☕41🍵

82 12 9
                                    


J E O N G G U K


Há um tempo determinado para todas as coisas.

Gosto dessa frase, pois é algo que sempre me fez pensar. Em todo lugar que eu lia ela, eu concordava com a cabeça.

Tudo tem um começo, meio e fim.

Dura o tempo o suficiente para que se torne inesquecível. A primeira vez que em que eu e Jimin ficamos juntos tivemos todas essas etapas. As coisas tinham que acabar naquele instante, tínhamos que passar por processos de amadurecimento, focar em nossa vida individual e amar a nós mesmos antes de qualquer coisa.

E da mesma forma que eu acredito nisso, eu acredito na possibilidade de recomeçar, acredito que podemos tentar fazer ser diferente. Nós conhecemos o amor e conhecemos a dor de nos separar, cada um viveu ela sua forma.

Sabemos que além de tempo, perdemos a essência de nosso romance, perdemos a cumplicidade. Jimin não confiava, tinha medo de decepcionar e se decepcionar e eu, bem... eu estava começando a entender o que é um relacionamento, começando a entender que conviver com alguém não é fácil, que aprendemos a entender seus defeitos e apreciar suas qualidades, relevamos a casa bagunçada por que o dia foi cheio pra todos e só queríamos um bom banho, uma boa comida e um carinho.

Jimin se foi e eu perdi a vontade de entender essas coisas, eu só queria conseguir comprar meu apartamento, meu carro e minha moto – a moto que era dele, no caso. Jimin me fez apaixonar até pelos mínimos detalhes e me fez querer não ter mais ninguém. Me fez querer ficar sozinho e ser apenas o Editor-Chefe Jeon Jeongguk. Não que eu fosse um cara turrão, o mal-humorado, só não via graça nas outras pessoas como via nele, sua essência é única como o aroma de uma flor rara.

Quando eu entendi que estar naquela praça em Busan com Hobi hyung, tirando fotos, que chegar em casa e dar de cara com aquela foto com aquele loirinho lindo sorrindo ao fundo, que chegar na Universidade e encontrar ele sorriso passeando pelo campus era obra do destino, eu tatuei Serendipity nas costas.

Jimin é minha serendipidade.

Cobrir a inauguração da academia de dança foi uma circunstância interessante e agradável. Ele estar lá foi totalmente sem aviso, inesperado, de imensurável valor, pois aquilo que achei estar apagado, se acendeu novamente como se fosse uma faísca que pega em algo inflamável.

O acaso só favorece a mente preparada e naquele instante eu estava preparado.

Poderia muito bem, ignorar sua presença, fingir que nada entre nós aconteceu, mas quem manda em coração? Engoli todo meu orgulho e fui até ele, corri atrás dele e tentei reconquistá-lo. Devagar, com toda paciência que eu tenho, consegui traze-lo para perto, para fazer morada em meu abraço. E os céus sabem o quanto eu queria ser seu lar.

Depois de todos os últimos eventos e todas as notícias, as coisas se acalmaram entre nossos amigos e podemos tirar um tempo para nós.

Saímos para jantar, passamos tempo de qualidade juntos, mas eu queria bem mais que isso. Já éramos namorados, mesmo que a pouco tempo, mas queria ter a experiência de estar com ele a todo momento. Eu queria um relacionamento com todos os pros e contras.

Sei que sou intenso, que sou alguém que não tem medo de tentar, ser um cara tímido não quer dizer que sou covarde, eu gosto de me aventurar. E eu quero me aventurar a ter o loiro comigo todos os dias.

Tomei uma decisão diante de todo esse pensamento e ia lhe comunicar quando fosse vê-lo a noite.


Acaso  - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora