antes que eu pudesse tirar Jennie e Luiza de perto dele ㅡ S/n simplesmente não responde e retorna a comer. Parecia que a comida em seu prato nunca acabava, de tão devagar que ela comia.

ㅡ Como foi a escola? Gostou? Não entendi porque me ligou perguntando aquilo ㅡ Minha mãe se pronuncia, mas dessa vez não tenho medo de S/n me olhar.

ㅡ Gostei, da estrutura. Mas as pessoas parecem alienadas, sei lá, é estranho ㅡ Vejo o sorriso de canto da garota e junto as sobrancelhas. O que era engraçado?

ㅡ Entendo, mas prometo que vai se acostumar. Sabia que a escola foi fundada pelo pai de Vincent? ㅡ Concordo.

ㅡ Dinah me contou.

ㅡ Falando em Dinah, ela não vem mais aqui porque? ㅡ Pergunta o homem.

ㅡ Ela tem mais o que fazer ㅡ S/n deixa o prato ali e se retira sem ao menos pedir licença. Logo ela sobe as escadas e some no corredor.

ㅡ Foi um avanço. Pelo menos ela te respondeu hoje ㅡ Vincent retira sua posição tensa relaxando. Até ele tinha medo da própria filha?

ㅡ Eu não sei mais o que fazer, ela vai ser assim pra sempre. Tenho medo, e se ela nunca se casar com alguém por nunca falar de seus sentimentos? ㅡ Rio chamando atenção.

ㅡ Ela deve contar os sentimentos para os amigos dela. É sempre mais facil assim para pessoas conservadoras ㅡ Ele ri da forma que eu digo.

ㅡ Não sou conservador. S/n que é, nem é questão de posicionamento politico, ela simplesmente é fechada. Nunca topa fazer nada legal com a gente. Por exemplo. Fizemos a noite dos jogos com uns amigos aqui em casa. Ela nem se quer desceu para falar com eles. Eu entendo que ela é uma pessoa muito cansada e tem responsabilidades, mas ela nunca se diverte, entende? ㅡ Concordo.

ㅡ Não sei o que falar em relação a isso. Sempre fui ensinada a falar e minha personalidade é falante. Deve ser só o jeito dela mesmo ㅡ Ele concorda cabisbaixo.

ㅡ Amor, ta tudo bem. Lembre do que eu sempre te disse, ela precisa de amor, não acha que seu pai aliena tanto ela que ela acaba ficando desse jeito? Dura consigo mesma e com todos a sua volta.

ㅡ Queria pelo menos uma vez sentar com ela e conversar sobre a vida. Sabe? Contar minhas experiencias, falar sobre o trabalho, falar sobre o que ela já fez e não fez. Poxa, eu não sou um pai duro, não cobro nada dela, mas vou me permanecer aqui, ela sabe que eu estou aqui pra qualquer coisa ㅡ Minha mãe concorda e eu termino de comer, avisando que iria subir.

ㅡ Durma, amanhã tem aula.

ㅡ Certo, boa noite, obrigada por tudo Vincent, você é uma ótima pessoa ㅡ O mesmo sorri para mim e eu sumo da vista dos dois. Era doloroso saber que um pai tão legal não tenha o amor de sua filha. O que será que se passa na cabeça dela?

Entro no banho e relaxo meu corpo na banheira. Estava morno o suficiente para que eu tivesse sono. Meus dedos já estavam enrugados pelo tempo ali, então resolvo sair e colocar um roupão. Olho para o visor do celular que marcava 1:00 da manhã, minha garganta estava seca e eu resolvo descer para beber agua. De noite a luz da luz entrava na sala, era lindo! Tudo aqui era detalhado minimamente.

Entro na cozinha e pego uma garrafa e vou até a sala me sentando no sofá, que ficava de frente ao vidro mostrando toda uma paisagem. Resolvo tirar foto daquele momento e sorrio com o resultado. Logo o celular toca marcando o contato de meu pai, então faço questão de atende-lo na hora.

ㅡ Pai! Que bom que ligou.

ㅡ Filha, estou embaraçado com uns problemas na empresa. Acho que a mudança vai ficar para o mês que vem ㅡ Diz me fazendo criar um bico em meus lábios.

ㅡ Não fique triste, irei ligar todos os dias ㅡ Levo a garrafa até minha boca bebendo o liquido dentro.

ㅡ Tudo bem. Viu a Yuzo? Ela deve estar dormindo até agora ㅡ Ele ri.

ㅡ Vi sim, fui na casa dos Chen, ela está morrendo de saudades.

ㅡ Sinto falta de vocês. Bom pai, tenho que subir, vou para escola cedo amanhã ㅡ Me levanto tomando um susto com S/n parada em minha frente.

ㅡ Tabom, te amo.

ㅡ Te amo.

ㅡ Minha garrafa ㅡ Ela aponta para o objeto em minhas mãos. Ok, é só uma garrafa, e ela deve ter lido meus pensamentos.

ㅡ Não é só uma garrafa. É a minha ㅡ Ela aponta para a frente do objeto e eu vejo seu nome ali.

ㅡ Desculpa ㅡ Entrego o objeto a ela que pega e se apressa em subir para seu quarto novamente. Então faço o mesmo vendo que sua porta estava aberta. Deixo meus passos lentos para que eu pudesse observar o local, então vejo que o quarto tinha tons pretos e cinzas, como sua alma, totalmente escura.

Balanço a cabeça passando reto ali e entro em meu quarto novamente. Deitando-me sobre o colchão.

The Sister - Jennie/YouOnde histórias criam vida. Descubra agora